sexta-feira, 12 de julho de 2013

:: A ESPADA DO AMOR::

O cavalheiro que antes era solitário, abaixa sua espada  lentamente, até a altura dos joelhos.
Com o coração em chama, sente arder, forte, intensamente.
Ele encontrou a redenção!!!
As batidas em seu peito parecem ensurdecedoras, mas não mortais.
Ele então percebe que o amor que carrega é tão puro que qualquer coisa que esbarre nas bordas do mesmo, dói.
De pensar na amada, tudo que mora dentro dele,  inflama, incha e nem que ele conseguisse respirar lentamente, pararia aquele pensamento todo.
Ele se ajoelha e pede para aquele sentimento ir embora, porque não suportaria perder sua amada, por qualquer motivo que fosse, ela agora havia se tornado um membro do corpo dele.
E ele chora, sua feição é de angústia, mas de repente sorri e seus lábios murmuram, pois o amor também está na saudade, no mal entendido, no erro e também  na compreensão.
Ele arranca lentamente cada parte da sua armadura pesada e fica nu.
Se recorda do abraço mais sincero, das mãos mais suaves e dos beijos mais paradisíacos que ele conheceu em toda sua vida, e se debruça bem devagar diante de tudo que o protegia e não teme mais nada.
O cheiro da pele de sua amada está por todo lugar, e ele sente que pode se levantar e voltar a caminhar sem temor algum, pois não está mais só.
Está com o amor e terá que apreender tudo que lhe for possível de mais belo e de mais terrível, pois todas as coisas que brotam no coração de um ser apaixonado quando é verdadeiro, não se apaga, não dissolve, não se corrói, às vezes dói, mas não trás melancolia, só renasce todos os dias sem que se queira, sem ser permitido, só vem e volta, fica e não se distrai. 
O amor abre as portas para um lugar desconhecido aonde as coisas acontecem e quem vive intensamente este sentimento do sentido, não pode pensar em desistir de si, pois mataria a si mesmo dentro daquilo que construiu através do outro.