sábado, 28 de maio de 2011

:: Folhas de piadas::

Quebrando o que sobrou de um muro que eu construi dentro de mim...

A poça está cheia, são lágrimas, antigas e sentimentais.

Parece que eu não consigo ir para frente, alguma coisa me puxa,

Quando eu consigo me libertar, dói.

Eu tento recomeçar de novo, mas minhas pernas estão machucadas.

Estou alta, e então eu percebo as folhas me rodeando, com suas piadas sujas.

E é isso?

Tenho que ser uma, qualquer coisa, pode ser um brinquedo, mas um que faça menos barulho.

Eu venho tentando e isso não me trouxe as estrelas.

Correndo, o grito sai correndo de minha garganta, pois, eu estive só ali.

Embriagada de certezas, escavando um esconderijo que me lembrou um abismo.

E finalmente eu cheguei no fundo, não, eu não cheguei, não existe fundo.

O vazio conversa comigo, e as vozes estão sorrindo dos meus olhos apertados.

Gostaria de parar tudo, simplesmente um pouco mais de paz, ou de ser capaz de me deixar para trás quando minha insegurança tentar me sufocar.

De onde eu venho, o sol é sempre laranja, e o mar sempre verde.

Os olhos são neutros, misteriosos globos anedotas.

Minha especialidade sempre foi perceber o que estava errado, e eu sempre fui indiferente quando as coisas pareciam estar indo bem.

Não consigo reconhecer nada, me tornei egoísta, fechada, isolada e desamparada pela esperança.

Perdi o controle, meu corpo está rachado em milhões de pedaços e cada um deles, narra uma parte minha que quer ser removida para sempre...