sábado, 16 de abril de 2011

::Fio da Morte::

Puxando o fio da vida, conceituando as dores ancestrais.

Não adiantou ter um bom coração, eu estava alta, cutucando o destino com fúria.

Demorou muito, acabei de perceber que esta força que me move, me ergue para uma dimensão aonde as turbulentas memórias me desconstroem.

Agora eu posso ver um par de olhos suplicando carinho, são os meus olhos que um dia eu deixei de notar.

O caminho é longo e estar longe me faz querer ficar para trás.

O que eu poderia descrever sobre tudo que tenho vivido?

Talvez, pelas circunstâncias em que me encontro,a falta de risada brinca com a minha piedade.

Eu disse, lá atrás, que nada era totalmente certo o refúgio que eu sempre desconfiei, me ilude com seus brilhos ofuscantes.

As luzes estão se apagando, e o meu coração bate lentamente, eu estou novamente perto de descobrir algo, e logo, sou acometida por uma coisa maior do que eu julguei ser minha existência.

Por onde começo a procurar os sentidos que perdi?

Como eu posso negar tudo isso?

sábado, 2 de abril de 2011

:: DOENTIO E NEGRO::

Possibilidade carrega perigo...

As vezes eu tento tocar uma parte em mim que está morta,

E tudo fica estranho, eu viro uma massa de ódio.

Uma massa cheia de devaneios e o passado caminha dentro de mim.

Ser franca uma hora destas e abrir a boca e fechar os olhos.

Os problemas vão correndo por todos os lados e as portas estão com as chaves esgotadas.

O que você poderia querer com um coração tão amargurado?

Talvez um adeus, uma brincadeira de mal gosto, e tudo está abalado.

Quando eu tento resistir, eu sou tragada por uma fumaça negra,

Meus ossos doem e minha tosse asquerosa se espalha por todo ar.

Se gosta de tudo isso, masoquismo passa longe.

Veja, as coisas vão ficando de uma cor vermelha

Cancelaram os últimos pedidos para pílulas anti – depressivas,

Então vamos caminhando para a beira do abismo.

Lá em baixo estão as incertezas, e aqui em cima os dedos estão silenciando as obras primas.

Deixando rolar, então um grande amor está dilacerado e isso nunca é o fim.

O fim vem quando eu percebo que posso sempre ressuscitar qualquer tipo de sentimento.

E sentir é um vento forte, avalassador e as crianças gostam disso também.

Eu ouvi um barulho, uma veia estourando.

Estou só no meio de milhares de pessoas e não posso escapar disso.

O lugar está todo abandonado, e então se eu quero ter honra é melhor eu ficar quieta.

A noite está horrível e eu sinto que algo está se aproximando.

Um jogo paradoxal, aonde a quântica dos argumentos está estacionada atrás do presente.

O agora faz uma brincadeira insana sobre o que temos pra hoje,

E hoje é extremamente doentio e negro...