Flui dentro de mim, uma coisa obvia e destrutiva.
Um demônio que faz coleção de sofrimento.
Toda vez que parece diferente, eu sou arrastada para a decepção.
E no segundo seguinte eu olho através dos meus olhos no espelho,
E vejo lagrimas que brotam dentro de mim.
A sensação não é boa e qualquer coisa que me eleve eu aceito.
O cansaço me trai quando eu tento contar a ele sobre minha tragédia.
É mais prático viver em um mundo real, mas isso não flui normalmente em mim.
Quando observo as pessoas, coloco dentro de um pote e vejo as possibilidades.
Porém, quando descubro que não tenho poder algum de mudar o que sinto,
Despenco de uma escadaria e fico dias no chão rindo da minha comédia invasiva.
Ninguém pode me dizer que eu não tento, pois, o que mais faço é atravessar a neblina.
A réplica está feita e o chão cheio de água salgada.
Não posso tocar nesta parte, não desta vez não posso ficar longe por dias.
Existe algo ruim dentro de mim e aqui dentro as flores não crescem saudáveis.
O que eu sou? Um monstro ferido, uma pessoa que engole suas feridas.
Estou aflorando e tudo que me resta é perceber que o meu conformismo é o meu apego.
Bata três vezes antes de entrar... é como se eu estivesse dormindo.
E o som ensurdecedor dos corações batendo, me deixassem viva por um dia melhor.
Feche a porta, a tristeza é um tiro no escuro e a minha alegria tira férias quando quero sorrir.
A música está alta e agora as roseiras estão envolvendo o meu corpo.
Os espinhos de ferro, encravados no meu peito não me incomodam, me fazem refletir.
O que eu tenho visto? O que tenho vivido? Quanto ainda me resta de expectativas?
Eu soluço alto, algo está fazendo sentido!
Logo eu volto, paralisada, esperando uma ação que não me destitua novamente...