A poesia, para quem não tem um abraço,
A razão, para quem teme em perder o coração,
O circo, para os que choram,
O álcool, para quem quer a alma pegando fogo...
Não tenho mais medo da solidão, tenho trabalhado fielmente esta união,
As vezes, sinto pressa de um colo, outras, deixo que minhas cobertas me aqueçam.
Tudo tem sido suficiente para arrancar de mim um sorriso sincero,
Mas não temo em chorar, quando me encontro sozinha com meus pensamentos.
Estupidez ou não, já aprendi a sentir o aroma da angústia, e a partir disso,
Libertar os meus espíritos tristonhos, mandando eles para uma viagem astral.
As tempestades ultimamente causam náusea para minha existência,
O trabalho ardo do reconhecer o meu íntimo, tem se tornado minha paixão.
Estou só, com minhas lembranças, sem tragédias, sem lamentações,
Não é uma condição, não faz parte de uma escolha, simplesmente é, está sendo,
Desenhando em mim, mais um caminho a ser traçado com amor.
Me falta companhia, confesso, são tão poucos os que estão comigo,
E não procuro uma razão para não estar só, estou só, indo além da ação.
Deslizando em mim, um rio de emoção, criação de uma nova personalidade,
Um vão entre o mistério e o mundo da sensação, tentar explicar isso tudo,
Seria destruir o sentido e afastar a verdade do meu coração.
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