Ela esmaga suas memórias,
Se despede da noite, como quer ser saciada pelo dia.
Sem exatidão, mergulhada em sua poesia individual,
Procura no cru o sentido do completo.
Ela grita: Não preciso enlouquecer!!!
Rasga suas folhas de outono,
Entrega-se ao inverno, e almeja a primavera.
O balanço está vazio, e as arvores gritam por água,
Mas a chuva cisma em não cair...
Flutua em suas ilusões, absorve os teimosos sonhos,
Mata sua saudade, nas canções apaixonantes.
Quer o céu, o chão e o infinito, mas encontra-se somente em si,
Translúcida de suas vaidades, embriagada com seus desejos,
Tomada pelas perguntas, desvairada com as respostas que não tem.
Respirando profundamente, o ar que não congela, que a faz pensar em explodir.
Inércia !
Queima quando não pode ser fogo, lava quando não pode ser água,
Engole sua lucidez, e vomita sua vontade de liberdade.
Captura a ansiedade, e desloca a maldade para o rio da fidelidade.
Fica parada, quando quer andar em direção ao que não quer ser encontrado.
Respeita, mas rejeita a posição de conformidade,
Sugestiona quando quer ser questionada.
Nasce todos os dias, ama todos os segundos, não se abandona,
Não se acanha...
Vive, e reproduz a sua visão através do seu silêncio que é fala,
Quando os olhos podem devorar todos os seus sentidos...
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