quarta-feira, 30 de abril de 2008

...?...

O que você faz quando está só?

E vê que está perdendo todo sentido nas coisas que faz no seu cotidiano?

Então abrimos as portas, as antigas portas?

Ou fechamos as janelas, porque a claridade magoa, e trás de volta o passado?

Então procuramos dentro de nós mesmos, as coisas nas quais ainda acreditamos,

Porque não podemos resumir tudo em algo instável, as relações são cortantes.

Revirando as sensações, temos um arco e flechas, apontamos para nós mesmos,

Esperando nos apaixonar por aquilo que sempre quisemos, a liberdade.

Então talvez, e sempre talvez...

O eterno retorno de uma consideração sem afeição pessoal, porque andamos tão pouco subjetivos.

Existe algo que movimenta o que sentimos, mas os caminhos não querem se cruzar,

Quando percebemos que existem atalhos noturnos para nossa dor.

De novo a mesma chama no coração, é tão cruel quando vemos tudo gangrenar...

Uma hora nos cansamos das respostas e queremos somente as boas perguntas,

Neste acontecimento, nos apavoramos e acabamos por nos testar no escuro.

Então, não sabemos mais o que é real e o que um dia pensamos que existiu em nós.

Semeei tantas sementes, plantei também, o meu jardim secreto foi aberto,

Agora as arvores choram, os canteiros gemem, e a chuva não cai.

E qual a diferença de verdade ou mentira, quando nos sentimos abalados pela solidão?

Sinto como se um recuo de 360 graus, tivesse me levado para outra dimensão,

Meu corpo fica suspenso, e eu inalo o cheiro da saudade...

terça-feira, 29 de abril de 2008

...SOMBRA...

A alma que vaga com seus instintos acesos,
Afobados, com seus desejos tenebrosos porém sem coragem.
Covardes guardiões que, mantém as portas do coração abertas.
Não sobram das noites, duvidas,
Se tu dúvidas, não me sigas,
Sou voraz, como um cavalo selvagem.
Meu amor sanguinário, cheio de sentimentos esquecidos,
Jamais faz despedidas, sofre!!!
Carrego em mim, lágrimas sonolentas,
Sonhos prodígios e uma calma desesperada por acontecimentos.
O calor da fraqueza cotidiana, ferida pelas juras do amor perfeito, que foi por mim, desalmado.
Devoradora do sentido da ausência,
Charmosa melancolia, estadia maldita,
Bendita, se fosse uma castigável melodia de dor,
Não guardo meus desejos, costumo lutar sempre,
Por isso, estou sempre de luto.
Sentimental e condicional, nova forma de sensibilidade, conspiração individual insatisfatória,
Aos olhos dos que caminham com julgamentos cartesianos e imaturos.
Fui traída!
Mal saí de mim e já me enganei.
Sim, eu traí a mim mesma, quando me deitei com minha própria sombra, sem saber quem ali eu estava sendo...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

...O ESTAR...

Eu falo de mim, espelhando minhas esperanças em você,
O céu está nu, e os meus olhos querem vesti-los com a cor da sua pele.
Eu posso ter perdido muitas coisas,
Mas não consigo deixar de reparar o quanto eu sinto que, ainda me resta algo em você.
É como se eu mesma, tivesse presa a uma peça do seu coração,
Somos tão diferentes, e voar é tão fácil com tudo isso, acabei errando tantas vezes.
Não costumo falar das coisas sem colocar uma pitada do prazer que, vem de tudo, que chega até minha felicidade, que sai de você.
Eu pegaria o ultimo trem, se isso lhe deixa-se feliz, mas eu não posso abrir mão de que eu poderia morrer de saudades.
Sou proibida de não dizer algo que não seja sobre a vida que, eu vi passar diante dos seus lábios, e cada segundo que eu deixei de estar aqui para caminhar dentro da sua leveza.
As cartas estão sobre a mesa, e hoje eu não tenho nada para te oferecer, você está longe cada vez mais.
Não tenho cartas nas mangas, elas estão todas espalhadas pelo chão do meu quarto.
Elas brilham, todas, são apaixonantes, uma por uma, se revelando conforme o meu silêncio.
Sou chorona, mas ultimamente sou sei rir da minha própria tragédia,
Eu vi alguém partir, mas a bagagem principal esqueceu em meu coração...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

...PUNHOS...

Falamos em versos, o que está denunciado foi para o fim do túnel
A paisagem vem caminhando, longe do buraco.
Nada está tão certo, aquela pílula do controle não funciona quando nos questionamos.
Ninguém está a salvo, tente escapar, quando não tem mais sangue no corpo.
E não adianta odiar a vida, quando estamos tentando cicatrizar as feridas dos outros.
Falamos em versos, estamos dentro e fora, com ódio e amor,
Constrangidos pela demência da hipocrisia pouco subjetiva.
E eu digo, não adianta mais chorar, o poço está transbordando!
Estamos na beirada, e as veias parecem querer explodir, acidas meninas teimosas.
Algo está perdendo o sentido, algo está aos avessos,
Os punhos estão contraídos, severamente estão agredindo Deus e cuspindo no Diabo,
Estamos convidando a morte para dançar, rodeando a nossa triste solidão retardada pelo tempo.
Estamos caminhando para a guerra do escuro, conformados com as fatalidades,
Concedendo os pecados, deleites de grandes conversas com a melancolia.
A aliança com a dignidade é ainda a única coisa que resta,
Mas não precisamos abraçar a saudade de sentir saudade do que é paz.
Esta é a catástrofe, a decadência que quer nos libertar dos nossos corpos.
Quem não se lembra de tudo isso?
Eu tenho recordações ruins, e agora só quero a vida não seja mais uma prisão.
Todo sofrimento derramado no ventre dos sentimentos aprisionados,
Fazem suas ressalvas, o céu já está suspenso, e as sombras estão indo para casa.
Alguém pode ouvir, eu choro, eu ouço, acredito, modifico.
Não é preciso construir um muro, agora as passagens são verticais,
E eu posso sentir que não preciso desistir de respirar todo santo dia.
Verbalizando uma entrada em mundo construído com dor, tenho amor para transformar.
Os olhos, sem as vendas, estão abertos e restaurados...
Eu já rastejei e sangrei o suficiente para ter morrido tantas vezes,
Não é preciso que ninguém me resgate, eu me protejo, para sempre...
O monstro do sempre eterno nunca mais, para e faz suas reclamações,
E não estou cansada de estar casada comigo mesma, como a anos atrás,
Sem refúgios, sem portas de escape, sem a frieza que me dominava.
Soltando-me levemente, da historia nunca contada, a vida narrada,com seus segredos,
Estou rasurando a tragédia, o relógio não vai parar, e ninguém precisa correr.
Não preciso de outras sessões de vivencias que me entristecem,
Não quero celebrar a dor, nem amassar as verdades, para alguém chorar.
Hoje eu viro as páginas, sem danificar quem dorme do lado de dentro.
O circo está aberto, e as celas estão destrancadas, as misérias mal formuladas, estão livres.
As vezes eu falei que estava sentido que, alguém podia me arrancar a pele e me destruir,
E isso nunca aconteceu, porque eu estava querendo ter um coração feito de aço,
Em um corpo sensível e cheio de sentimentos avassaladores,
Me reconstruir! As grades foram arrancadas,o paraíso revelado,
A alma vai ser velada, para olhos que não tiverem medo de compreender,
O eu revelado!!!!
Sou eu, dentro, sou eu, fora,
Sou eu!
Ordenando a própria vida, criando a nova identidade!!!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

...SUBSTANCIAL...

Para me ouvir, chegue mais perto.
Hoje eu não tenho uma reclamação, só quero sussurrar em seus ouvidos,
As coisas que eu mais desejo de você, e acredite são sinceras.
Quero tomar seu corpo, fazer planos riscando sua pele com meus dedos.
Feche todas as janelas, e tranque as portas, porque hoje você corre o risco de voar.
Posso ser sua verdadeira companhia se você abrir sua mente para mim,
E dizer o que quer agora, através dos olhares.
Não precisa dizer muita coisa, só me abrace e sinta o pulsar do meu coração.
Tenho uma boa disposição quando eu quero enlouquecer alguém,
Com algo que eu realmente gosto de fazer, e você sabe.
Sinta-se confortável, se não quiser a cama, apóie seu prazer junto comigo na parede.
Fique leve, porque eu quero sentir a sua tristeza se transformar em gemidos,
Fique nua, eu devoro seus sentidos enquanto você se despede dos seus medos.
Não precisa ser rápido demais, é somente questão de você querer queimar suas mágoas.
Adoro sentir suas mãos passeando nas minhas costas e agarrando os meus sentimentos,
Não fique distante, eu trago o seu alivio pelo beijo mais suave, e você me instiga a ser voraz, saciando assim a sua fome e eu bebo sua saliva suprindo a minha sede.
Ora ora,não consegue ficar de pé, então sente-se,
Hoje eu não conto como foi meu dia, eu apenas quero transformar a sua noite.
Cada gota que derramamos de suor, vai contraindo a ansiedade de ver o mundo parar,
Anestesiando assim nossos corpos, pois as vezes temos ficado tão cansadas sem nos libertarmos.
Se a minha suavidade vir a te incomodar, acorrente-me com seu poder de persuasão,
Eu te deixo sem ar, e você me ensina como eu atuo com sua malicia sexual.
Feche os olhos, eu cuido daqui de cima da sua segurança, apenas afrouxe seu cinto,
É em meus braços que você vai se sentir sem medo do que pode oferecer a si mesma.
Use seus adjetivos preferidos, eu saboreio sua inteligência e consumo o seu álibi de boa garota.
Quando tudo termina, eu vejo seu corpo revelado pela noite,
E na escuridão você vai saber, que eu não posso ir tão longe se você não quiser...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

...VISÃO...

Muitos me conhecem, poucos reconhecem com quem falam quando estou na escuta. Isto talvez pelo fato da minha particularidade ser encoberta elos meus questionamentos inter – pessoais.
Muitos experimentaram a minha companhia, poucos sabem que eu nunca estive ali. Pelo meu “tipo” de visão do mundo, sou condenada por ter como aliada à escuridão e a tenebrosa imaginação, mas digo, meus caros, que essas duas que me acompanham, conseguem tirar de mim o áspero e rude sentido da dor e me transformam em uma viajante noturna.
Quem passa algum tempo comigo, sabe, só vou até aonde meu corpo sustenta a pressão, depois disso eu entro no meu mundo, e me livro dos julgamentos da razão.
Muitos me apunhalaram pelas costas, bem poucos virão escorrer o sangue que purifica-me de sentir ódio pela arrogância e ignorância dos mesmos.
Já me chamaram de atéia e cética, mas a minha fé nunca conseguiram extrair da minha alma, pois, não explico o que é Ele, ou o que Ele faz, apenas sinto, e sei que Ele existe.
Cheia de rancor, sim, também tenho o meu lado “negro”, mas ele costuma brincar de esconde-esconde, as vezes não consigo encontrá-lo por anos, é como se ele estivesse adormecido em seu esconderijo.
Acredito em amor puro, e neste aspecto sou mais fiel do que nos outros passos que dou. Penso que a felicidade é uma moça bonita que apenas se apresenta quando a pessoa é digna da sua presença.
Não sou boa em poesia, alguns dizem, ironia na sua vida é a sua principal realidade para o meu tipo de escrita.
Sou uma tela, sendo pintada por uma pintora que ama o mundo, com suas milhares de cores, as vezes a mesma erra, apaga um lado da mente e recomeça o seu trabalho.
Não costumo esquecer da esperança , depois que enxugo as gotas das tempestades alucinantes, que me congelam por horas.
Não sei para que escrevo, e o porque destas frases todas, não tento traduzir o “sentido”, pois quando o faço, vejo o fracasso nos meus traços e perco os passos da minha imaginação. Quando tento passar para o racional algo intimo – sensível, ele se transforma em desprezível...
Romântica, dolorida, com seus calos salientes, docemente sem certezas, o amor traz a luz que o mundo visível tenta me tirar...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

...PEDAÇOS...

Ergueu seu corpo para o céu,
Sua dor estava saliente, por isso, sua alma entrelaçou-se com o medo.
A trança da insanidade, que amarrava o seu coração, fez ela sangrar,
Ameaçou seus segredos já tão gastos e inertes.
Trancou-se em si mesma, doce solidão que lhe fazia falta.
Atraiu sua tristeza para o vazio,
Acalmando assim a sua tempestade.
Amargamente sorriu e chorou,
Recolhendo seus pedaços do chão.
Beijou sua saudade e, a viu partir saltitante.
Seu pensamento tocava o solo novamente, era suave e gentil.
Ajustou os ponteiros, desamarrou a desordem.
Emitia um som dramático, chamando a chuva, e a mesma caiu sobre o seu corpo.
Com um olhar inocente, viu cair sua última lágrima.
Assoprou o nevoeiro, resolvendo assim, mas uma vez tentar arrancar a falsa pele.
Já que ela doía demais.
Não quer lembrar do que não acredita, isso pune, mas não reflete em sua sanidade.
Rabiscou suas linhas tortas,
Desarmando assim, o pecado,
Uniu-se a própria natureza boa.
Abriu sua velha estrada, aliviou-se das bagagens que traziam ardor e cansaço.
Os cacos estavam unidos, formando assim um novo caminho leal.
Não adianta quebrar o próprio peito, quando não se pode enxergar, quem se pode vir –a –ser.
Demoliu suas paredes verdes,
Teve uma visão educada do que havia rompido, quando negou sua própria vontade,
Em pró de uma ilusão cheia de sentimentos de fúria contornados por fios cheios de espinhos.
Agora era preciso não ser tão boa, é preciso ser ela mesma.
Abraçou sua generosidade e tornou-se dona de si,
Caiu de seu mundo imaginário e tocou o chão substancial, depois de um salto desesperado...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

...A TRISTEZA E A RAZÃO...

Ora vida, apague tua luz...
Conduza seus pequenos olhos ingênuos à escuridão.
Não temas, tu sabes, não precisas, de tal ato.
Conhece cada palmo de si, ai dentro, para fora de tudo.
Solidão, tu és profunda e profana,

Insana, arde em tua alma e clama:
- Ventos noturnos, me abracem!!!!
Razão, moinhos de ventos desgovernados,
Com seus vícios asquerosos e melodramáticos.
Anuncia a satisfação da claridade infinita do bem estar:

-Hoje não tem calmaria.
A velha rotina, desgraçada que queima meus ossos, me arde o peito.
Entrevistei a felicidade!

Nada entendi, o belo perpetua o fracasso.
Ora, ora, tristeza, abra as cortinas da sua experiência,
A brisa da primavera anuncia:
- O medo é conseqüência do que foi atravessado com dor.
Isso tudo é urgente, então tu que não permaneças ausente, faça felizmente,
Aparecer o sol novamente, não seja demente.
Das pálidas faces que tumultuam seu corpo,
Abrem as portas e fecham os seus sorrisos, ricos em fantasias,
Desnudos de maldade, sonhados por uma navegante afobada por escolhas.
Abençoadas linhas que crio, me pertencem, sou!
Quem teme um rastro meu, por aqui, corre quando mergulha nas minhas palavras de sensação.
E eu não esquivo, não tem nenhum resquício do que é a intencionalidade.
Muitos neste mundo amam, outros morrem aflitos dançando descalços a valsa tocada pela vaidade.
Não transborde, quando não podes tu, suportar a ira de si mesmo.
Esvazie, antes que crie algo que denuncie a sua fraqueza,
E minha alteza, rebeldia, quem diria, é fanática pela minha hipocrisia,
E logo, denuncia:
- Está tão doce, e ao mesmo tempo não sabe o gosto suave de ser amarga.
Deslize...
Cicatrizes abertas, seminuas, desfilando pelos desfiladeiros da intensa sobriedade...
Nem só amante sou, corro para os abraços da memória gentil,
Que não me causa náusea, e sim uma ansiedade sem princípios.
Nesta hora, puxo os balões e transporto-me para perto de quem me faz bem.
Não ando de costas, você pode estar a mil passos, eu sou o espírito,
Que carrega sutilmente a sua alma no peito...

(Viviane Gonçalves)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

...SINDROME CINZA...

Contando até dez...

Uma doença sem controle, uma rima imperfeita em contraste com um paraíso.

Megalomaníaca, disparada de sol, no dia de inverno!

Convulsão, impulso de energia, a cidade está em chamas,

Chamem seus espíritos interiores, fale com seus desconhecidos,

Ouça que algumas coisas precisam ser avaliadas,

Abaixe sua cabeça, o chão está rachando,

A realidade é louca, e a visão da neblina está distorcida.

Não diga que não gosta, eu estive muito tempo sozinha, passeando pela solidão.

Atirando pedras dentro de um abismo terrível, cheio de idéias que queriam me devorar.

É difícil compreender, então não entenda, fixe-se nas coisas materializadas,

A mágica mal feita, o mundo aos avessos, o nosso corpo e seus atarefados criando a ilusão do cotidiano.

A censura desmontada,com seus planos cartesianos mal degustados.

Falta educação, então empurre a alavanca dos olhos, veja, agora estamos sendo inoportunos.

Nos dedicando a coisas tão mesquinhas, enquanto sangramos por dentro,

Abortando as conseqüências de uma época que fabrica nevoeiros nervosos.

Os lábios já não falam, eles querem apenas a agressão visual para serem selvagens.

Bem vindos ao clube!

Agora o texto anda...

Não quero provar nada, nem traduzir o grande jogo da vida, porque eu também estou queimando, e no meio desta confusão eu coloco todo mundo dentro de um circo, esperando o show começar.

O palhaço faltou, então alguém grita: eu posso ser o palhaço?

É um grande desastre, as grades vão aparecendo por todos os lados,

E eu não preciso ficar presa aos deslizes mentirosos que nascem do medo do silêncio.

Não vou protestar, como tudo bem devagar, como se pudesse expelir depois todo mal que fiz, a mim mesma, quando pensei que poderia trocar de corpo, assumindo minha “estranheza”.

O conto é acido, a cicatriz, faz chorar, vibra, canta, desanda, faz quem ama, odiar a própria natureza que foge do instinto anormal.

Quem acorda do mundo racional, nunca mais quer dormir...

Flashes por todos lados, um turbilhão de cores, e não preciso mais pedir ajuda,

Eu estou sozinha, e aceito a condição, que nasci e morrerei de olhos abertos.

Prefiro respirar, decidir sem esperar que o destino me traga presentes,

Negatividade, ponto de positividade, substancia que motiva a criação do sono profundo,

E eu dou adeus a uma vida que, não suporta a minha cura intensiva,

Trazendo para o agora, os pedaços de ontem, para reformular minha visão,

Sobre o que é estar mantendo vivo um sentimento próspero de sabedoria fundamental,

Que me diferencia dos amargos e me afasta do banal racional.

...CONSTRUÇÃO...

A poesia, para quem não tem um abraço,

A razão, para quem teme em perder o coração,

O circo, para os que choram,

O álcool, para quem quer a alma pegando fogo...

Não tenho mais medo da solidão, tenho trabalhado fielmente esta união,

As vezes, sinto pressa de um colo, outras, deixo que minhas cobertas me aqueçam.

Tudo tem sido suficiente para arrancar de mim um sorriso sincero,

Mas não temo em chorar, quando me encontro sozinha com meus pensamentos.

Estupidez ou não, já aprendi a sentir o aroma da angústia, e a partir disso,

Libertar os meus espíritos tristonhos, mandando eles para uma viagem astral.

As tempestades ultimamente causam náusea para minha existência,

O trabalho ardo do reconhecer o meu íntimo, tem se tornado minha paixão.

Estou só, com minhas lembranças, sem tragédias, sem lamentações,

Não é uma condição, não faz parte de uma escolha, simplesmente é, está sendo,

Desenhando em mim, mais um caminho a ser traçado com amor.

Me falta companhia, confesso, são tão poucos os que estão comigo,

E não procuro uma razão para não estar só, estou só, indo além da ação.

Deslizando em mim, um rio de emoção, criação de uma nova personalidade,

Um vão entre o mistério e o mundo da sensação, tentar explicar isso tudo,

Seria destruir o sentido e afastar a verdade do meu coração.

terça-feira, 8 de abril de 2008

...APOCALIPSE...

Aprendi a pouco tempo que o amor, não pode substituir a solidão...
Aceitei também que, nem tudo que escrevo tenho acesso à fonte,
E que, a vida que passa diante dos meus olhos, é uma grande página em movimento.
Esbarrar no cotidiano, expandir os pedaços de ontem, com os de eu estou sendo agora.
Das caricias sentimentais, as fábulas internas, tão pouco casuais.
Dos segredos mais flamejantes, retirar o néctar da sabedoria, nunca suprema.
O gosto do verdadeiro, a melancolia que, é fruto do pensamento abstrato,
Passageiros horizontes, meninos dos olhos azuis, que, as vezes tornam-se cinzas.
A vida é pulsante, constante, não cortante, e se isso não for o bastante,
Retiro-me da sala de espera do paraíso, e vou mais adiante,
Aonde eu possa amar de todo coração de tudo em um sentimento, e viver sem ter medo dos
mistérios da natureza...
Que tanto inspira a minha alma, na tentativa de descrever os instantes que intensifico,
Na estando das memórias, insônia, tristonha, medonha tristeza, que não me torna fraca,
Ela destaca a minha felicidade, realidade de mil picadinhos de sonhos,
Sutil, as vezes tonta, apronta, não me desaponta, imaginação fértil, estado febril.
Gentil!
Correr pelas bordas da lua, atentar a maldade com minha simplicidade,
As ruas de ponta cabeça, derrubando as pessoas na minha vida....
Despejando seus desejos, acolhendo a minha companhia,
Tão poucos dormem sob o meu teto existencial,
Outros, a minha consciência abomina.
Não me desanima, faço rima com a pouca falta de adrenalina nas veias dos asquerosos,
Homens que não se surpreendem com a nostalgia desta vida e suas entre - linhas...