Um grande rio, uma correnteza delirante.
Nos céus uma fuga legítima, na terra uma vida sentida.
E se o desespero me acordar deste sonho?
Estarei por aqui, como ontem, agora e talvez amanhã.
Rabiscando os delírios mais melancólicos que ainda me fazem
companhia.
Acompanham uma existência terrivelmente insana e cheia de
gestos obscuros.
Escuridão, ilusão primária.
Quando pensei que estava crescida, minha arrogância fez de
mim pequena novamente.
Neste movimento, estou rendida!
A corrida sem pernas de quem vê e sente o solipsismo com outras
lentes, por outras lentes, lentamente...
Não invoco respostas,
as perguntas não me sufocam mais!