terça-feira, 18 de março de 2008

...FAROL ISOLADO...

Quanta atrocidade!
Os sentimentos vão escorrendo por ai, sendo congelados pelas ventanias do sul.
Rolo a noite toda na cama, pensando em coisas boas,
O tempo sempre quer me surpreender com seu ar de mistério.
A posição dos meus olhos, presos na parede do meu quarto,
Não consigo explicar, nem mesmo por aqui, eu tenho voado demais,
E cheguei na hora errada...
A casa está vazia, o meu ouvido escuta somente os meus sussurros...
O que eu procuro que não consigo encontrar?
Dilacerado peito, que atua como vilão!
Usando a roupagem da velha estação que passou...
Adiantando os seguintes palavreados, denunciando a tristeza,
Cogitando os sentidos, cuspidos, como cupidos,
As flechas erram, o alvo está todo furado, cansado.
Distinto pensar, amargurado, ensaios forjados,
Pássaros noturnos, voando para o norte, a torre está vazia.
O mar descansa em seu sono tranqüilo, enquanto a tempestade espera para abraçar o farol isolado.
A tarde se revolta, ela cai feito louca no horizonte,
Beija os telhados, com suas telhas carentes!
O chão, está se desfazendo, questionando sua forte astúcia em ser resistente,
Estou assistindo tudo desta janela, com seus vidros sujos e embaçados.
Intercalo a voz que não sai, com o som que não vem de dentro,
Das lágrimas que não caem, à falta de sono que tem sido um tormento.
Da última chuva que caiu sobre dois corpos,
E agora a falta que me faz tudo isso,

Eu descrevo o lamento neste momento...

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