Olhando para as estrelas, o que eu poderia não acreditar?
Se eu posso ter a possibilidade de crer que cada coisa possa
me capturar.
O som está alto e eu não consigo pensar direito, e isso
realmente é uma bomba atômica.
Enquanto um dorme o outro devora um mundo cheio de cicatrizes.
Então vamos abrir os olhos lentamente, as ruínas estão
caindo.
É fácil tentar escapar, mas os trilhos estão cheios de
sangue.
A solidão você não pode dominar, então não culpe se o frio
te congelar.
Os jogos estão acabados e então alguma coisa me diz que pode
arrebentar aquelas correntes antigas.
Conto até cinco, prendo a respiração e lá está a memória na
sua voltagem máxima.
Me refiro a algo que não pode ser esculturado, ou criado com
as próprias mãos.
O futuro é algo que não me assusta, porque no presente eu
mato um demônio por dia.
Não adianta reclamar se as coisas não estão no lugar, por
onde estivemos todo este tempo?
As lágrimas foram caído e não pudemos nos expressar como
deveríamos.
Eu nunca tive sonhos que pudessem me engolir, as fantasias são
exatamente voluntárias.
Até certo ponto eu ligo o rádio e ouço minha própria voz
gritando que eu não posso desistir de tudo isso.
Apocalipse urbano ou não, os problemas estão me restaurando
e eu tenho amado não ter controle sobre o que quero hoje em dia.
Então vamos tirar as mãos do freio.
Desgovernar por onde a estrada seja mais ampla e não cause
tanto desconforto.
Você me disse que a realidade é cruel e eu pergunto você foi
o bastante?
Doou-se até seus ossos doerem?
Não você tomou as pílulas erradas, caiu aonde o abismo era
raso como sua capacidade.
E não pode confirmar a minha mensagem de que as virtudes
estão se perdendo e você não pode pular para o degrau de cima?
Engula lentamente o gosto do vício de uma vida cheia de
remorso!
Todo mundo dizia que eu iria enlouquecer, e eu o fiz.
Mas e agora?
Qual é a acusação?
Qual a letra de música que vão me dedicar agora?
Levante as bandeiras eu vou travar todo o sistema integrado
de normalidades possíveis.
Porque eu não nasci para ficar no caso do acaso.
Eu nasci para escória dos padrões e isso não é rebeldia.
Desculpa se eu não tenho um mundo só para viver, eu vivo nos
paralelos deste sistema anormal.
Não falo por um contexto social, não que isso seja tão
banal, mas estamos em uma era aonde as pessoas estão se anulando tentando tapar
seus traumas com alienações tão pouco subjetivas.
Quero ver a possessão e seu eu digo que os ossos não
aguentam é porque eu quero ver as almas andarem por toda esta terra desolada.
Papai trai mamãe, mamãe cozinha com o vizinho e as crianças assistem
a guerras civis.
E onde está o padrão?
Deixa os ralos serem abertos, o esgoto a flor da pele, o
cheiro da maldade já não incomoda mais as vizinhas.
Então todos nós gostamos disso?
Eu prefiro o perdão em todos os casos, já que todos nós
vamos ter que aprender a conviver com a culpa.