quarta-feira, 16 de abril de 2008

...A TRISTEZA E A RAZÃO...

Ora vida, apague tua luz...
Conduza seus pequenos olhos ingênuos à escuridão.
Não temas, tu sabes, não precisas, de tal ato.
Conhece cada palmo de si, ai dentro, para fora de tudo.
Solidão, tu és profunda e profana,

Insana, arde em tua alma e clama:
- Ventos noturnos, me abracem!!!!
Razão, moinhos de ventos desgovernados,
Com seus vícios asquerosos e melodramáticos.
Anuncia a satisfação da claridade infinita do bem estar:

-Hoje não tem calmaria.
A velha rotina, desgraçada que queima meus ossos, me arde o peito.
Entrevistei a felicidade!

Nada entendi, o belo perpetua o fracasso.
Ora, ora, tristeza, abra as cortinas da sua experiência,
A brisa da primavera anuncia:
- O medo é conseqüência do que foi atravessado com dor.
Isso tudo é urgente, então tu que não permaneças ausente, faça felizmente,
Aparecer o sol novamente, não seja demente.
Das pálidas faces que tumultuam seu corpo,
Abrem as portas e fecham os seus sorrisos, ricos em fantasias,
Desnudos de maldade, sonhados por uma navegante afobada por escolhas.
Abençoadas linhas que crio, me pertencem, sou!
Quem teme um rastro meu, por aqui, corre quando mergulha nas minhas palavras de sensação.
E eu não esquivo, não tem nenhum resquício do que é a intencionalidade.
Muitos neste mundo amam, outros morrem aflitos dançando descalços a valsa tocada pela vaidade.
Não transborde, quando não podes tu, suportar a ira de si mesmo.
Esvazie, antes que crie algo que denuncie a sua fraqueza,
E minha alteza, rebeldia, quem diria, é fanática pela minha hipocrisia,
E logo, denuncia:
- Está tão doce, e ao mesmo tempo não sabe o gosto suave de ser amarga.
Deslize...
Cicatrizes abertas, seminuas, desfilando pelos desfiladeiros da intensa sobriedade...
Nem só amante sou, corro para os abraços da memória gentil,
Que não me causa náusea, e sim uma ansiedade sem princípios.
Nesta hora, puxo os balões e transporto-me para perto de quem me faz bem.
Não ando de costas, você pode estar a mil passos, eu sou o espírito,
Que carrega sutilmente a sua alma no peito...

(Viviane Gonçalves)

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