Nasci das trevas e estou explorando a claridade...
em mim...
Mas eu não quero somente dizer e resmungar sobre a dor.
Não dispenso esses olhos vermelhos quase maléficos presenciando a abertura deste meu novo ser.
Sou cada dia mais, menos certa das coisas.
E as coisas são cada vez mais, setas que indicam uma nova direção de conforto para meu espírito.
Espírito esse que vem com uma força tremenda,
Que arrebenta meu peito e desbrava este meu coração cheio de remendos.
Não tenho o que ganhar ou perder, não quero gratificações para as coisas que busco.
E nem mesmo excesso de sabedoria, quero apenas leveza.
Não lamento a falta de reconhecimento das minhas visões, eu sou passagem da morte e da vida.
E tudo que nela se instaura e se destrói.
Aquelas coisas que um dia aprendi a dizer sim, hoje digo um não sem ficar zangada.
Quem de mim, quem me habita não teme o esfriamento da alma...