sexta-feira, 11 de junho de 2010

::Sindrome do nunca vivio::

Vivo a síndrome do nunca vivido.

Pés e mãos torcidos, uma gigantesca ala de mascarados se aproxima.

Não respeito o que vem de mim, é difícil ser conduzida pela desconfiança.

É o que se deita, o que descansa nos meus tumultos internos.

Ouço passo, são pulsos atravessados, uma fúria do que eu fui,

É um momento resgatado do passado.

É assim,uma resistência inútil, rochedo de quem nunca quis ser amada.

Assim nasce o retrato falado.

Aquele que não fala, que abusa da vontade alheia.

Tem um ritmo simples, mas acompanha uma melodia erudita bem tocada.

Ou então, quando tudo parar de vez,

Estarei de pés para o alto.

Solta no descaso desta cidade congelada.

Eu não me desintegro, quero ser consumada, a finada.

Venho do principio do precipício , tudo venta, tudo vai cair.

A inveja quer derrubar tudo.

Estou no meu posto de vigia, irradiando uma nostalgia de portas abertas.

Um largo sorriso miserável e visceral.

Sou uma concha, feita de de retalhos...

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