terça-feira, 30 de junho de 2009

::OUTSIDE::

Que gosto horrível é este que está alojado em minha alma...

Ando experimentando dores, sofrimentos, recompensas, mas não ando a vontade comigo.
Eu tenho vontade, mas aqui dentro tem um intervalo estranho entre o mundo substancial e o imaginário.
Este intervalo não sei nem ao menos dizer se é de tempo, ou de existência fora do tempo.
As vezes fico farta, e tento combater os meus demônios internos tomando banhos longos de ouvido fechados, o silêncio me ajuda a não pensar sobre o resto.
Sei que é preciso limpar as sujeiras, acessar o meu inconsciente de uma forma menos pesada, e não posso afugentar as minhas mágoas.
A melancolia veste preto, espera-me diante da cerca do consciente, aonde os cavalos alados estão pegando fogo.
Os meus devaneios tornam-se reais, eu me perco dentro das paredes, eu estou presa entre o concreto e o imaginário.
Meus olhos não podem deixar de tocar um espaço aonde eu penso não existir algumas vezes.
Eu não consigo jogar para fora, este vômito azedo, e tenho pressa de viver sem conhecer este ódio pela dor.
Estou diante da maior guerra existencial por mim já vivida, não quero triunfar, quero obedecer ao meu espírito ofegante, bravo e sensível.
Não conto mais somente com minhas estranhas falas, quero conseguir engolir o mundo sombrio e lançá-lo para fora da minha mente!
Manifesto antropofágico.
É difícil narrar este tão desconhecido semblante da angústia, esta fala distorcida que mastiga a minha condição como ser-no-mundo.
Quantas armadilhas já desfiz, cai em muitas delas, fui detestável até a última gota de sangue que jorra de minha parte humana.
Adivinhem por si só, corações estúpidos, compenetrados em suas garras insanas.
Chega de dignamente crer somente nos inventores da alma nova!
Quero correr para dentro daquele rio de memórias, me banhar com a água dos homens de bom coração.
Não nego a tragédia, mas não consigo mais somente viver ao redor dos porcos.
Agrada-me sorrir superficialmente quando eu percebo um destruidor de visões, aquele antigo índio que tentou fugir de si mesmo, e foi pego por um leão faminto.
Não ando nem ao menos conseguindo reavaliar o valor do próximo, ouvir o mesmo, tem me causado náusea.
Gosto de perceber os povos que ainda estão afastados deste mundo, que vivem a beira da loucura, que solicitam os meus ouvidos para descarregarem toda malícia da humanidade.
O amor que me domina, cerca-me de tremor, aonde as barreiras do sobrenatural são desconhecidas, eu chego a cidade perdida com um coração preenchido por Eros.
Conduzir este turbilhão de sentimos tem feito eu sentir o gosto da morte na ponta da língua, venho compreendido que não tenho paciência para pessoas que dizem serem tão fortes.
Os braços delas não acolhem a própria fera que dorme no peito do sofredor.
Será que eu tenho que me livrar deste jogo?
Será tudo isso um jogo primário?
Não, ainda não sei, demonstrar que posso entender alguma coisa, seria um suicídio.
Eu vejo as estrelas sugerindo uma nova galáxia individual.
Eu tenho que me livrar das cobiças alheias, do caminho errado, das obrigações frustrantes.
Já não tenho medo de olhar para dentro de mim, as minhas lágrimas, fazem com que eu recobre a consciência de que eu estava sendo...
E antes de tudo isso, pelo que eu estava passando?
Eu não sei, eu não consigo me lembrar.
Estou afundando, em uma água negra, uma água de passado, um rio que tem curvas longas, e as pessoas estão a margem, a minha espreita, vendo eu me debatendo, eu tento me esconder de tudo e de todos, eu ando com vontade de matar tudo e a todos que cruzarem o meu caminho para tentar me enfurecer.
De que eu lembro?
Só me lembro de uma vida cheia de emoções, e este mistério que me cerca é horripilante, pela primeira vez, eu tenho sede, fome de saber o que se passa em mim...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

::Para quem?::

Ventania selvagem que invade meu espírito

Tirando as algemas das minhas conclusões particulares

Agora sem medo de dizer e ofender o que tem me feito morrer durante anos

Sem freios, desgovernada, locomotiva mal amada

Doação sentimental nunca rejeitada, que agora pede passagem

Não quer massagem para o que lhe dói e o que lhe és real

Arco de possibilidades que tocam o finito cheio de mágoas profundas

Imundos redemoinhos sobre as falhas sensoriais que se encontram no eu estrangulado

Cantar as canções que estavam submersas a tempos e ninguém podia escutar

O tempo que devora a vaidade dos homens de bom coração

Mas que controla o severo do artístico que visto de longe

É um mundo insano cheio de tristeza, um toque de glória para quem vai sofrer

Andando sobre as águas injustas que os povos deixaram escorrer entre os vãos dos dedos da existência humana

Mente estática, e usando a tática do instinto para mover –se adiante

Avante, agravante, as trevas não me consomem mais

Eu vivo entre o mal e o bem, sem que ninguém me manipule

Sabendo que minhas revogações sempre serão ignoradas

Mesmo assim eu continuo usando minha velha e antiquada sabedoria

De quem já viveu entre a escuridão e a dança matinal coagida entre lápides selvagens

Mármore escuro que agora abre –se para que os raios de sol

Ascendam as chamas da velha alma que ficou presa por anos

Tempo, porque está tentando me testar?

Não sabe que os segundos que eu passe me trouxeram o ódio quando eu estou sob regência do amor supremo?

Sabes, e ignoro – te, pois, tu me faz querer questões para me aprisionar entre os espinhos que nascem para me machucar

Não permitirei sua entrada em meu mundo, não desta vez

Violentada pelos sentidos que não podem ser percebidos por ninguém

Os segredos foram revelados!

Nua, e livre das dores, ainda me pego chorando entre os vãos temporais

Que me consomem com seus aromas enigmáticos e intensos

O mal pede licença para tomar meu corpo e eu o encurralo entre minhas linhas e que os pensamentos façam florescer o entendimento de tudo que será resolvido com sabedoria.

terça-feira, 16 de junho de 2009

.:POSTOS VAZIOS:.

Somos residentes de um mundo simbólico...

Quantas vezes fomos interpretes da fala do acaso, rebuscando nos nossos antepassados respostas para o presente que as vezes nos é tão árduo?

Nem sempre nossos fundamentos são justos e os lutos pelos quais deixamos de passar, imortaliza nossas vivências, trazendo arrependimentos e falta de coragem.

Não creio em poucas possibilidades do espírito, vejo e não compreendo a essência no seu todo, e nem por isso, me desvencilho das pestes que derrubam o caos sobre a minha existência.

Não me puno mais com baixarias, extravagâncias ou ironias rasteiras, deixo a vida entorpecer minhas veias de imaginação.

Tenho idéias de ritos, mitos e não anuncio quando estou embaixo da via perigosa do mistério.

Quando sou chamada para buscar, preparo minhas bagagens e parto, sem nem pensar o que por ali irei encontrar, eu apenas vou...

Vôo distante, no instante em que o momento importante não é egocêntrico nem auto – confiante.

Quem ainda teme neste mundo, desencadear um rio de sentimentos?

Não é possível conter-se diante deste espetáculo que é a vida.

As vezes não temos palco para receber tal apresentação, nem por isso, deixemos de existir naquele instante, penduremos nossas falas morais e levantemos para aplaudir o desconhecido.

Jorra alma, joga em mim suas lamúrias, constrói suas moradas, consuma minha falta de estadia neste concreto, eu me permito!

Não me obrigo a passear somente na luz, a escuridão me trás a reflexão da visão da ilusão perdida pela minha ousadia em sempre querer voltar para cá.

Vai vida, o que queres de mim? Faça de mim uma aprendiz serena.

Me dê leveza quando eu não puder respirar, me dê seu sorriso quando eu quiser chorar.

Chorar de graça, jamais!

Meu choro é infantil e cheio de vazios.

Não temo mais a morte, e não arrisco mais a sorte, vivo de sul a norte, do oeste ao violento leste, compreendem a minha estrada selvagem.

Muitas vezes saio do meu caminho desesperadamente, eu sinto a vida me chamar, quantas vezes eu não fui? Porque eu fiquei? Não sei!

Só sei que, se eu quisesse compreender e entender tudo, não teria mais nada bonita em minha vida.

Como eu queria ter um pingo de vontade de não querer sobreviver.

Sobreviver dói e muito, estou aprendendo a viver imensamente a intensidade sem ser onipotente.

Ah quantos deuses ao meu redor gritaram nos meus ouvidos, me convocando a uma nova abertura, e eu não deixei de senti-los.

Se eu estiver com as portas abertas, não temerei o frio e nem o excesso de calor, que eu tenha uma sabedoria nobre para agüentar o pavor do mundo que gira a todo vapor.

Em minha mente não sei mais quem está presente, são muitos, muitas, peças, passos, falas, construções loucas, constelações, galáxias, astros enfurecidos pela temporalidade que rompe-se com a minha fé e inspiração.

Não, ainda não tenho nada eu sei, mas sei também, que não preciso de muito para me sentir satisfeita, satisfação as vezes é uma contradição.

Pecado dizer que não posso voar se tenho sonhos tão delicados.

Fernando Pessoa falou no simbólico e se foi como poeira no vento.

Meu deus, mas estão todos mortos mesmo!

Os grandes, ilustres, quietos que pouco falavam, mas que deixaram nas suas entre - linhas vestígios do sem-fundo.

Ah como eu queria ter um pouco mais de vaidade, dedico-me apenas para o que está aqui dentro, mas e meu corpo, chama-me terra, preciso de seus cuidados.

Meus diálogos cada vez mais, sinto que, não acontecem, a comunicação anda sem freqüência alguma.

Já nem sei mais o que escrevo, leio tanta coisa e no instante seguinte, estou lendo apenas aquilo que me embriagou, não quero!

Sai intelecto embriagado, quero a vácuo do existencialismo!

Quero vida! Vem, vem !!!!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

.: SINFONIA :.

Ah então a vida poderia ser um jogo eterno...

Uma espécie de batalha, e não tão simples como eu imaginei.

Se os buracos emocionais fossem somente tampados por estreitos tormentos, seria fácil, o difícil na minha questão toda, é saber porque ainda se vive com a referência do outro que morre a todo tempo.

Já cheguei a um ponto de não conseguir falar mais direito, com medo de justificar demais o que eu tenho sentido.

Não que eu não queira compartilhar a vida, mas a vida está cada vez mais obscura, e o nítido para mim, tem sido tão somente pessoal.

Tenho medo de ir contra qualquer diálogo, por mais absurdo que seja, ou mais prematuro que aconteça, eu os vigio de longe, bem longe , dentro da casca de nozes.

Nós cada vez mais falamos a verdade, e menos aprendemos a ver o que é verdade.

Tenho como sonhos minhas bases menos conceituosas, majestades caladas com seus tronos violentados pelo acaso.

Se existir fosse tão fácil, se resistir a vida fosse usar uma lábia barata para compensar uma retroação do mundo interior, eu estaria enlouquecida pelos furiosos desastres cômicos.

Eu sim seria uma entre milhares que debruçariam em suas lacunas para ver o sol nascer lentamente.

A imagem fala, os quadros se movem, nós ainda estamos parados, aonde eu não sei.

Em meio a este universo gigantesco, somos formigas tentando nos tornarmos atômicas.

Agora por quais vias isto acontece, me causa pavor pensar a respeito.

Chego a ter nojo até da minha própria sombra que depende de mim para crescer no vão da parede.

Se existe um profeta insano e que trouxe alguma coisa celestial, este já está por ai caído, solitário, mas feliz consigo mesmo, está ali, vivendo o aqui, esvaziando-se de tudo que um dia falou a outro.

E o outro, passa diante daquela figura serena do profeta e, silencia por não ter de volta as palavras para acariciá-lo.

Sem gestos de afeto, nenhum, aquele sorriso maroto se foi com o tempo, o moço andou falando demais sobre a própria vida, e viu aos poucos sua fala engolindo-o profundamente.

O sol dele nasce cinza, a lua dele, trás a luz da individualização.

Quem quiser, o show está aberto, os palcos estão prontos para receber comédias e tragédias.

Só não sabemos mais o que é diferente no ser presente.

O que é intenso e verdadeiramente presente, se faz ausente para uma multidão de calorosos calouros espertos.

Caso alguém sinta a nádega formigar, não estranhe, será difícil uma manifestação que não seja duradoura.

Os momentos bons, ninguém irá perceber, estarão preocupados com a hora que está se passando.

Por aqui não tem bravos nem fracos, todos somos humanos desvairados , quase chegando ao ponto de sermos desmascarados pelo nosso tão aclamado tédio.

Não basta chorar, nem sorrir de mais,

Se tentarmos provocar alguma emoção, ficaremos catatônicos.

Quem for inteligente, irá se esvaziar do intelecto, quem for ignorante, irá ter que aprender com a própria demência.

Não adianta ser sábio por aqui, e nem tão pouco ser astuto, a fera que move a vida é sagaz.

Fúria, descontrole, sentimentalismo, isso então, nem se fala, a vida joga conforme o tempo nos invade.

E ser invadido pela vida, deve ser algo monstruoso, não catastrófico, mas algo que, nossa não sei falar.

É como se às vezes todos nós entrássemos em um túnel e com medo da distancia dele, saíssemos antes do grande final.

Arrogância demais, fios de Ariadne por todos os lados, somos quase sufocados pelos nossos melhores atributos, não basta só isso, é preciso não ser autentico, é proveitoso que sejamos nós mesmos.

Fora de si caminhemos, nesta nossa vida que é única e por isso, turbulenta, um orquestra rebelde diante de um maestro teimoso.

Que não aceita aplausos mesquinhos, e nem tão pouco considera um bom músico só quem sabe o que é música.

Ele rege bem, não é Deus nem o Diabo encarnado, ele é homem, super, magnífico, e quer saber, ele é próprio desconhecido.

Tudo que sabemos sobre divino, ainda é muito humano, estaríamos estrangulando a beldade deste ser.

Então que falemos mais nada, só contemplemos a sinfonia da vida.

.:ABORDAGEM CÔMICA:.

Eu sei que pode parecer loucura, em um instante eu estou de malas para voltar, e agora estou partindo novamente...

As bagagens andam pesadas demais e os sinais cada vez mais são intensos e fortes,

Eu ainda prefiro comentar algumas coisas para os outros, porém, não consigo mais me abrir com facilidade.

Talvez eu tenha cansado de ficar bem, e isso pode ser árduo!

O trem já partiu e sorrir não tem sido muito meu forte, eu tenho andando a beira da linha do trem sentindo a ar gelado de quem está partindo por entre aquelas ferragens.

Eu não tenho visto nada que eu consiga ignorar, por isso, algumas vezes eu procuro ouvir os sinos daquela igreja distante.

A madrugada é gelada, tem sido um sufoco conviver comigo mesmo sem saber mais com expressar quando estou de saco cheio de algum atrito com o mundo.

Tudo parece fácil demais, então eu quebro tudo no meio para tentar revelar o núcleo do meu descontentamento.

O sentimento de vida me dobra ao meio, e minhas veias estão enxadas, ninguém consegue acertar a minha margem, porque, eu estou nadando contra a correnteza.

Tenho vontade de pegar a tristeza no colo e niná-la para que ela possa me deixar dormir pelo menos esta noite.

Não quero que as coisas façam com que eu tenha sempre que ir embora com o remorso no olhar.

Claro que eu não posso deixar que as coisas fiquem em branco e preto, já que novas cores vão aparecendo e eu as pego no pé do horizonte com paciência.

Estou alta, e então eu adormeço e começo a fantasiar sem lamentar as lágrimas que eu deixei em alguma esquina desta jornada.

De alguma maneira eu ainda penso no que eu posso perder, pois, eu tenho chorado quando penso em mim mesmo com nostalgia.

O futuro tem estado tão longe e procurar em mim mesmo alguma coisa para acreditar, tem feito brotar sementes de raiva muito intensificadas, eu não consigo ficar em silêncio quando estou sozinha, mas quando existe outra pessoa eu sinto um bloqueio enorme acontecer e não sei o que fazer para ficar presente.

E se eu pudesse lembrar de mim todo tempo, o que eu faria com isso?

Talvez eu tenha deixado que todos estes anos, ficassem presos atrás do brilho do sol, e amar aquela velha mania de jogar tudo fora, tenha me causado um mal-estar desnecessário.

E isso não é nada, porque, eu ando de ponta – cabeça com minha dignidade, eu tenho escondido o tanto que tenho pensado sobre as minhas dobraduras existenciais.

Não adianta chegar tão perto demais, porque, as casas estão todas inundadas e eu vejo as pessoas desesperadas por um abrigo que é cobiçado por milhares de dores.

Abrir os olhos em meio esta tempestade de areia poderia vir-á me cegar de vez.

Uma vez feliz e três vezes, insolente, demente e insuficiente.

Eu quero acreditar que, estou esbarrando no desconhecido, separada da minha amargura de vez, e não posso mais deixar de dizer que é verdade, do outro lado, estou voltando a congelar.

Não tenho nome mais, eu sou um monte de folhas voando por ai, arrastada pelo vento, e quando a tempestade passa, estarei de volta a porta de minha vivência.

Talvez ninguém possa me compreender por agora, já que eu não quero nomear nada por um tempo.

Estou com problemas na comunicação e o farol está apagado em dias em que o mar encontra-se extremamente violento...

terça-feira, 2 de junho de 2009

.:DUELO:.

Em um piscar de olhos, vejo minha felicidade ser estrangulada...

Palavras fortes, silêncio dobrado, a paz que reina em mim, nasce do meu lado mais isolado.
Eu tentei nadar até a margem mais próxima, por hoje não tenho forças para conseguir este trajeto acabar.
Falo das coisas belas, sinto-me uma brisa leve do amanhecer em um dia de inverno rigoroso.
A ponta da boca das lágrimas que comem lentamente cada pedaço do meu rosto, traçam em mim um dia negro.
Se eu canto para encantar a minha tarde, hoje porém, não haverá música e nem falatório.
O auditório dos fantasmas está vazio, eles se perderam na solidão do outro mundo.
Não posso partir esta noite deixando as janelas abertas para a angústia.
Não devo suportar esta tristeza que me ronda, que me assombra.
As minhas marcas, meus traços em minha face, deixam bem claro que as vezes eu tenho que expressar o quanto estou amarga as vezes, sorrir ainda não é uma boa saída para mim.
Ninguém nunca precisou me dizer que a vida não era fácil, eu senti ela em minhas veias todos os dias.
No começo era terrível tinha um gosto azedo, mas com o tempo eu fui expurgando os restos que sobraram do meu ancestral que não foi resolvido.
O tempo passou, e por muitos anos permaneci dentro de uma geleira enorme, aonde não haviam sentimentos bons, aonde eu construí minha própria penitência.
Ali vivi substanciais causas com efeitos absurdamente dolorosos.
Mas, a Aurora voltou, ela sempre vem trazendo em suas asas um vão de esperança.
Sempre me apego a minha fé mais obscura, a minha abstinência de medo das coisas que ainda não senti.
Eu estou caminhando para onde o sol dorme e a lua me trás a inspiração para desabafar os meus sentimentos.
É só a noite que as coisas acontecem, ali o mundo onírico se apresenta como meu mentor.
Eu sinto um grande inferno passar por minha carne, e eu tenho a sensação de viver as coisas repetidamente, repentinamente, desvairadamente...