Estado de vigília, a transformação do inconsciente.
É a abertura, as exteriorizações se comunicando por vias perigosas.
Respondem sem perguntas, perguntas especificas desconsideram toda minha experiência.
Está em tudo que vejo, a essência do que não percebo, reação humana.
Individualizada na própria carne física abatida pelo sofrimento sensorial.
Vibra o ar, a imaginação ativa, objetos lançados pelas entidades internas.
Movimentos, reflexões sobre o estar em outros lugares.
Meu processo, outros fenômenos, percepção desajustada.
Não existe significado para tudo, é uma névoa, uma lua que se esconde dentro da luminosidade.
Sonho, ensina-me, dê orientação a as estas feridas que não secam.
Feridas que não falam, ensurdecidas pela minha fúria constante.
Esta intuição introvertida me irrita.
Me arranca as solas dos pés e me enrijece.
Eu quero debruçar a beira do abismo e poder contemplar as minhas simbólicas plenitudes.
Não penso porque não me alimento de segurança quanto a minha vida.
A minha vida, é uma roda... Moiras...
É o devir antes do agir, furiosamente desgastada pelo cansaço matinal.
Talvez eu chegue um pouco antes...
Antes de ser eu, de quem fui, de quem virei a –ser .
Antes que a morte rompa os vínculos afetivos ancestrais, estarei longe.
Perto de um infinito, um lugar grande... espírito.
Ninguém tem culpa, esta foi minha última descoberta.
Talvez, tarde demais, eram oito da noite e eu estava desorientada...