sexta-feira, 26 de março de 2010

::tempo para tempo::

Tudo envolve tempo..

O tempo trás e leva tudo quando ele quer.

Ele entende o nosso existir, mas não sei compreender o que ele quer comigo.

Tudo se comprime, exprimindo as minhas mágoas, ausências e acabo por permanecer escondida.

Entre as horas, minutos e segundos, lá estou eu, atrás dos ponteiros, buscando uma saída.

Ou uma entrada, seja qual orifício for, por onde eu estou?

Para onde eu vou quando tudo isso para só na minha cabeça?

E então eu aprendi a não dar mais volta, a pegar os atalhos inexistentes no concreto.

Acabo por me magoar com esta falta de respeito com ele... o tempo que me move...

quarta-feira, 17 de março de 2010

::de plástico::

Fazer algumas escolhas e as coisas vão aparecendo no horizonte.

E eu vejo as pessoas massacrando a própria vontade, tocando no paraíso com a mente no inferno.

Ouvindo loucuras sobre uma realidade que não pertence o coletivo múltiplo enforcado pelo vicio do amanhã.

É , não posso criticar se não estiver por dentro por completa.

Então vamos vestir uma camisa branca e sujá-la com um sangue cru que nasce da nossa dependência política mal resolvida.

É cuspir para cima eu sei, mas alguns nomes eu já esqueci e acordei aborrecida não sabendo nem quem pode vir-a-ser presidente este ano.

As escolhas vem de dentro, quer dizer, de dentro da boca de outra pessoa mais confusa do que o outro que caminha conosco.

Vamos em frente, arregaçando as mangas, esperando uma nação branca, testosterona puta, com um feminino amaldiçoado pelo conflito ancestral.

Ah alguém vai atravessar a rua, com um medalhão no peito dizendo que vai brigar por toda uma nação, eu vejo o carro cair diretamente no abismo.

Correndo de um lado para o outro, um monte de moedas rolando ladeira abaixo, que droga toda é essa, um monte de pessoas gritando que deus salvará nossa nação.

Vamos brincar, jogando lama por todos os lados de porcos estamos cansados, já sabemos o que vem do lado de lá e o de cá nos faz querer falir, imitar o que estamos cansados de acreditar.

Mais um pedido?

Não, está tudo contido, na bandeira, certeira música que não toca em funerais revolucionários.

Arranca do peito a própria nação e isso não tem intenção de ser uma ilustração social.

As embalagens estão prontas, agora é só deixar que todos nós sejamos consumidos.

Ah não, sem essa de dizer que não pode evitar, você pode vomitar até a própria sorte se pensar que tudo isso será melhor desta vez, ah o que é que há?

Existe uma raiva, uma emoção quebrada bem no meio da sua goela, e dizer quem é bom e quem é mal, já não faz bem nem mal para toda esta competição.

Porque estamos caminhando para o limbo e dizer que as situações estão sob controle é uma grande estupidez...

terça-feira, 16 de março de 2010

::Silencio de Ouro::

É um chamado uma falta oculta, um brotar que me assusta.

A intuição que ascende uma comunicação que estava morta.

Aceitar o tempo, apertar o “start” , um dia melhor para se viver.

Tento estudar cada coisa que nasce em mim,

Sou estudada pelas expectativas que ressurgem nas constituições das lembranças.

Alguém deixou de entregar flores e eu não posso estragar todo este sentimento.

Se não for pretensão tenho um pretexto cheio de boas intenções.

Preciso de proteção a noite começa a cair, estou reavaliando as coisas que acredito.

Novamente caio no meio do labirinto!

Aonde está Ariadne?

Ó fio abençoado apareça!

Não, não tem arcanjo nesta falta a lua me faz querer mudar de pensamento.

Estou sussurrando para a morte vir me buscar.

Peter Pan veio falar comigo, e eu sei que eu posso respirar o ar que sai dos pulmões dele.

Vou envelhecer eu sei, e nada do que eu ganhei tenho medo de perder.

Amanhã, outra vez, amanhã!

As ruas estão cortadas ao meio e os carros trazem ventiladores ao invés de rodas no asfalto.

Este vendo que seca minhas pupilas faz com que eu sinta vontade do que não mais preciso.

Já bebi o ultimo gole e agora?

Espero um bebe ser gestado na minha imaginação?

Não, eu vejo que minhas asas estão mais fortes do que nunca,

Algumas tendências andam sumidas e minha dor conversa comigo como uma velha amante.

Meu protetor tirou férias e a esposa da minha maldade anda atrapalhada com os fenômenos.

Eu ouço, alguma porta sendo bloqueada por um unicórnio cheio de remorsos.

Posso tentar me desligar de tudo, mas aquelas vozes falam comigo em primeira pessoa.

Quero pegar as minhas bagagens e jogar para o alto, elas voltam para dentro de mim quando eu menos espero...

segunda-feira, 15 de março de 2010

::Em espírito::


Nasci das trevas e estou explorando a claridade...

em mim...


Mas eu não quero somente dizer e resmungar sobre a dor.

Não dispenso esses olhos vermelhos quase maléficos presenciando a abertura deste meu novo ser.

Sou cada dia mais, menos certa das coisas.

E as coisas são cada vez mais, setas que indicam uma nova direção de conforto para meu espírito.

Espírito esse que vem com uma força tremenda,

Que arrebenta meu peito e desbrava este meu coração cheio de remendos.

Não tenho o que ganhar ou perder, não quero gratificações para as coisas que busco.

E nem mesmo excesso de sabedoria, quero apenas leveza.

Não lamento a falta de reconhecimento das minhas visões, eu sou passagem da morte e da vida.

E tudo que nela se instaura e se destrói.

Aquelas coisas que um dia aprendi a dizer sim, hoje digo um não sem ficar zangada.

Quem de mim, quem me habita não teme o esfriamento da alma...

::Em espírito::

Nasci das trevas e estou explorando a claridade...

em mim...

Mas eu não quero somente dizer e resmungar sobre a dor.

Não dispenso esses olhos vermelhos quase maléficos presenciando a abertura deste meu novo ser.

Sou cada dia mais, menos certa das coisas.

E as coisas são cada vez mais, setas que indicam uma nova direção de conforto para meu espírito.

Espírito esse que vem com uma força tremenda,

Que arrebenta meu peito e desbrava este meu coração cheio de remendos.

Não tenho o que ganhar ou perder, não quero gratificações para as coisas que busco.

E nem mesmo excesso de sabedoria, quero apenas leveza.

Não lamento a falta de reconhecimento das minhas visões, eu sou passagem da morte e da vida.

E tudo que nela se instaura e se destrói.

Aquelas coisas que um dia aprendi a dizer sim, hoje digo um não sem ficar zangada.

Quem de mim, quem me habita não teme o esfriamento da alma...

quarta-feira, 3 de março de 2010

::Angulos complexos::

Seus milhares de valores, sentimentos, vivências da experiência do logo – ali.

Estamos entre dimensões quadriculadas, cheias de formas e cores, ângulos complexos, constituídos por dores e amores.

A morte do espírito é longa e passageira, devaneios entre o céu e a terra, os quadrantes dos astros e suas estrelas.

Tudo é incerto, a certeza devora a franqueza, a fraqueza da sensibilidade sofrida pelos que caminham diante do espetáculo da natureza.

Não há quem não sinta os acasos, do útero brota o mistério, desconhecido ventre do inimigo tempo, cronológico e tempestuoso.

Apresento os aparecidos, os fenômenos do rio do esquecimento.

A jornada longínqua dos que beiram a loucura e os destemidos pelo nascimento da esfera unidade.

Tudo é símbolo, intelecto e sentido.

Retratos do sol, a lua que se esconde no infinito!

O que é inútil é aproveitável pelo passatempo do desprovido.

Desvairado, contrariado vive nosso pensamento, rastejando naquele sujo labirinto da maldade.

Infortunado seja aquele que bom vaidade diga que conhece toda a verdade!

Esse cai, e de um altura inimaginável. Fica vazio!

::OUtra maneira::

Eu estou preparada, mais uma vez eu estou por aqui.

Debatendo palavras, rebatendo risadas, ainda que não seja mais possível sorrir.

Porque um momento meu, é um instante nosso de combate.

Olhando ao redor eu vejo as linhas tortas,

Aquela ultima alternativa, destroços de capturas perdidas.

E dói dizer e ouvir a verdade, mas estou preparada.

Destruindo algumas coisas passadas, tentando constituir novas aberturas,

Alguma coisa me diz que voltei a realidade.

Não me diga que não pode entender os meus verbos,

Minha partida deixou um coração partido, e agora sinto que voltei para abrir fogo contra quem disser que eu não posso querer ser um pouco mais real.

Eu vi um tiro de pássaros no ar, e escapar de um mundo só meu,

Fez com que eu percebesse uma espécie de raça odiada.

Não tem a ver com política, ou que meus pais não tenham me educado,

Estou falando do ponto de partida individual.

As vezes é possível supor o improvável e sair ilesa do que se pensa estar errado.

Porque, uma chance para uma vida toda é rara,

E se tenho a oportunidade de dizer, não perderei a chance de falar,

Que tudo que fiz de errado, só fez com que meus caminhos fossem abertos.

Minhas promessas saíram do coração, uma espécie de tipo raro de conseqüência,

Um monte cheio de lágrimas, uma rainha deitada em cima de uma cama de pregos,

E agora, ainda não é do ódio, porque eu formulo uma nova mensagem,

Daquelas que se fala quando se está perto da morte,

Uma farsa que não me cabe respeito neste peito.

As vezes é difícil levar uma vida mansa, e ser feroz me faz chorar.

Porque, eu não posso libertar todos meus demônios de uma vez só,

Então eu vou tentando manter esta fé de pé, para quem quiser e vier.

Todo mundo é pressionado a ser tão verdadeiro, e o preço da vitória é maior do que todo um processo bonito que brota em nós.

Não temos tempo para reparar o quanto crescemos em meio a tanta frustração.

No final das contas, estamos perdidos, buscando uma solução para a solidão.

Somos adolescentes mancos, feitos de tontos pela nossa falsa liberdade,

Saudade da mocidade que me fez feliz nesta cidade.

Não, não é possível construir um castelo com todas aquelas coisas perfeitas,

Esta loucura eu tinha quando tinha meus 12 anos, e percebi uma coisa cair em cima da outra,

E as tempestades se aproximarem muito rápido e minhas pernas não eram capaz de correr para não perder todo aquele espetáculo.

Acabei por estourar meu peito rapidamente, percebendo meus sentimentos, pensamentos, charmosas aparências que desisti de assistir queimar.

Não é preciso gostar de tudo e de todos, mas eu tento sempre compreender o mais autentico, e por menos que pareça, quem está no escuro sempre me acalmou destas trevas todas.

Quando eu falo demais, minha cabeça dói , porque eu estou abrindo as algemas e arranhando os discos que um dia deixei mofar em um quarto vazio cheio de conseqüências.

Oportunidades eu tenho de mais, mas eu expressar ainda sai apenas pelas palavras.

A verdade é que não sei o que acontece, eu apenas percebo que algo vem, e jogo para fora.

Acontece, e eu sinto que muitas coisas estão perdidas, e eu não tenho medo de me atirar neste labirinto obscuro.

As facas estão apontadas para o meu coração, mas eu não desisto de dizer tudo que ainda me atormenta.

A vítima está morta e agora ninguém pode ouvir minha voz quando eu preciso contestar algo que me acusa.

O grito é alto, e eu posso passar a noite inteira em clara pensando em todos os botões que arranquei, e todas aquelas asquerosas promessas, eu sei que posso retirar de dentro do espelho.

Não tenho um herói, heroína, as coisas comigo sempre foram tão individuais que aprendi a cuidar de mim mesmo sem ter medo das vozes que comandam minha existência.

Aprendi a ter cuidado ao olhar as coisas e pessoas, porque eu sinto, ainda é muito novo, eu reparo naquela curva fechada, e já penso que existem pessoas me olhando de cima dos prédios.