sexta-feira, 11 de junho de 2010

::Tarde Irlandesa::

Pele prata, rasgada pela areia.

Nuvem chata, chove chuva porque o sol me chateia.

Vou lá fora, a tarde inteira irlandesa.

Vou beber o sangue, o resto da praia que me sobra.

Até onde vai minha vista?

O sufoco do surfista.

Branco e negro, posto nobre nas nove meia, tudo apaga.

Tudo ascende e a luz é solitária, solidária com quem a noite passeia.

Um grão, vem a saudade, a angústia meu corpo tateia.

Vem do céu, desce diretamente na porta da minha casa,

Estou iludida pelo que me resta, vou ouvir o grito da sereia.

É pedra em fogo, o estojo de canetas vermelhas.

Virtude que em mim brota, sensação de que serei aberta por inteira...

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