quarta-feira, 25 de agosto de 2010

::Fogo no céu::

Fogo no céu!

A morte é uma calúnia para os sobreviventes do atentado a vida.

Tulipas e rosas, um cheiro de amargo toma o ar.

Abra os braços, a solidão restaura o amor que anda de cavalos descalços.

Cavalgando por ai, não sabe se vai, ou se fica.

Volta quando o sol não é mais capaz de aquecê-lo.

O quente ardor da angústia é tentador.

É frio, sempre congela o coração abalado.

Cinzas, pétalas choronas, faíscas ranzinzas.

Dorme enquanto some de si.

Em si, acorda sorrindo com lágrimas no colo.

É inverno!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

::Movimento vermelho::

Não cabe em mim.

Nem mesmo ajustando bem forte, ainda assim, não vai!

Um empurrão e lá estou eu novamente andando na corda, o abismo!

Me perco entre sonhos e realidades paralelas, entre os mundos aonde reconheço meus medos e vaidades.

Nesta cidade sem muros, aonde a perseverança não morre e o cheiro de morte não existe.

Aonde a minha fala é sinfonia e os lenços são pintados de vermelho sangue.

Por tanto, me perco aonde existem cinzas.

O pó entra em meu nariz, aspiro o que já fui um dia, transpirando o odor do cansaço.

Visto meu casado de pele, pele marcada feito boi.

Aqui não dói, é tudo uma questão de tempo, movimento antropofágico!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

:: Porta de escape::

É para dentro que as coisas correm.

E lá ficam, fabricando armadilhas inconscientes..

Não existe porta de escape, existe o cara a cara com a própria realidade.

Porque, se eu contar os pontos eu saio perdendo.

Servindo a uma rainha interna que sempre quer me deixar para baixo.

Eu fecho a boca para que ninguém saiba o quanto eu ando desapontada com tudo que tenho construído...