sexta-feira, 28 de março de 2008

...FLUIDOS...

Aparentemente parece Outono...

O vento trás o seu cheiro para o meu quarto,
Os pássaros tentam imitar usa voz, cantando nos meus ouvidos, debaixo das janelas cinzas.
Tudo está quieto, menos o meu coração,
O tempo está acelerado, cheio de fantasias, apaixonado por suas memórias.
Desde que te conheci, não sei o que é solidão,
Mesmo de tão longe, você sempre permaneceu ao meu lado,
Nas músicas, em cada frase,
Por todo o meu caminho, seu sorriso na noite, o cheiro de café matinal.
A nostalgia que dança em meus lábios, lá vem você novamente me encantando,
Com seus olhos cheios de sonhos e poesia, sua voz angelical e inspiradora.
Arrancando os ritmos dos meus sussurros enlouquecedores,
Você Plantou suas flores no meu jardim secreto...
Denunciando a minha infantil maneira, de amar o beijo sincero e sensível da manhã.
Hoje, só por hoje, minha querida eu quero tudo,
A Lua cheia e o seu compasso de humores, sua harmonia na minha vida.
Seus cabelos ao vento, a sua leveza , integra!
Quero embriagar minha realidade, com uma dose da sua alegria.
Tudo que por mim é escrito, vem desta minha alma repleta,
De saudades da sua companhia...
No final, o meu desejo é doce e meu maior querer, cheira a pensamentos noturnos,
Este é o viver dos sentidos, cada folha que por mim é escrita,
Tenta passar o que você me ensinou com tanto amor e lealdade,
No silêncio, na poesia, em seus atos... reflete... em mim o que é o amor.

quarta-feira, 26 de março de 2008

...REAL...

A quem zombe do poeta apaixonado,
Mesmo porque, ele não se importa, só descreve.
A quem zombe dos que pensam,
Mesmo porque, eles não morrem, eles perdoam.
A quem zombe dos loucos,
Mesmo porque, eles não ferem, eles se descobrem.
No final de tudo, conceber um raio, em um parto existencial,
Amargo, com felicidade clandestina e cheia de nevoeiros.
O registro da tristeza, arquivado no coração,
Emoção aflorada, em vez das lágrimas derramadas.
Respeito! Acima do clima denso, do instinto rápido,
Os faróis em amarelo, as flores marcando o caminho de volta ao passado.
Questionamentos particulares, articulações voluntárias,
Distinções contrárias, demência temporária.
O que falta de verdade? Vaidade!
Segue o fluxo verde, caminhando nas veias estiradas a luz da lua,
Nua, quase sem reserva de energias, mas não derrotada.
Inteligência, ansiedade que mata a saudade, não teme, fica ausente a persistência.
Os olhos que não choram as lágrimas que não aliviam,
A dor que, não compensa o que não se compara a melancolia.
O sorriso espontâneo, que deixa nos seus cortes de canto,
Um breve relato do que pensa, e não se contenta...
Nem por isso lamenta, não sustenta seus vícios na indignidade,
Transborda de medos, ouve a verdade, acorda e cria nova vivência.
Não abraça a angústia, e nem remenda as visões distorcidas,
Destrói, sem magoar, sem maltratar, sem ignorar quem se está sendo.
Solidão!
Sensação de liberdade falsa, esperando um perdão.
Concessão!
Sem ilusão, o imaginário perturbado, o substancial confuso e perdido.
Nascimento!
Sem pressentimentos, a busca para não escalar o sofrimento no momento.
Amor!
Digno, leal, que gesticula a verdade, e não manipula a realidade, logo, eterno...
Força!
E começa um novo dia, em uma nova vida, limpa.

terça-feira, 25 de março de 2008

...OUTONO...

Ela esmaga suas memórias,
Se despede da noite, como quer ser saciada pelo dia.
Sem exatidão, mergulhada em sua poesia individual,
Procura no cru o sentido do completo.
Ela grita: Não preciso enlouquecer!!!
Rasga suas folhas de outono,
Entrega-se ao inverno, e almeja a primavera.
O balanço está vazio, e as arvores gritam por água,
Mas a chuva cisma em não cair...
Flutua em suas ilusões, absorve os teimosos sonhos,
Mata sua saudade, nas canções apaixonantes.
Quer o céu, o chão e o infinito, mas encontra-se somente em si,
Translúcida de suas vaidades, embriagada com seus desejos,
Tomada pelas perguntas, desvairada com as respostas que não tem.
Respirando profundamente, o ar que não congela, que a faz pensar em explodir.
Inércia !
Queima quando não pode ser fogo, lava quando não pode ser água,
Engole sua lucidez, e vomita sua vontade de liberdade.
Captura a ansiedade, e desloca a maldade para o rio da fidelidade.
Fica parada, quando quer andar em direção ao que não quer ser encontrado.
Respeita, mas rejeita a posição de conformidade,
Sugestiona quando quer ser questionada.
Nasce todos os dias, ama todos os segundos, não se abandona,
Não se acanha...
Vive, e reproduz a sua visão através do seu silêncio que é fala,
Quando os olhos podem devorar todos os seus sentidos...

segunda-feira, 24 de março de 2008

...UTOPIA...

Ah velha utopia...
Os mergulhos intensos no interno, particular, articulado pelos sonhos...
Sem excessos!
Declinar sobre o desconhecido paradeiro das almas perdidas,
A contraposição do certo e do errado, coberto com seu manto amaldiçoado.
Existe febre, uma epidemia de choros agudos estrangulados,
Olhos saltados para o presente, persistente, futuro ausente.
Assa a carne cheia de sentimentos nobres, risca o céu com a ponta dos dedos de Eros...
Concorrência no declínio da postura moderna, que encontra força na mediocridade social distorcida.
Ora, ora, são tão poucos os que pensam, que os que não pensam, pensam pouco e se sustentam,
Seus vícios contemporâneos, cheios de cientificismo, ai nasce, outra religião.
Não espero que uma explosão possa destruir o caos,
Nem quero, a vida tem sido cheia de contra-tempos, maliciosos eu diria.
A verdade, encontrada na ansiedade pela sobriedade da fatalidade oprimida.
Sociedade infantil, débil e as vezes eu sou até que gentil,
Por não acreditar que a culpa não é de ninguém, ausência....
Conseqüência da falta de vergonha na cara, de crescer para dentro.
Envergada sabedoria, que me falta, aparência do invisível ao mistério.
O visível como fragmento do invisível, horizonte do constrangido sensível.
Bate – papo, com a atmosfera da imaginação que tudo vê, e tão pouco esclarece,
Benção! Ar divino, medíocre de mim, humana pós – moderna e louca,
Cheia de manias! Demente!
Pressente o inautêntico quando não consente com o que é urgente,
Deixar para amanhã, que o sol caia no lago, isso me seria docemente atraente.
Papo furado, noite transcendente....

terça-feira, 18 de março de 2008

...FAROL ISOLADO...

Quanta atrocidade!
Os sentimentos vão escorrendo por ai, sendo congelados pelas ventanias do sul.
Rolo a noite toda na cama, pensando em coisas boas,
O tempo sempre quer me surpreender com seu ar de mistério.
A posição dos meus olhos, presos na parede do meu quarto,
Não consigo explicar, nem mesmo por aqui, eu tenho voado demais,
E cheguei na hora errada...
A casa está vazia, o meu ouvido escuta somente os meus sussurros...
O que eu procuro que não consigo encontrar?
Dilacerado peito, que atua como vilão!
Usando a roupagem da velha estação que passou...
Adiantando os seguintes palavreados, denunciando a tristeza,
Cogitando os sentidos, cuspidos, como cupidos,
As flechas erram, o alvo está todo furado, cansado.
Distinto pensar, amargurado, ensaios forjados,
Pássaros noturnos, voando para o norte, a torre está vazia.
O mar descansa em seu sono tranqüilo, enquanto a tempestade espera para abraçar o farol isolado.
A tarde se revolta, ela cai feito louca no horizonte,
Beija os telhados, com suas telhas carentes!
O chão, está se desfazendo, questionando sua forte astúcia em ser resistente,
Estou assistindo tudo desta janela, com seus vidros sujos e embaçados.
Intercalo a voz que não sai, com o som que não vem de dentro,
Das lágrimas que não caem, à falta de sono que tem sido um tormento.
Da última chuva que caiu sobre dois corpos,
E agora a falta que me faz tudo isso,

Eu descrevo o lamento neste momento...

CARRUAGEM ANTIGA


Os vales estão inundados de água.

A última cadeira, foi levada pela enxurrada.

Eu me importo com cada sílaba que sai de dentro de ti,

Eu realmente estou dentro daquelas nuvens choronas cheias de histórias.

Lá vou eu novamente, encher os seus olhos com minhas cores preferidas,

Quando cair a tarde, quero ser o sol que ilumina seus sonhos.

Os fios entram e saem de dentro de mim,Fios da imaginação, carregados com a suavidade de uma pura emoção.

Tento traduzir o que acontece quando eu fico sozinha,

Colocando os mil tijolos, uns em cima dos outros.

Construindo um império perfeito para nós.

O calendário de ponta- cabeça, gira como louco,

Transtornando meu longo tempo, conspirando contra minha sensibilidade.

Agora eu vejo a escuridão pintada em azul,Com seus raios, iluminando a minha mente.

Fragmentos sensíveis, indivisíveis, horizontes marcados pela seca da saudade.

Esta noite, consigo ver uma carruagem cheia de almas, passeando sobre minha cabeça,

Assemelham-se a carros antigos, repletos de sentimentos que nascem de suas paixões,

Que crescem nos berços da vida que consomem o amor da boca do presente.

Concebo o amor como um delírio, com seus memorandos de gratificações,

O despertar dos vestígios dos sofrimentos, que são apagados pela felicidade,

Que consistem em harmonizar a dor dos desfalques da vida,

Vontade de ser imortal, quando amamos além do que sabemos o que é vida...