:::Entre o Substancial e o Imaginário:::
terça-feira, 10 de junho de 2025
:: FAGULHAS NO CÉU::
sexta-feira, 6 de junho de 2025
:: CONFUSÕES ATENUADAS::
Eu estou aberto novamente...
Pensando em todo tempo que passei indo embora.
Bebendo minhas últimas lágrimas, tentando ir para algum lugar novo.
Eu sei o quanto eu fui tolo, estou gelado.
Você pode não me quebrar estar noite?
Eu estou tão cansado e sem força.
Eu ouvi um sussurro a noite passada, eu poderia ter dó de mim mesmo, mas acabei adormecendo.
Sei que estou encrencado com meus pesadelos, mas prossigo querendo adormecer.
Morri muitas vezes tão jovem, jogando forte com tudo que eu queria conquistar.
A vida passou rápido e eu me vi desnorteado com meus pensamentos obscuros.
Eu queria lhe dizer que as sombras voltaram e não querem me deixar levantar.
Se eu pudesse dar adeus a tudo que ainda me cerca, eu cantaria uma música sobre meu mundo.
Vi os pássaros correndo em minha direção e eles queriam minha carcaça.
Então, quando eu corro, procuro chegar na ponta do abismo e ele está dentro de mim.
Alguém me disse que eu já enlouqueci quando deixei me dominar.
Mas todos os meus segredos estão dentro de uma caixa velha e eu perdi a chave do cadeado.
Preciso que aqueles pássaros atravessem minha alma.
A solidão tem me feito tanta companhia que eu sinto um verme comer meu destino.
A paixão tem me salvo de tantas coisas, mas eu estou preso debaixo de minhas memórias.
Procurando um lugar profundo para ficar, para esperar a maré baixar.
Estou envelhecendo tanto que meus músculos parecem raízes antigas.
Você pode me levar para baixo de novo?
Seja dura comigo, porque a música parou de tocar e o silêncio é melancólico demais.
Eu tenho uma guerra dentro de mim, entre as coisas que desejo e as que sonhei.
Percebi que a arvore que ficava na ponta da colina, está com o tronco rachado.
Não posso me assistir sumir e mutilar minhas últimas esperanças.
O inverno ainda não é rigoroso o suficiente para petrificar minhas certezas.
Continuo cavalgando naquele cavalo jovem que insiste em me levar de volta para casa.
Eu sei, você sabe o quanto eu tenho desaparecido nas tardes, eu estava plantando algo e acabei comendo minha sanidade.
Minhas confusões estão atenuadas e eu não posso vencer a guerra que comecei quando escolhi não mais lutar.
A minha resistência faz com que eu ame coisas que ainda não estão sólidas e isso me consome.
Tenho sintomas de febre, acho que estou começando a reviver algo que já tentou me distanciar de minha real jornada.
Levei para fora tudo que eu pensei que era válido para eu tentar continuar andando por ai.
Era tão belo quando tudo ainda conversava comigo, agora eu sei que, não entendo mais nenhuma palavra do que eu tento falar.
Estou com uma fenda na alma, revelando a escuridão que habita meu corpo...
sábado, 31 de maio de 2025
:: AURORA CELESTIAL::
Beijo é
extensão,
Vaidade, conexão
e aceitação.
Uma parte do
desejo que se instaura no eu do outro.
O outro sendo
em si mesmo, você.
O afastamento
de um lábio para outro, satisfação, oxigenando a alma.
Contra-desejo
, lugar aonde as feridas se fecham e dão lugar ao ato sagrado de louvação do ego.
Pulsante estadia
em outro mundo,
Aonde toda
ilusão, vira consciência e desdobra-se em majestosa realidade.
Conta-se que o
beijo é a imersão da imensidão do ser.
Uma luta
profunda de não querer sair do lugar de acolhimento.
Aonde o véu do
querer, despe a Aurora que está escondida no céu...
domingo, 18 de maio de 2025
:: PERIGEU::
Os olhos estão voltados para o céu...
As estrelas estão caindo, cerca de mil termos vão se dissolvendo.
Parece um pouco maior aqui de baixo, agora estou amplificado.
Em meu coração, existe um significado, um ponto mais próximo da minha razão.
Estou diluído em um fluído cosmológico.
Tentando decifrar qual a cor mais forte no vestido colorido da dama oculta.
Se quiser, eu posso acabar dizendo que algo que me orbita sempre esteve diante de seus olhos.
Minhas lacunas, uma memória distante do que eu posso narrar, eu estive presente-ausente.
Não existe uma norma, ritmo ou sobriedade que me faça lembrar de meu último sorriso.
Eu estava distante o suficiente para não usar analogias sobre minha própria claridade.
Consegui cavar profundamente esta noite e vi uma evolução em tirar toda lama de cima de mim.
Um lago apareceu no meu jardim, a agua lembrava a profundidade do seu olhar, insano.
Derivamos de um sentido atual de algo que se move para cima e para baixo, sem direção.
Mas, eu não posso ser literal, minhas palavras estão sobrepostas em uma mesa vazia.
Então, me diga o que sente quando sabe que pode me deixar alto?
Amor, paixão, sombras, flores que nascem em um jardim particular, quem irá colher?
Partindo do passado, eu mereci uma parte de mim que era intocável, fui simbólico.
Na referência das minhas antigas crendices, acabei em um abismo aberto para o Nada.
Eu posso colher nossas flores essa noite?
Estou pegando fogo e minhas confissões são tão imaturas e inatas.
Digo, algo profano me tocou e eu senti todo sangue do meu corpo, ferver.
Entramos em um lugar em nossa alma, aonde qualquer coisa que for tocada, irá ganhar vida.
Silêncio grosseiro, como se estivesse fadado a resistir a qualquer estrondo astral.
Eu venho calado tentando coletar as coisas bonitas e saindo com as mãos vazias.
Você sabe o que houve naquela noite?
Trocaram as estações e só sobrou um manto escuro me testemunhando.
Em passos curtos, vou adormecendo pelas vozes ensurdecidas pela inconsciência.
Parece um castigo, mas não cabe, a xícara derramou, nossa sanidade chegou ao coração.
Vou voltar para minhas feridas, projetando com força, toda temperança que puder.
As correntes estão enferrujadas e eu ouço o romper das horas, anunciando que a Fera voltará para esse mundo.
Qualquer vínculo que não possa levar o barco até o cais, será encerrado.
Em todos os versos, existe uma esperança, um deboche existencial e uma cortesia da morte.
Pode ser que o rio que corre e arrasta minhas virtudes esteja rompendo a barreira da realidade.
E hoje, nem toda minha resistência seria capaz de ocultar os meus desejos mais íntimos.
Existe uma sede inesgotável na minha boca, que não pede licença para que o mundo me tema.
O vento soprou para dentro de mim, um tempo melancólico e nada sadio.
Está tarde e minha febre é mansa e meus caminhos, sem pudor...
quinta-feira, 15 de maio de 2025
:: CONSUMO DO PESADELO::
Está aberta a temporada à caça...
A presa sou eu mesmo, montado em meu cavalo em chamas.
Aonde os olhos dele, são vermelhos como o sangue que corre em minhas veias.
Destilando todo meu devaneio nas folhas brancas que atravessam olhos esbravejados.
A sonolência não me importuna, estou diante do meu próprio desejo.
Minha pele está se desfazendo, parece cera, prorrogando um pedido qualquer.
Os desfiladeiros com seus ecos, escutam meus gritos de pavor.
A ardência das chamas interiores, me excitam, estou em um sexo inseguro.
Minha mente está cercada por todos os lados de desolação.
Percebo que minhas pernas começam a bambear.
Sinto o gosto da absolvição da morte, um antigo prazer que me fecunda a elegância das horas.
Horas que, me julgam banalizado, inconscientes lembranças me visitam.
A porta está aberta para todas as emoções e eu estou fervendo feito uma caldeira.
O cheiro de lírio branco, misturado com uma música do Phillip Glass no fundo de minha sombra.
De joelhos, observo a lua se afastar, estou sem piedade do tempo que está se engendrando no horizonte.
Por cima de minha cabeça, estrelas, todas querendo morrer antes do tempo.
Elas querem explodir e virar só uma memória passageira.
As cadeiras agora, estão todas viradas para cima, com suas pernas envergadas.
Meu colapso mental me confunde com minha própria natureza de estar ausente.
Vestido de horror profundo, desta vez não carrego lamentação.
Todos estão à minha volta, mas não podem me ver, eu os engoli por precaução.
Esfomeado, cuspi um por um, para que em uma poça de sangue eu possa dançar minha última melodia.
Esse pode parecer o último ato do poeta rústico que mergulhava nos seus sonhos mais pesados, para no outro dia construir uma canoa de ossos.
Quem tenta enxergar o que ali acontece, entra em um nevoeiro.
Lamenta não conseguir ver a luz tão forte se transformar em uma relva de arvores mortas.
Os galhos destas arvores apontam para o céu, suas raízes doem, como ferimentos profundos.
Profanamente, deslocamo-nos para um segundo a frente, o presente não existe mais.
O passado começa a entornar suas angústias como se tentasse se retratar de um futuro banalizado.
Nada se move, não mais.
A calma causa paralisia em toda agua do oceano consciente.
Estou mergulhado em uma lama, que cheira a constrangimento e desafio pessoal.
As pessoas começam a se levantar, mas estão cegas e sem lingua.
Conjurados estão!
O cavaleiro ferido, toma as rédeas de seu cavalo selvagem em chamas e parte para a floresta fechada.
Essa noite ele não poderá continuar a morrer, não tão rapidamente.
Porque sua poesia está crua demais e sua bestialidade o feriu.
Cavando com as próprias mãos o peito ardente, ele chega ao núcleo de si mesmo.
Consumado o pesadelo está!!!
terça-feira, 13 de maio de 2025
:: OUTRAS SOMBRAS DE NÓS MESMOS::
A estrada está aberta
novamente...
Você sabe que o oceano nos
engoliu e agora sabemos a profundidade da solidão.
Eu sinto que meu corpo está
quebrado e minha alma quer fugir do corpo.
Mas, as paredes estão rachadas,
estou buscando uma outra saída para nós.
Abra seus olhos, deixe esse ódio
de lado, estamos longe de nós mesmos.
Se você olhar ao redor, sempre
estivemos sozinhos.
Procurando um lugar melhor para
habitarmos, mas acabamos sozinhos com nossas malas melancólicas.
Fomos possuídos por alguma coisa
que vem de um lugar cheio de desgosto.
Não se esqueça, nós tínhamos vários
pontos em comum.
Construímos um castelo e os jacarés
estão famintos procurando nossos restos.
Quando buscamos uma ideia de como
poderíamos estar sóbrios.
Lutando contra esse fogo que nos
quer deixar em cinzas.
Fomos tão amigos, amantes e
realmente, não entendo aonde estava o desfiladeiro.
Então, dê a volta, não se esqueça
que eu não posso te odiar de olhos fechados ou abertos.
Porque eu te vejo, te sei no seu
lugar mais instintual.
Esquecemos alguma porta aberta e
nossas cartas estão voando por todo mundo e quem tentar nos compreender, vai acabar
vendo em si mesmo, o que fomos.
Nas certezas que possuímos,
alguns instantes estão se partindo em mil pedaços.
Sinto um gosto ruim na boca,
parece que eu deixei de sentir o gosto da vida.
Mas, minha alma não consegue
esquecer aquele perfume que vinha do seu corpo.
Estou tentando recapitular nosso
último dia, não consigo lembrar de você sorrindo.
Só via a tristeza conversando ao
seu pé de ouvido.
Sussurrando coisas que não eram
nossas e você adoeceu profundamente.
Não te culpo por ser uma garota
tão perdida diante do cenário que construíram para nós.
Poderíamos ter esquecido toda
essa possessão momentânea de raiva, mas o mar nos engoliu.
Tragou para dentro do seu abismo,
nossas memórias e acabamos afogados.
Abra os olhos, eu sei que você me
queria morto para poder fechar meu caixão e esquecer de tudo que não podemos
viver.
Sabemos que o vazio faz eco, as
vezes acabamos esquecendo o que sentíamos.
Mas escolhemos uma dor insana,
que ressalta nossa personalidade mais ferida.
Então, feche seus olhos, eu já
estou dentro do nosso túnel secreto...
domingo, 27 de abril de 2025
:: A SOLTURA DA FERA::
Quando você é violado pelo mundo, a sua sombra salta da sua mente...
Você começa a entender os sinais
que buscam na sua sanidade, saída.
Começa a cavalgar como dois
cavalos selvagens em uma corrida desesperada para manter a vida pulsante.
Estreita sua jornada, a sentir
cada veia do seu corpo dilatar.
Sente o seu sangue, engrossar de
tal modo, que quer que ele saia pelos seus poros.
Adentra sua inconsciência de
forma violenta e destrói a fragilidade dos sentidos.
Comendo cada pedaço do seu corpo,
de dentro para fora.
Balbucia o silêncio quebrado da
morte, evocando seus espíritos mais profundos.
Aonde o medo, não reside.
Aonde a solidez da alma não tem escapatória.
Percebe no cheiro da pele humana,
um desejo de consumo incontrolável.
Deseja cada centímetro do
universo como sendo parte sua.
Desloca sua cumplicidade pela
desleal causa a ficar residindo em um mundo superficial.
Destoado, viaja para seu interior
mais maligno e sombrio.
Aonde as trevas, são seu
esconderijo preferido, aonde se alimenta dos desejos mais insanos e imaturos.
Primitivo, o chamado do originário
se descontrola e começa a esvair por todo instante que se movimenta pela luz.
A luz, não te cega mais.
Então, com o estomago embrulhado
de tanto sordidez, alcança o apogeu da Lua de sangue.
Se encosta na sua deidade aonde a
sua humanidade desolada é enterrada, viva!
Não tem perdão, a busca pela
vingança reluz nas linhas que entrelaçam a narrativa de nascimento de um
monstro, feroz, faminto e fulgaz.
Baba como uma fera enlouquecida
em uma tarde de domingo.
Faminto, ressuscita seus demônios
adormecidos que gritavam desesperados por soltura.
Desalmado, abre a porta do seu
inconsciente e invade um novo mundo...
quarta-feira, 23 de abril de 2025
::QUARTO DA DESTRUIÇÃO::
Exposta em um quarto escuro, sem movimento...
Por um instante não estava alta, me desconectei.
E quem poderia sentir tudo isso? Uma escuridão tomou conta de mim, acordei na posição da morte, com dois cavalos em cima de mim, trajando a roupa do meu destino.
Eles me marcaram e eu senti que alguma coisa dentro de minha se desconectou.
Abri os olhos, no susto, minhas roupas estavam imundas e impuras.
Me abriram como se eu fosse uma caixa, arrebentada sem mais poder carregar nada, parti.
Me recordo apenas do gosto de sangue, lambuzando minha boca, dançando na minha língua.
Minha dor corporal dilatava minhas veias, me subtraindo por uma noite fria e cheia de medos.
Em qual posição eu estava? Rendida!
Uma secreção escorre do meu destino, está tentando me engravidar do suicídio assistido.
Eu tenho os lábios marcados pela força de um punho maltratado e parece um beijo forçado pela destruição.
Não sei como fui parar lá, mas estou tentando contar sobre o que resta de mim.
E agora, todo meu sonho parece querer me levar para aquele quarto escuro, que cheirava morte.
Acho que garoava, porque minhas roupas estavam molhadas e frias.
Cheguei em casa, fiquei sentada, tentando entender, mas o meu trono era de perdição.
Se eu pudesse, escolheria ter partido a ficar com o que ficou comigo.
Não sei como eu estou, não sei o que sinto, só pressinto algo maior do que eu posso suportar.
Eu não sei a quem clamar, estou tentando me achar, em pedaços de vidro quebrados.
Alguém quebrou a janela da minha alma e os estilhaços estão me ferindo.
Você consegue ouvir as batidas do meu coração?
Esse ritmo é frenético e parece que o céu vai despencar sob minha cabeça.
Estou cuspindo os dejetos, mastigando minha falta de solidez.
Eu não estou mais aqui, isso parece um grão de felicidade.
Eu não estou mais aqui, isso parece um fato terrivelmente engraçado.
Porque eu sei que todos os meus passos, vão querer me levar para o quarto da destruição.
Porque eu sei que todos os meus passos, vão querer me levar para debaixo da terra, aonde a escuridão não me assombra.
A porta escura ainda está na minha mente, com sua fechadura quebrada, alguém foi arrombado.
Eu não estou mais aqui, porque meu corpo dói tanto que eu fico inconsciente tentando lutar.
Eu não estou mais aqui, porque minha mente foi violada e eu perdi minha liberdade.
Então, quando eu fecho meus olhos eu tenho medo de abrir e retornar para o lugar do pânico.
Querida, eu não estou mais aqui, então vou arrumar minhas malas e sei que já te falei o que sinto.
Eu não estou mais aqui, os cavalos correram tão rápido que pisotearam todo meu corpo e me feriram com suas unhas cheias de maldição e terra fresca.
Estou sem meu amuleto, então deixei em algum lugar fora de mim, porque a sorte que eu tinha, se rendeu aos caprichos da vida selvagem.
Entendo que já estava tão frenético, sem controle, no excesso e na intensidade máxima que o mundo tentou me recolher de uma forma imatura e injusta.
E eu aceito como um presente para fazer o que eu preciso fazer, cochilar e sussurrar meus segredos mais pejorativos.
Se eu pudesse, eu andaria até minhas pernas quebrarem no asfalto, mas isso ainda não seria o bastante.
Alguma coisa está acontecendo e eu não sei mais o que é tristeza ou felicidade.
No contorno do meu corpo, vejo variações, catástrofes e sujeira.
Quando toco cada parte dele, sinto que ele não está mais consistente, como se estivesse se esvaindo.
Eu já estava sumindo a algum tempo, agora, o vento está levando minhas cinzas.
Sinto as pegadas dos cavalos por todo meu corpo, eu não posso nem sentar para me ver arder em ódio.
Eu não posso respirar sem que minhas costas não se contraiam a ponto de me machucar.
Eu não estou mais aqui, porque agora não tenho mais força e toda minha brutalidade me mergulha em solidão.
Soltando as rédeas dos cavalos eu vou me desfazendo, porque eles são livres e eu estou presa em mim mesmo.
Eu ouço alguém me chamar?
Esse é um sinal de declínio?
A cama já está posta?
Então eu já posso ir embora?
Eu estou ouvindo vozes de pessoas que nunca conheci, isso é loucura?
Estou cheirando a sémen de cavalos que estavam alados e perderam suas asas para a vida traiçoeira.
Estendi meus braços para tentar roubar uma nuvem e ela vomitou suas demências em mim.
Não tenho cheiro de limão siciliano ou baunilha, estou fedendo a destino de mau agouro.
E seu eu tivesse um aneurisma ? Meu sangue iria drenar toda minha sanidade.
Isso é felicidade?
Eu não estou aqui, mas vou levar um olhar triste que me fez lembrar um momento tão bom diante de um caos, naquele lugar aonde eu estava tentando curar minhas feridas...
sábado, 19 de abril de 2025
:: GARRAFA DE VENENO::
Uma garrafa de veneno em cima da cômoda...
Uma garrafa de veneno em cima da cômoda e eu sinto cheiro de morte.
As consequencias estão expostas.
Se eu pudesse engolir a mim mesmo mil vezes,
Eu sentiria o quanto já estou envenenado pelos meus desejos.
Então eu só preciso ir embora para onde as sombras nascem.
Então eu só preciso ir embora para onde eu sou gestado todas as noites.
Aquele medo de me distanciar de tudo, agora me acorda em sussurros sufocantes.
Eu estou queimando, sinto cheiro de algo que está podre e já desalmado, repouso.
Então eu só preciso ir embora para onde as sombras nascem.
Então eu só preciso ir embora para onde eu sou gestado todas as noites.
A dama maior que rodeava meu coração, está enterrada na esquina de casa.
Estou tão doente que rastejo procurando o cheiro de morte que vem dela.
Vou me embriagar novamente com aquele gin que me transmite uma paz de destituição.
Ninguém pode me expulsar por que eu já estou indo embora.
Querida eu queria outro gole do seu prazer.
Prazer em te conhecer, mas eu estou sendo drenado para seu lado obscuro.
Coloque -se diante de minha verdade, estou abandonado.
Procurando você nas melodias mais depressivas e que me levam ao isolamento.
E todas aquelas coisas que trocamos por dias, agora dilatam minha pupila.
Eu vou queimar seu valium, minha estupidez vai me dar uma moeda de garantia.
Porque eu rastejei para te desenterrar de mim, minha boca ainda tem seu gosto de maçã verde.
Querida, eu fiquei tão excitado ao te conhecer que acabei virando um cogumelo na sua garganta.
Agora estou entediado porque eu estou infectado com seu vírus amoroso.
Enquanto você viaja na sua condição mais sóbria eu desbravo seu mar violento de demência.
Estou tão endividado com sua indecência que estou picado em mil pedaços.
Virei um vaso vazio dentro do seu coração.
Sua mente me colapsa e eu agora, estou redundante e estúpido.
Eu queria morrer dentro do vácuo que se tornou meu peito.
Mas, as horas passam e eu quero ser apenas algo que regurgita a própria infantilidade.
:: PAREDES DO DESTINO::
Eu nunca vou conseguir dizer ...
Eu nunca vou conseguir dizer por onde ando quando as luzes se apagam.
Eu nunca culpei ninguém por não poder me prometer um mundo melhor que o meu.
Eu nunca me movi tão rápido pelas estradas do medo, as folhas mortas caminham dentro de mim.
Não, desta vez eu não estou sentindo nada.
Não, desta vez eu vou mentir e dizer que eu posso ficar bem esta noite.
Eu nunca consegui contar como cheguei até aqui.
Dentro de mim, um demônio me devora, tira o sabor das coisas que eu como e me faz suar frio.
Sei que não tenho que dizer tantas coisas e acabo nas mãos amargas de uma intensidade que me afugenta.
Muitas vozes cantam na minha mente, melodias destrutivas e nem mesmo minha melhor concentração me faz distante do que sinto com tanta força.
O mundo fala comigo como se eu pudesse voar sem asas para voltar ao meu ponto inicial, a insanidade.
Então, está tudo conjurado!
Eu não posso dividir nada com alguém que não seja tão imundo quanto o que estou me tornando.
Não, desta vez eu não estou sentindo nada.
A tempestade está chegando e eu sei que não tenho para onde ir.
Os colos estão pegando fogo, o ventre da saudade gesta minha própria morte.
Eu queria ficar bem, mas sem estar tão alto.
Os meus sonhos estão cada vez mais deformados, meu corpo transluz o que sonho com veracidade.
Estou secando, igual as árvores que nascem no meu inconsciente.
E eu escutei alguém dizendo que vou conseguir enxergar isso de outra forma.
Então, fecho meus olhos e as sombras me embriagam de incertezas.
Estou conversando com algo que me engole todas as manhãs, que me faz chorar em silêncio.
As coisas estão ficando cada vez mais escuras e tempestuosas.
Eu sinto meu corpo congelar a noite, quando posso ouvir meu consciente pedindo para eu desistir.
Venha devagar, agora estou pensando sobre algo que não me destrua com tanta voracidade.
Estou encostado nas paredes do destino e elas estão desabando...
segunda-feira, 14 de abril de 2025
::CURVAS ESCURAS::
Eu não quero que meu amor se torne sua maior dor...
Eu corri tão rápido que perdi toda noção do tempo.
E eu sei que eu te machuco toda vez que eu volto
enlouquecida.
Mas, eu queria dizer que, eu não escolho sempre o que sinto.
Sou invadido por um monte de mágoas e ninguém tem relação
com isso.
Eu fiz promessas, não consegui cumprir porque estava com a
camisa cheia de sangue.
Então, fique, ouça e você verá que o meu amor é minha única
redenção.
Toda noite eu vago por ai, procurando um lado meu perdido.
Acabo encontrando coisas que não preciso, uma solidão, que
corre de porta em porta.
Me levando a um lugar desconhecido por mim mesmo,
Estou pensando em ir embora e não ficar para ver o que irá
sobrar de mim.
Porque o amor, ele é o único sentimento que ainda não me
destruiu.
Porque eu virei um monstro, que devora tudo com as palavras
e ficar quieto, tem me enfurecido.
Me beija antes do sol partir?
Eu estou procurando um lado meu que não seja tão
melancólico.
Não tenho endereço, então eu danço nas curvas escuras das
ruas.
Com uma beleza rompida por desejos selvagens.
Toda vez que o sol se põem eu me disponho a ser alguém
diferente.
Eu me sinto sem lado, sem fronte, sem norte e isso me
alucina.
Deus, eu sei que algumas mentiras que eu conto é para
esconder que eu sempre estou assustado.
Eu deitei pela última vez a seu lado e aquela manhã, eu te
vi e percebi que eu te machuquei tanto, que minha maior vontade era sumir,
feito fumaça para não quebrar mais sua realidade e coração.
Porque você sabe o quanto eu te amo e mesmo assim, eu não
consigo ficar, porque em algum lugar não conseguimos nos comunicar e a voz
estrangulada é a minha.
domingo, 13 de abril de 2025
::APRENDIZ DO DESTINO::
Para onde podemos ir que seu som não fique abafado?
Escute as batidas de meu coração, consegue sentir que não precisa ficar sozinha?
Não precisa acreditar em tudo apenas pelo que vê diante do seu coração atordoado.
As pedras estão rolando e a chuva cai incansavelmente na minha janela.
Vou contar até 3 e você irá parecer um pouco menos cansada de esperar as coisas caírem.
Esta chama em seu peito não precisa queimar suas coisas mais profundas,
Não precisamos apenas dos lugares sombrios para equiparar nossas incertezas.
Carrego comigo um desejo, ardente e repetente de dizer que quer seu corpo suado no meu e isso as vezes parece tão insano, que minha vida vira uma cama desarrumada pelos nossos sonhos.
Eu sou seu caos, o casco de seu navio quebrado, então a minha permanência está além do destino.
Podemos ser felizes, naquelas noites, as vezes minhas loucuras nos induz para lugares estrangeiros.
Temos nossas próprias passagens para o que precisamos viver com intensidade.
Digo, acredite, até quando insanos, estamos fazendo as coisas que mais gostamos sem o limite da dor.
Então, a noite cai e vai trazendo nossas lembranças, o que poderíamos ter feito diferente?
Mais um gole, ou ficar sóbrios também vai nos levar a caminhar por uma babilônia perdida dentro de nós.
Estamos rimando bem com o que temos, então o básico e comum, não serve.
Nosso último gole de tristeza, para depois entendermos que estamos dentro de nossa penitência.
As armas da sociedade apontadas para nossa cabeça.
Mas o topo não existe, o que dói está no fundo de nós, por isso, brigamos com nossos temores desde menores.
Podemos passar anos tentando tirar aquela roupagem, sabendo que será difícil uma nova existência depois disso.
Mas já não temos mais como ficar nas sombras, bloqueando o que sentimos, no sentimento mais severo, reflexos de coisas que trazemos de nossa infância e aquelas coisas que aprendemos sobre certo e errado.
É hora de dissolver, sermos sentimentais apenas com o que nos alimenta, nos faz fluir.
Preparados ou não, vamos ter que seguir por uma nova jornada.
Ou aprendermos a ficar com o que temos que é tão pouco, que já nos saturou.
Quando eu falo que seus olhos são um perigo iminente, só estou tentando dizer que preciso da luz deles para me guiar na escuridão.
Então eu sou seu caos, montado em um cavalo alado, doente e desolado.
Mas, minha crueldade maior é pensar que você nunca irá ficar, sendo que a noite cai e você lá está.
Acelerando meus pés diante de um sentimento maior do que eu, vou te procurando para ficar mais calmo.
Você pode fechar todas as portas que quiser, mas sua maior dádiva é abrir janelas,
Vai expressando, dançando, cantando, desenhando, rabiscando, atuando como pode.
Porque eu sei que não é fácil para você mergulhar nas horas sem se magoar.
Mas, pronta ou não, você vai ter que procurar um jeito de entender as coisas com uma leveza maior.
Querida, procure algo maior dentro de você que não te torture deste jeito, eu tenho medo dos seus olhos inchados de dor.
Podemos recomeçar?
Me perdi em algo que ainda não encontrei dentro de mim.
Você pintou um jardim no meu peito me deu coisas tão belas que minhas maldições parecem menores essa noite.
Eu nunca tive a chance de lhe fazer juramento algum, mas você pode perceber que eu estou jurado a ficar com você mesmo tendo a chance de você dizer que fui tolo.
Diante de tudo que vivemos até agora, a paixão está por toda cidade.
Eu vejo as luzes das cidades brilharem nos seus olhos, o barulho de tudo que vive andar nos seus lábios.
Não podemos deixar de dizer e acreditar que temos algo maior do que estamos podendo viver.
Mas, fale comigo, não me deixe pensando que nada disso vale a pena.
Não consigo dormir por algumas noites, porque eu fico pensando em como é profundo estar com você aqueles momentos todos, que são tão particulares e sólidos.
Eu sei que as vezes você tem medo que eu quebre seu coração, mas eu posso lhe assegurar que só iremos saber o quanto você pode suportar meu amor quando se abrir.
Entendo que só poderemos demorar se formos para um lugar aonde podemos ser nós mesmos sem temer que o nosso tempo acabe e que é só aquilo que podemos ter.
Você narra em silêncio tudo aquilo que eu deveria balbuciar quando falo de tudo que acredito.
Sabendo que eu não posso deixar você partir sem dizer o quanto é especial cada instante.
Procure ai dentro, um lugar que não seja amargo, coloque minha voz de lamentação quando você vai embora e eu queria que você ficasse mais tempo para perceber e sentir o quanto eu acredito no que nos conecta e quer permanência.
segunda-feira, 24 de março de 2025
::ARBUSTOS NEGROS::
Posso tentar narrar o que dentro daquela floresta...
Arvores enfileiradas, desfiladeiros tristonhos, música melancólica.
O vento vem trazendo seu respiro mais profundo, sua penumbra me convida a dançar.
O chão está úmido e os olhos também.
Existe uma fenda diante de minha mente, aonde mora um monstro vestido de negro.
Coloca-se diante da fogueira, os olhos ardem, as mãos pegam fogo.
As pernas cansadas, o quadril, dilacerado.
A dança macabra começa sua sintonia interna.
Está gelado aqui dentro, nada passa sem congelar meu peito todo.
Estou vestido como se estivesse aguardando um caixão para pular.
Minha loucura, demência e transparência, conspiração diante da minha mente.
Eu estou enlouquecendo, as trilhas estão cada vez mais estreitas.
A morte me chama para dançar.
As rupturas estão deformando toda passagem por onde eu costumava me esconder.
As plumas, vacilam diante do horizonte cinzento.
O sangue ferve nas minhas veias, eu estou transbordando agonia.
O cavaleiro procura um lugar para descansar seu cavalo selvagem.
Eu preciso ter um pouco mais de cautela, ou vão me ouvir gritar...
domingo, 2 de março de 2025
:: LAMENTAÇÃO INTERNA ::
Cai a noite, a cortina está
dançando nos ventos noturnos...
Dizem por aí, que ninguém morre
por ai.
Duvido eu desta narrativa, pouco
expressiva.
Morre-se lentamente, quando se
fecha os olhos com força e tenta reviver algo bom com outrem.
Amadas horas, que me buscam sem
cessar de inquietude.
Estarrecida com as delicadezas
contidas nas minhas lembranças,
Ela me permeia, me deixando no
lugar do oculto, sem estação para voltar.
Avisto uma estrela, parece muito
com ela, brilha, ofegante, me hipnotizando com seus raios e beleza.
A noite, por mais carros que
atravessam essa ponte, o único som que ouço é do compasso sem ritmo do meu
coração.
Valente, tenta bater o mais forte
possível para tentar me acordar.
Por vezes, ele até consegue,
sussurrando baixinho, minha alma me incendeia.
Que fogo todo é esse que me
consome a madrugada toda?
Arde tanto, que nada parece doer
mais em mim, do que a saudade.
Saudade dela, daquela que posta
em minha mesa mental, todas as manhãs.
Se ela soubesse, o quanto eu
tento não relampejar de desejo de tê-la, apago em instantes, querendo não
voltar.
Talvez, esse seja o instante mais
difícil, tentar contar o que sinto.
Existe uma voracidade nas minhas
palavras, que quando falo de amor, vira “encanteria”.
Se cada palavra que eu pudesse
despejar em um oceano, ele ficaria brando, límpido e satisfeito de tanta
paixão.
Se ela pudesse navegar, somente
algumas horas por esse oceano, saberia da imensidão que me transpõem as horas a
fixar meus pensamentos nela.
Digo, todos esses minutos sem
ela, são traiçoeiros.
Algumas vezes, tento fugir, sem
sucesso, me recolho aonde ninguém pode me ver.
Por algum frio interno, esfrio
tanto, que quando meu corpo volta a vida, estou febril.
Morro de amor todos os dias as 5
da manhã.
Sem o travesseiro dobrado de
lado, sem afeto, como uma cólera que tenta rebuscar as minhas mágoas
inconsoláveis.
Desejos que tenho de regresso, da
volta dela, são sufocantes.
Por tantas vezes, quis partir
para um lugar tão distante, aonde nem minha sombra se faria vívida ao nascer do
sol.
Me recordo dos passos dela pela
casa, do barulho que agua se encaminhava transpassando por todo corpo dela.
O que tenho vivido, me
desconforta a vivência.
Viver sem ela, tem sido um jogo
sem começo, meio e fim.
Dói, mas não desejo que isso se
esvaia...
:: AO REDOR::
Você quis estar só e eu fui ver o mundo rodopiar...
Você estava no controle, tirou as coisas do lugar dentro de mim.
Na sua simpatia eu dancei sua música preferida.
Na sua alegria, sorri seu sorriso mais sincero.
A noite me cercou e então eu cai para dentro de outras possibilidades.
Me tranquei dentro de um quarto escuro em mim.
Estava procurando um porque da minha mente estar tão doente.
Senti cada pedaço do seu corpo, desgrudar do meu.
E você, estava como desejou, sozinha com seus sonhos.
Isso é o que precisava ser feito e você ficou no controle de tudo.
Me coloquei a disposição de um destino ardente.
Que me mastigou e cuspiu para fora de onde eu queria existir.
Não senti tanto quando eu andei por onde estávamos quando nos despedimos.
A loucura estava me tirando o fôlego e eu adoeci com minha certeza de que deixaria tudo para trás.
Não quero entender como as coisas puderam sair do conforto.
Menti tanto que me perdi, porque queria te deixar em um topo e eu no lugar de ladeira.
domingo, 2 de fevereiro de 2025
::TARDE EM CHAMAS::
Uma vez eu tive um sonho cruel sobre o céu...
Uma vez eu tive um sonho cruel
sobre o céu, ele parecia tão cinza quanto meus olhos.
A tempestade foi me levando e eu
estava flutuando sobre uma noite em chamas.
Eu queria uma honra negra, sem
que pudesse ver e eu me afastei de tudo.
Coloquei meus sapatos surrados e
andei por uma cidade acabada.
Tentei dormir em um banco
qualquer, mas todos estavam úmidos de lágrimas.
A grande absurda sorte que um dia
eu possui, me destituiu de tudo que eu imaginava.
Eu estava tão doente que não
podia pedir ajuda, estava me afundando em desculpas.
A única coisa que eu sentia, não
me deixava mais segura para ficar.
Tentei uma cama diferente, acabei
rezando para adormecer para sempre.
Estava solitária, cheia de
ingratidões, por mim mesmo.
As glórias estavam lançadas em um
chão desolado e corrompido.
Voei dando voltas pelas caldeiras
antigas, aonde encontravam-se, meus lamentos.
Não adiantava querer poder fazer
algo, estava quase sem alma.
Atingida por um destino que eu
queria que não fosse para mim.
Escutei a canção mais melancólica,
ela dançou em minha mente.
Calou minha face e desenhou em
meus olhos, as minhas vozes acusadoras.
Posso ver minha pele, desfazendo-se
pelas minhas suposições.
E se, eu pudesse voltar uns
passos?
Será que eu seria um pouco mais
forte para aguentar o peso da minha dor?
Então, me dê algo para comer
pois, estou tão faminta que está difícil para eu digerir o que carrego em meu ser.
Assistindo as coisas ruírem,
então é assim que o mundo termina?
Suas perguntas, são as respostas
que me fazem viver no limite da minha sanidade.
Eu já enlouqueci tantas vezes,
agora não consigo provar o quanto posso resistir a mais esse momento.
Não consigo pedir ajuda, minha garganta
está estrangulada pelos meus devaneios.
Procurando sorrisos secretos,
aonde existe apenas a sombra de uma identidade qualquer.
Deite-se e deleite-se, esta alma
está esbarrando no barranco, tentando se esquivar de memórias ruins.
As flores estão morrendo em algum
lugar dentro de mim, eu me desiludir pelos meus sonhos.
Estou cega, não consigo ouvir e o
resto dos meus sentidos, não sei aonde foi parar.
Não sou inocente, meu coração bate
tão forte que parece que pode explodir meu peito todo.
Vou descer as escadas, não, não
posso.
Estou dentro de uma garrafa, procurando
um pensamento gênio para me tirar desta perturbação.
Não tenho para onde ir, que
eu não seja capaz de te levar e você é
tão leve.
Me deixe ficar debruçada sobre o
peito de uma saudade que não passa.
Minhas mãos estão tão cansadas de
tentar descrever e minha voz ficou cansada e rouca.
Vivendo no limite do estranhamento
e da fina camada de realidade.
Ainda estou aqui, tentando
aquecer minha consciência com o que eu desejo alcançar...
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
:: QUINTAL DOS AMANTES::
Eu sonhei um tema lindo sobre amor.
Pensei sobre todas as coisas mais belas que conheci durante toda minha vida.
Acabei e comecei em você.
No contorno do seu rosto, do seu corpo no seu pensamento.
Majestosa, cores que te alcançam, tons inebriantes, noites e dias, tardes de domingo.
Não existe um só som, que não vire acorde para uma música a ser para você cantada.
Encantada, estou!
Como um facho de luz, outrora, brilhando na imensidão da intensidade de seus olhos, me encontrei.
Estarrecida, completamente entregue aos seus deleites mais secretos.
Sou sua insaciável insanidade, sua maior força que te ergue para um horizonte nítido, claro e vitorioso.
Vanguarda de uma alma que desfila pelo mundo a procura da felicidade.
Você não se cansa de ser bela, irradiando prazer, devoção e calma.
Eu te encontro, nas linhas que me devoram.
Eu te encontro, na sutileza do agora.
Eu te espero, como aguardo o sol toda manhã.
Não adormeço sem querer me deitar com seus desejos.
Discretamente , você levita pelos meus sonos mais profundos.
Embriagada por sua presença, nunca quero me despedir, só me despir de tudo que tem limite.
Não serve o meio, o seu mundo para mim é íntegro e verdadeiro.
Não existe ressalva para saudade.
Te sinto na periculosidade de estar só , querendo estar dentro e fora de você.
Como a noite que debruça nos quintais dos amantes, me deito no seu sorriso.
Te amo, como deveria, muito mais do que poderia.
Te amo, na raiz do estar, na priori do que irá brotar de tudo que será nosso.
Consumado, nosso amor, está!
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
:: INCONSCIENTE E RUPTURA::
Inconsciente é ruptura...
Passagens, incessantes, qual a definição do manifestar?
Um objeto que não diz, utiliza a linguagem do que antecede a
fala.
Podemos aprender pela razão, o intelecto, ressoa, brando,
irrompendo o novo.
Chamo de caminho desconcertante, percepção da prática do
agora.
Em alguns lugares incômodos, os cômodos do consciente estão
arrastados, cadeiras com suas pernas quebradas, sem equilíbrio.
Podemos nos dar conta deste fio que tece a vida, através das
relampejadas da obra de si mesmo.
O jogo místico, se sobrepõe a performance da iniciação para
uma vivência-do-agora.
Alguns dizem, que este lugar é abrigo, outros relatam, um
lugar de perdura.
Existe um enunciado, desconhecido pelo sistema de apreensão
do sentido-estar.
Proposições inadequadas de pensamentos, desdobramentos quânticos,
resultados de trágicos momentos experienciados.
Estamos passando pela ponte central do entendimento, um
lugar cheio de escombros sentimentais.
Sobreviventes de um mundo torto, que esquiva da solidez humana,
transformando nossa alma em animal, selvagem e inquieta.
Neste percurso, morremos muitas vezes, deixando alguns
sentidos vazios, sentados nas calçadas geladas.
Guardamos nossos segredos mais antigos, borrados e que se
esvai diante de nossos olhos.
Entusiasmados, pensamos em ficar, mas acabamos partindo quando
o sol quer se deitar.
O que motiva uma alma continuar reinando dentro de nosso
corpo?
Talvez, uma sobrecarga de amor, ódio, frustração, paixão e compaixão
pela estadia.
Não tem visita marcada, nos encontramos em um lugar individuado.
Somos massacrados pela máquina do agora, que procura anteceder
um futuro incerto.
Este movimento frenético, nos desdobra e nos transborda até
a margem dos nossos dramas.
Trágicos instantes aonde a ruptura do inconsciente, conversa
com nossas extremidades, misteriosas.
Quem vive isso intensamente, volta para o lugar de origem?
Não se sabe, relatos são vorazes, pouco se tem de narrativa,
balbucios inadequados.
É a forca da sobriedade a força da inquietude, a sombra da
realidade.
Neste lugar, se tem amor e devoção, causa com efeitos melancólicos,
diurnos, parecem devaneios arrastados pela sombria tarde de verão.
Quanto mais eu tento expectar esse lugar, mais ele escapa do
que realmente é...
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
::SENTIDO INVERSO::
Apague as luzes, as nuvens cinzas
estão se aproximando....
Um carro em alta velocidade, está
dentro de seu coração.
Não existe uma razão para tal,
mas acontece.
Enquanto a cidade está apagada, você
está dando volta dentro de si.
Não brinque, você sabe o sabor
amargo da infelicidade de as vezes não realizar a verdade.
Não é tão ruim quando o céu não
fica azul.
Você está alta, tentando provar o
gosto da sua frieza e deslealdade.
Então, projete-se aonde as coisas
não podem deixar de aparecer.
A fumaça que você traga, te muda
e tudo parece flamejar.
É irregular, mas você sabe o que
quer e continua tentando não se perder.
Procurando nos olhos cegos da
maldade o que enxergar com tanto temor.
Pesque algo dentro de si, algo
que realmente pode acreditar sobre seus sonhos ruins.
Seu coração é feito de pedra e
ele também quebra, mas se refaz toda vez que se apaixona por algo do lado de
fora.
As coisas começam a se
movimentar, lentamente e suas batidas estão fora de frequência.
Isso não significa que você irá exatamente
se perder de onde começou a se identificar.
Ascenda as luzes, agora você pode
se ver, inteira.
A vida passou como um flash,
agora você está trêmula.
Os rios começam a rolar ao
contrário, as razões estão controversas.
Você queria viver isso tudo, mil
vezes, sem se distanciar das suas perversidades.
Quero lhe dizer algo, você ainda
consegue sentir aquele gosto amargo?
Então, vou pintar seu céu, da cor
de seus olhos para te provar que você está acima de tudo que te ensinaram sobre
si.
A fortuna não é algo estranho quando
não se pode guardar a satisfação de querer sempre escolher algo para ganhar.
Estamos aqui, você condizendo com
suas crendices, presa em pequenos detalhes, simbólicos, como aquela vez que te
vi, entrando naquele lugar escuro.
Você consegue acreditar que agora
pode ter sonhos bons?
Seu coração está disparado,
correndo como flecha por essa floresta solitária.
Então o que você guardou por
tanto tempo, não era segredo, somente medo.
Medo de não conseguir caminhar
sozinha diante daquelas montanhas que lhe deram para escalar.
Você se machucou tanto, agora a
dor não te incomoda mais.
Vista sua roupa preferida, aquela
que pode matar qualquer um.
Lembre-se de seus nomes, porque você
ama até querer morrer.
Não se desculpe, porque você continua
correndo pelos vales que não são mais encantados.
Você diz que o amor pode te
obrigar a ver a insanidade em sua proeza mais profunda.
Não peça, por favor, porque toda
vez que a semana termina, você fica exausta e cheia de saudade de quem foi
ontem.
Toda vez que eu fecho meus olhos,
eu vejo você sonhando com as coisas que um dia me disse que eram impossíveis.
Seus delírios te sufocam e você adora
o peso deles no seu peito.
Você pode correr para onde
quiser, mas sabe que sua sombra é mais veloz.
O vento mudou a direção, está na
porta de sua casa, te obrigando a sair.
Então, caia e dance sua dança
proibida para tentar se relembrar o quanto ainda conseguia ser humana, mesmo
amando como um animal ferido...
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
:: TUMULTO NO TUMULO: :
Desprender-se...
O que volta para seu início, principia-se em um gesto fatal.
Explanados, estamos duelando contra nossas carnes.
Alguns corpos se desprendem, constituindo uma dança mórbida.
Hoje o dia foi tão pesado que parecia que eu não tinha corpo
para tal.
Então, eu digo, aonde estava minha energia?
Despenquei de 11 andares, de braços abertos, procurando um
adeus sincero.
Percebi aquele punhado de pessoas, tentando regenerar uma
parte da alma, inacabada.
Os sonhos estavam todos suspensos.
Como se eu pudesse sentir o cheiro do meu travesseiro,
atravessei a cortina cinza.
Alguém sussurrou no meu ouvido, estava tudo acabado, as
luzes contaminadas pela tristeza.
Como é que eu cheguei até aqui?
Aquelas árvores sonolentas me perseguiram por todo campo
esverdeado.
Não tinha razão, não tinha lógica, só um grande cheiro de melancolia.
Estar inacabado, encerrado, mas, de punhos cerrados, mudei
de lugar.
Acabei em um lugar de silêncio, aonde as datas não se
encontram mais.
Então, consegui quebrar um pedaço de minhas memórias, ela
não estava mais lá.
Deixou uma ofegante presença, porque não mais, iria voltar.
Todos aqueles anos, remotos, maremotos, sua voz, calada para
sempre.
Estou explanada, dando adeus para alguém que me viu de
costas e de frente.
Tantas coisas não fazem o menor sentido, estou pequena.
Apertando algum botão mental, queimando, apenas jogando com
a humanidade.
Eu poderia ser Deus, mas naquele momento, era mortal, queria
fechar meu próprio caixão.
Minhas sinceras dores, não mais consigo explicar, porque estava
enraizada naquele mórbido momento.
Não conseguia dizer adeus, minha garganta doía tanto, que
via aquele rosto antigo em todas as janelas dos carros enquanto tentava encontrar
meu caminho de volta.
Sei que algumas coisas, não voltam para seu lugar de
partida, mas eu queria ver meus ossos entrecruzados com a salvação de algum
momento que ali, eu pudesse me render.
Chorei, esvaziei e retornei ao meu lugar, naquele velório
iniciático.
As flores não tinham cheiro, eram absolutamente impenetráveis
odores.
O dia estava cinza e coberto de angústia, quebrando as
nuvens em pedaços, choveu!
Então, esse silêncio, virou abertura...
domingo, 8 de dezembro de 2024
:: PRELÚDIO DE UM BROTAR::
Nem tudo cabe no silêncio e tão
pouco, nas palavras. Algumas sensações, moram dentro de nós, em um lugar aonde
o vazio não existe por muito tempo. Este lugar, condensado e insano, provocador
e modesto, lembra profundamente alguém procurando motivo para entender o calor
do sol e o frio que se esconde atrás da Lua.
Passamos muitos anos tentando
constituir um lugar de narrativa para nossos acontecimentos mais profundos.
Muitas vezes, conseguimos, sussurramos, murmuramos, mas poucas pessoas escutam ou
conseguem decifrar o que de fato precisamos para daquele lugar de expectativas,
nos iluminar.
Com quem podemos de fato contar quando cuspimos nossa história mais secreta, sem que este, possa não nos julgar com sua morbidez e egocentrismo?
Algumas pessoas passam pela nossa
vida, tão passageiras, que os acentos não ficam reservados para que elas voltem
e também, talvez elas nunca queiram ali voltar a sentar. Indiferentemente,
continuamos vivendo procurando prerrogativas para felicidade e angústia, melancolia
e sucesso. Mas, até quanto pudemos suportar sem sermos entendidos? É possível
que nunca nos entendam, esse lugar de dúvida é substancial e pode parecer, vulgar.
Todos nós, em algum lugar escondido, estamos aguardando um amor, um ponto força, um novo amanhã chegar.
O lugar do pensamento é
imaginário, a concretude de nossos sonhos, não tem tempo e nem espaço, ele só
vive a se instaurar, pelas paredes, chão, teto, linhas, presentes, futuro,
pessoas, promessas e frustrações.
Quem consegue subir até onde tudo
que idealizamos, reside?
Nós mesmos e outros, como nós, transgressores
de memórias, afetos e considerações, procuram escrever, contar, ou simplesmente,
se desmancham em lágrimas, tentando passar para outro, o que ele está a
vivenciar.
Encontramos diversas controversas
a respeito de quem somos, para onde vamos e para que abandonar a ideia de enaltecer
o que querermos alcançar.
Talvez, bem lá no fundo, saibamos
que o nosso toque no mundo, pode ser tão sensível, que vira um bicho humano
brutal. Tudo bem, o que precede a queda de todos nós, vem da não realização. Um
não, ou um, sim, muda toda uma gestação de estação mental.
Não existe lugar para quem não quer se encontrar!
Mas depois que nos encontramos, o que faremos com quem iremos
nos deparar?
Minha prosa é acelerada, fugaz, densa,
vem de algum lugar que não me recordo, mas sei que vivi, de alguma forma,
testemunhei algo que me acometeu e no meu universo particular, que de repente,
desabrocha, perturba, me faz cair de amores e no outro ato, me torna fraca e
preparada para novamente, transmutar.
Não me esqueço de tudo que já atropelei, presenciei e silenciei, da paixão, fúria, desconexões, encontros marcados por desencontros, pelas ruas que já tive que passar correndo, outras, que andei tão só, que andava devagar para tentar me encontrar.
Ser livre é um desejo, ardente, mas a liberdade não está apenas em fazer o que se quer e sim, não ter que lutar contra si mesmo para chegar aonde não temos medo de não ter limite.
Passamos tanto tempo querendo
justificar o que não cabe somente em nós, desejos e projeções cheias de
preceitos e degustações de um prazer qualquer, sem nos dar conta que ali, não estávamos
tão preparados para nos aceitar.
No meu mais íntimo desejo, queria que nada se permanecesse intacto em minha vida
como sonhei, mas que meus sonhos possam ser percebidos por alguém que tenha a vontade
de comigo, montar em um cavalo arisco, feroz, cheio de medo, ressentimentos e que ao
galopar tão rapidamente, talvez não saiba o caminho para dentro de si, voltar.
Desejo a todos, que sonhem, sejam primitivos, seguros de si, que saibam que o caminho que escolham, talvez não seja o melhor, mas que neste momento, só sirva de passagem para te levar para um novo lugar dentro de si mesmo.
Convido a todos, para dançar em
meus pensamentos substanciais e imaginários, não se esqueçam que permeio o
nunca, o não-pensado, o mistério, a culpa, o amor, a dor, a realização e o
pensar. Espero ser capaz de transcender o que aqui deixo, na honra das
palavras, nos minutos que me fazem tardia.
Que seja possível que vocês sintam o calor de sol
na beira do mar, forte, incandescente ou sintam o frio do cair de uma noite, eu
esperando uma tempestade chegar.
::TARDE DE DOMINGO::
Tarde de domingo…
Vou contar até 10 para ver você adormecer dentro dos seus sonhos mais íntimos...
Eu quero te fazer minha, estar sob sua pele, seus pelos, suas nuvens cheias de pensamentos.
Quero estar dentro de cada festival que você for, ser sua banda preferida.
Eu amo amar você, no jeito que se levanta manhosa, no jeito que adormece, apagando a luz de meu espetáculo.
Ande em círculos por mim, na ponta dos pés, me renda no seu afago, me despindo.
Porque eu te adoro como uma obra de arte, intensa, marcante e inesquecível.
Você está em todos meus encantamentos mais secreto, você é minha religiosidade mais antiga.
Eu observo sua confusão e eu grito, estou aqui e vou lançar seus ventos sombrios para longe.
Porque assim como o cair da tarde teme acabar, quero seu deleite em querer renascer todas as manhãs cheia de beleza e coragem.
Quero te fazer ficar embriagada com seus próprios delírios.
Quero ser o seu descanso mais sincero, singelo e singular.
Quero ser o seu dia, antes mesmo que ele amanheça.
Quero que toda vez que você pense em uma música, que eu esteja entrelaçada na sua memória.
E se acabar a sua felicidade, quero ser o seu lugar secreto para você habitar.
Então me diga, o que hoje te faria feliz?
Eu posso abrir um mundo todo para você passar, igual você fez naquela tarde de domingo.
As nossas chances de sermos completas, começa quando você se debruça em meu querer.
Comigo, você não é prisioneira, tem a liberdade de ser apenas autentica e livre de medos.
E se você sentir frio, quero ser a pele que você irá querer vestir.
Quando você se sentir insegura, quero ser seu auge de companhia.
Porque aquele dia, meu amor, o sol era só nosso e tudo que nos rodeava era nostálgico.
De certa maneira, já vivemos isso, em algum lugar de nosso passado.
Vou estar na sua batida mais pesada, na melodia que te faz querer tirar os sapatos apertados e dançar.
Te quero nos dias de chuva, de tempestades negras, quero o ensolarado do seu adormecer.
Quero ser o sonho que um dia você teve, mas achava que estava somente preso em seu filme de romance preferido.
Quero ser sua cama, seu lugar de descanso e de repouso absoluto.
Porque eu te esperei por décadas, por dias que pareciam intermináveis.
Quero ser seu interminável delírio cósmico e este irá nos renova, realizar a mutação a cada chegada e partida.
Quero te enlouquecer com a minha voracidade, ter sua intimidade e a minha violadas.
Quero ser suas últimas palavras que você irá dizer antes de pegar no sono mais denso.
Quero ser a poça que deixa seu sapato preferido mais úmido.
Aquelas cadeiras, estavam tão distantes quando chegamos!
Depois, o seu colo era tudo que eu clamava naquele momento.
Quero ser seu encontro perfeito, te selar com um beijo.
Porque, para mim, sempre será o primeiro e o último dia na terra.
Então, podemos começar a traçar metas e planos, porque cada milímetro de mim, deseja todos os seus caminhos percorrer.
E quando você diz que precisa ir embora, eu seja seu reencontro mais profundo.
Estamos falando a mesma língua?
Estamos nos encontrando ainda na frente daquele shopping?
Com os olhos vendados pelos nossos óculos, cheios de sentimentos ocultos.
Essa é nossa viagem singular, um lugar aonde nossas almas se encontram.
E quando eu te vi, meu coração pulsou tão forte, que seu abraço me acolheu.
Eu quero ser recebida por suas fantasias mais eróticas e selvagens.
Quero ser o seu amor matinal e cair na madrugada diante de seus olhos, me tornando seu lençol mais sedoso.
Gosto do poder do seu sexo, do “labor” do seu suor sagrado.
Quero ser seu orgasmo múltiplo, evocado!
Eu não consigo explicar o que sinto, só sei que todas essas palavras, me encontram como te encontrei naquela tarde de domingo.
Não precisamos de nossos segredos mais, coloque todos eu seu bolso, estamos vestidas com o mesmo casado.
Com nossas camisas cheias de insanidade e coragem.
Porque, quando você estava sentada naquela mesa, eu te dei muito mais do que uma chance para acreditar em nós.
Por mais que você não conceba o que podemos ser juntas, eu te explico fechando seus lábios lamacentos com minhas boca cheia de paixão.
Quando peguei em suas mãos, eu senti uma outra dimensão, abrindo!
Então, quando você sair para as ruas, saiba que tem alguém te esperando chegar.
Cheia de vida, iluminada e cheia de carinho para se exaltar.
Então somos nós, amando o que algum dia alguém nos prometeu e não cumpriu, porque já era nosso.
Te amo e te amar é acreditar que todas as coisas que eu desejo, são reais.
Garota, sei que podemos desbravar mundos, mas o seu, sempre será o meu lugar preferido.
Então, não se embriague sozinha, porque eu serei seu líquido preferido e eu vou beber até sua alma.
Se um dia você se esgotar, saiba que pode procurar em meu olhar o seu estar.
Porque eu estou tentando narrar um dia, enquanto eu estou presa no nosso destino, aberto!
Eu quero esgotar sua saliva, seus suspiros, quero ser o que sana sua sede de vida e de morte.
Quero te ressuscitar todas as vezes que desejar desistir de algo que já é seu por vitória concedida pela sua força.
Faça silêncio, consegue ouvir as batidas do meu coração procurando suas melodias mais intrínsecas?
As vezes, sonhamos tanto com algo que adoramos que esquecemos o quanto podemos ser inesquecíveis para alguém.
Então, ponha-se de braços abertos em qualquer cama que quiser, eu estarei no seu ponto, sussurrando seus contos mais eróticos e insanos.
Vou te tornar imaculada, adorada, rebele-se, livre-se de tudo que te faz ter vontade de correr para longe.
Fique, não precisa temer, porque eu sou sua voz que muitas vezes, esganada, não sabe narrar o que realmente você precisa para ser feliz.
Essa é nossa história, esta noite, estamos consumadas, cheias de luzes nos rodeando.
Seja literal, visceral, comestível e absoluta, porque os desejos incandescentes nos rodeiam de prazer.
Seja sua mãe, o seu irmão, a sua insensatez não pode te alcançar quando deseja algo com muita força e foco de conseguir se entender e os seus desencontros, vão te tornar leve.
Quando você vencer suas batalhas, olhe na primeira fila, estarei lá para te aplaudir e chorar de orgulho e admiração, sou sua fã incansável.
Inarrável é o que não consigo calar, meu amor por você , toda devoção e excitação ao tentar te transmitir e transmutar em palavras , o quanto é inacreditável te amar.
Eu te exalto, em seu auge de perfeição e de intuição mais forte sobre o que é a realidade.
Eu te tomo, meu amor, minha mulher, minha vida, para toda eternidade que você quiser...