Fogo no céu!
A morte é uma calúnia para os sobreviventes do atentado a vida.
Tulipas e rosas, um cheiro de amargo toma o ar.
Abra os braços, a solidão restaura o amor que anda de cavalos descalços.
Cavalgando por ai, não sabe se vai, ou se fica.
Volta quando o sol não é mais capaz de aquecê-lo.
O quente ardor da angústia é tentador.
É frio, sempre congela o coração abalado.
Cinzas, pétalas choronas, faíscas ranzinzas.
Dorme enquanto some de si.
Em si, acorda sorrindo com lágrimas no colo.
É inverno!