sexta-feira, 29 de agosto de 2008

...FONTE INTERNA...

Vamos acrescentando algumas expressões, não que isso faça com que, algumas coisas tomem rumos diferentes, quando se olha o que acontece aqui por dentro, consigo ver a minha porta escancarada para o mundo e isso entorpece minhas veias com o veneno da utopia.
Não que eu não queira sorrir, mas os meus tímpanos estão pedindo uma voz calma, aquela que venha do espírito puro que não rime com a dor falsa. Por algum tempo eu construiu milhares de bolsos flutuantes, Alpes, círculos, tendências suicidadas que abrigavam minha imagem presa a um espelho cheio de interpretações imundas, eu estava voltando de onde eu nunca pude caminhar comigo mesma.
Olhando melhor cada sentido, eu volto atrás com todas as minhas escolhas, as torres caindo sobre meus olhos, aquela sensação do pulo para o desconhecido, o mergulho no coma mais profundo, o choro sufocado, a respiração sem os pulmões do mundo imaginário, sufocados, pela intoxicação pouco subjetivas.
Colocando as chaves em baixo do tapete, algumas almas voltando para casa, aquele velho índio está espreita da minha solidão, as profecias em flashes paradisíacos, acordando com um grito de realidade, a introdução do vazio, que nasce da mãe esperança que por muitos anos foi uma criança mimada e torturada por um sorriso vago e largo, comprometido com sua evasão substancial.
Bocas enfurecidas, labirintos aprisionados na realidade, o código da violenta saúde que condenava o liquido do divino espírito amargurado, agora embriaga-se com sua falta de certeza. Se eu pudesse expor tudo que me expõem, eu estava querendo queimar uma grande parte da minha historia...
Tirando os panos, agora tudo parece promessas ao vento, e vendo de outro ponto, eu começo a não querer mais pedir desculpas a mim mesma, quando eu peço para que tranquem a minha fantasia íntima dentro de uma realidade dupla.
Não eu não me sinto aprovada para andar 3 segundos adiantados, porque, a falta que sinto de não poder explicar anda corroendo meus ossos, e a vida tem sido tão insana que eu vejo cicatrizes nos corpos que andam feito maníacos matando a sugestão de um novo imanente não domesticado.
O fato de eu não conseguir poetizar com o mundo, as lagrimas que derretem minha expectativas, agora vão se unindo fazendo um quadro, um novo plano em projeções triplas de cosmo – energias do meu próprio eu, lançadas em uma fração do tempo que vivo de costas para o que corre com as pernas do meu destino arrogante.
Olhando bem, sentindo o que tem, o que vem, o que se propõem a ser o vício de ontem, agora é ardente, sorridente, presente, dentro da caixa, encaixa, suaviza a cavidade, realidade, preciosidade divina, que instiga os deuses, apelos apaixonantes, de amantes enfurecidos, com seus arcos, marcos, atos, cheios de serenidade, saudade daquela velha idade.
Um ponto para cima, costurando, imitando, dramatizando aquele fenômeno, anônimo, que escurece o passado, cansado, que balança suas tendas, mesmo que preencha um fim desarmado, arrastado pela turbulência do vôo mais intenso, neste momento eu sou um grão, sem irmão, com ilusão olhando o mundo com os olhos da pureza, cativando a riqueza que tenho em não sentir certeza do que é viver a vida como uma correnteza feroz, voraz, que mesmo que eu não seja capaz de copiar as coisas, as vivencias que eu tenho tido, mantido, apreendido, se revelam, em cascatas luminosas, argilosas perfeições em pedras com seus tumores labiais.
E no desatino, presente menino, constrangido pelos tiros colombinos, agora são feras, deuses adormecidos reviram-se em seus túmulos, causando tumultos na grande terra. Com seus passos tortos, resgatando dos mortos, os limpos e saudáveis homens que abrigam as almas em seu espírito jovem, que amanhecem atolados pela vida da nostalgia.
Que alegria! Um brinde sem o descaso, o acaso ilumina o passado, sofisticado ser amado, que transluz a grandeza divina através do silêncio que capta as emoções e faz jorrar a fonte interna da solidão na paz da sobriedade.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

...OUTROS..

Não adianta, por mais que o mundo conheça tanto de algumas coisas, pouco sabem de si mesmos. Algumas expressões ficam vazias, e as interpretações subjetivas destroem uma mágica, deixando assim o “ente” querido fora de ação. A causa do plano individual destrói uma realidade tão bonita, alguns ainda aglutinam idéias coletivas e jogam dentro de um “pacotão”, classificando assim suas amarguras particulares, seus estudos intelectuais que, hoje em dia contaminados pela metodologia cientifica destrutível começam a revelar uma modernidade totalmente fascista e doente por interpretações que nascem de replicas históricas cartesianas.
Fechar as portas na cara do mundo, é exatamente isso, construir um diálogo olhando o próprio corpo celestial estampado em um espelho negro, que carrega suas ruínas particulares pouco articuladas pelo tempo vivido sem a essência da escuta poética.
Eu vejo algumas coisas das quais, que não me bastariam mil anos, para compreender que, enquanto eu tento aprender a ignorância perante as coisas que um dia alguém recitou em um palanque ( não me refiro a burrice) , outros querem cada vez mais um conhecimento velho, cheio de palavras e sentidos não explorados, e sim condicionados por um sistema pouco mútuo, a cópia de uma realidade não sentida.
Não temos que oferecer nada, temos que compartilhar...
Que loucura! O mundo está carregando suas escolhas, suas bagagens sensíveis com o árduo trabalho de “suportar” e não de sentir paixão por tudo aquilo que foi gritado nos Alpes da imaginação interior subjetiva. Talvez eu entenda hoje o que realmente significa ser vista como Outsider...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

...LUZES...

Tudo sem harmonia.
Versos bagunçados, palavras coladas em cartazes negros,
A esfera com suas milhares de cores ardentes,
Picadinhos de essências, fragmentadas no des – contentamento da vida visual ofuscada pelo domínio racional.
E se isso fosse um modo casual de enxergar as paralelas condições humanas, seria muito mais prático não ver, e a simplicidade em sentir, estaria balançando as cordas do lamento do ser errante, praticamente, envolvido com o mundo místico intrigante.
Eu ando tentando mudar o plano de Juíza para espectadora deste mundo cheio de ramificações mágicas, magnéticas, e por ventura de fatos tão grandiosos pelos quais eu aprendi a compreender que, não posso converter o que sinto para tudo aquilo que existe como de fato está sendo revelado.
Sou fruto de um ventre com seus ventos noturnos, sem direção, sem teto, sem chão, com espírito que carrega a paixão da vivencia da ilusão temporal e que arranca da contemporaneidade a incerteza da insustentável condição do não saber o que é sábio.
Estou no caminho, ou fora dele, nas entranhas da busca sem almejar o término, sem fim, enfim, na doce criação da vivência fortificada pelos pensamentos sub – mundanos, procurando a desintoxicação da matéria absorvida pela desordem do plano natural.
É sem nexo, sem anexo do futuro, o desfrute do fruto pecaminoso que desconcerta a essência, que inibi a imanência da minha permanente existência no mundo do sub – imundo des – foque condicional, de amante do mundo louco, que para muitos, o sagrado é banal.
Quem se apresenta, agora não lamenta, o latente estar providenciando as novas glórias, sem lutas forçadas, o caso no casco do acaso, miticamente honrada pela desordem invocada
.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

...RECLAMANDO...

Veja bem, eu estou montando novamente uma maneira de não ser atingida sem poder ter a oportunidade de me defender. Eu busco um momento para capturar a minha fúria . vou vomitar o que não está terminado, estou preparada para usar todo meu silêncio. Estou de volta a realidade, já que eu mantive um monte de segundos inertes, montando minhas melhores fantasias, agora sinto que estou pesada por demais, e eu quero uma chance de despejar minha mágoa neste papel.
A vida tem escapado com facilidade de minhas mãos, e eu não estou preparada para ter algo normal, fora dos parâmetros que um dia eu quis para mim, então eu suspendo toda queda que tem me puxado para baixo, com uma velocidade incrível, fazendo assim, com que eu adoeça nos braços do presente.
Sou de amizade de poucos, e os excessos me querem debaixo de 7 palmos, eu dou o ultimo suspiro e eles alegram – se. Estou explorando uma consciência pela qual, eu não vivo de promessas baixas, e a dor tem sido uma fuga em tanto, quando eu pulo os muros da inconsciência.
Eu sei, eu ainda conservo minha vida em um vidro com uma proteção potente, e eu não quero um nome diferente por isso. Eu odeio ter que formular mais de uma vez, o meu sucesso, já que os aplausos vem de meus piores contingentes. Aqui dentro eu posso contar até 3 e tudo fica bem, eu mudo a paisagem e escolho quantos tempos eu posso passar sem ser percebida. Eu durmo de olhos abertos, e com os ouvidos atentos, acordo na hora da morte alheia, mas isso nunca tem acontecido.
Julgar um espírito como o meu, requer muito trabalho, nada rasteiro, já que estamos falando em algo que realmente se faz quando se é bem sujo, uma megalomaníaca tendência que se obtêm através de tanta mesquinhez demoníaca.
As armas estão apontadas para minha fronte, e eu não tenho medo do impacto das palavras que vão brotando diante de meus olhos, e eu experimento correr com uma navalha, eu apunha-lo minhas vitimas uma por uma, com a própria Mao que elas esticam para me servir com seus ápices de ignorância pura.
Não quero uma fixação em cadeias enterradas em solos tão pouco férteis, eu venho de um lugar aonde a liberdade se conquista, e eu tenho visto muitas correntes me cercando, e eu não nego que isso as vezes me faz sentir vontade de espancar este maldito presente, com uma boa dose da minha maldade, e não o faço.
O que acontece, eu saio de mim, e assumo algo que não consigo controlar, ali tenho força em dobro, e minhas palavras não tem freios, e tudo o que eu não quero me aconteça , vira fato, fenômeno escancarado, e eu volto sempre mais machucada do que eu pressinto.
Um puxão para a direita, eu estou de volta, agora com um gosto amargo em minha alma, e os pés sujos com as lamas de falta de veracidade nas palavras que me foram lançadas para meus ouvidos histéricos e tão cheios de devaneios.
Alguém vem querer me ferir, e eu peço para que não seja tão intenso, porque eu mostro minha intensidade quando fecho meus olhos e deixo que o meu outro lado, quebre tudo ao redor sem a maior piedade.
Graça, uma risada que pode destruir quadras e quadras, e eu me penduro nos braços dos que vivem arrojando suas vidas por ruas cheias de movimentos bruscos que terminam em um beco insano de um quarto em um infarto desprezível e angustiante.
Segundos, e eu vejo o relógio criar os meus piores versos, mesmo assim não reparto a minha tempestade com ninguém, eu não tenho mais as cápsulas para me aliviar, então eu não peço para que ninguém possuía paciência para aturar minhas desavenças.
Todos sabem que eu faço o que eu quero e isso faz muito tempo, se ainda tentam testar a minha fé, conseguem arrancar de mim uma fera carregada de desprezo e rancor pelos que rodeiam a minha sobrevivência.
Uma gota de suor perdida, eu sinto que estou abafando alguma coisa, e eu engulo a seco toda minha reclamação, desatinando as conseqüências, criando amor, aonde eu vejo que existe uma maldita lacuna.
Então eu posso rir com tudo isso aqui, porque eu não entrei para um grande espetáculo de imagens perdidas, e os sons que dominam minha mente, fazem uma tortura com minhas lembranças. Não pense por um instante que eu não posso ser indolente, ou que sofri demais, talvez eu tenha explodido tantas vezes, que o que restou já não me satisfaça mais.
As situações vão aparecendo, recriando algo que já estava morte, e eu ressuscito o que está tentando falar comigo através das minhas conexões com o que é revelado com tanta fragilidade.
Depois de um tempo eu descobri que até mesmo o amor foi banalizado e as ordens subjetivas são tão comuns, e tão horripilantes. Eu sinto que tudo está prestes a desmoronar. Eu sinto vontade de ficar dias trancafiada em um lugar sem portas, para tentar entender porque tantas coisas ainda podem me ferir com tanta voracidade.
Não sei para onde ir, ou em que tempo entrar, para ver as coisas acalmarem dentro de mim...
As vezes eu ouço mil berros de esperança, depois os mesmos fazem com que eu engula as minhas lastimas transformando – me em um monstro terrível, é como se fosse sempre o ultimo dia, mas outro dia chega, e o tormento não acabe.
As figuras estão dispersas, e as vezes é tão difícil sentir que existe uma heroína dentro de mim, quando eu percebo que por tantas vezes eu corri de coisas tão pequenas.
Eu fico assustada comigo mesma, converso por horas com meus sentimentos, e eles trazem algumas receitas de como eu posso controlar esta locomotiva presa ao sensível mundo imaginário.
Posso ser perversa comigo mesma, e eu prefiro não querer acreditar em algumas coisas, por enquanto é o que resta, e o eu não me contento com o resto, a minha voz fala enquanto alguém tenta invadir a minha historia, e eu vejo, sou eu mesma novamente, travando um conflito e isso não me deixa gritar para poder acordar...
Eu faço as curvas no pensamento e em outro instante, estou calma e envolvida com minha felicidade, mas eu sinto falta de sentir que eu posso cuidar de mim mesma com os meus dois lados unificados em mim....