Vamos acrescentando algumas expressões, não que isso faça com que, algumas coisas tomem rumos diferentes, quando se olha o que acontece aqui por dentro, consigo ver a minha porta escancarada para o mundo e isso entorpece minhas veias com o veneno da utopia.
Não que eu não queira sorrir, mas os meus tímpanos estão pedindo uma voz calma, aquela que venha do espírito puro que não rime com a dor falsa. Por algum tempo eu construiu milhares de bolsos flutuantes, Alpes, círculos, tendências suicidadas que abrigavam minha imagem presa a um espelho cheio de interpretações imundas, eu estava voltando de onde eu nunca pude caminhar comigo mesma.
Olhando melhor cada sentido, eu volto atrás com todas as minhas escolhas, as torres caindo sobre meus olhos, aquela sensação do pulo para o desconhecido, o mergulho no coma mais profundo, o choro sufocado, a respiração sem os pulmões do mundo imaginário, sufocados, pela intoxicação pouco subjetivas.
Colocando as chaves em baixo do tapete, algumas almas voltando para casa, aquele velho índio está espreita da minha solidão, as profecias em flashes paradisíacos, acordando com um grito de realidade, a introdução do vazio, que nasce da mãe esperança que por muitos anos foi uma criança mimada e torturada por um sorriso vago e largo, comprometido com sua evasão substancial.
Bocas enfurecidas, labirintos aprisionados na realidade, o código da violenta saúde que condenava o liquido do divino espírito amargurado, agora embriaga-se com sua falta de certeza. Se eu pudesse expor tudo que me expõem, eu estava querendo queimar uma grande parte da minha historia...
Tirando os panos, agora tudo parece promessas ao vento, e vendo de outro ponto, eu começo a não querer mais pedir desculpas a mim mesma, quando eu peço para que tranquem a minha fantasia íntima dentro de uma realidade dupla.
Não eu não me sinto aprovada para andar 3 segundos adiantados, porque, a falta que sinto de não poder explicar anda corroendo meus ossos, e a vida tem sido tão insana que eu vejo cicatrizes nos corpos que andam feito maníacos matando a sugestão de um novo imanente não domesticado.
O fato de eu não conseguir poetizar com o mundo, as lagrimas que derretem minha expectativas, agora vão se unindo fazendo um quadro, um novo plano em projeções triplas de cosmo – energias do meu próprio eu, lançadas em uma fração do tempo que vivo de costas para o que corre com as pernas do meu destino arrogante.
Olhando bem, sentindo o que tem, o que vem, o que se propõem a ser o vício de ontem, agora é ardente, sorridente, presente, dentro da caixa, encaixa, suaviza a cavidade, realidade, preciosidade divina, que instiga os deuses, apelos apaixonantes, de amantes enfurecidos, com seus arcos, marcos, atos, cheios de serenidade, saudade daquela velha idade.
Um ponto para cima, costurando, imitando, dramatizando aquele fenômeno, anônimo, que escurece o passado, cansado, que balança suas tendas, mesmo que preencha um fim desarmado, arrastado pela turbulência do vôo mais intenso, neste momento eu sou um grão, sem irmão, com ilusão olhando o mundo com os olhos da pureza, cativando a riqueza que tenho em não sentir certeza do que é viver a vida como uma correnteza feroz, voraz, que mesmo que eu não seja capaz de copiar as coisas, as vivencias que eu tenho tido, mantido, apreendido, se revelam, em cascatas luminosas, argilosas perfeições em pedras com seus tumores labiais.
E no desatino, presente menino, constrangido pelos tiros colombinos, agora são feras, deuses adormecidos reviram-se em seus túmulos, causando tumultos na grande terra. Com seus passos tortos, resgatando dos mortos, os limpos e saudáveis homens que abrigam as almas em seu espírito jovem, que amanhecem atolados pela vida da nostalgia.
Que alegria! Um brinde sem o descaso, o acaso ilumina o passado, sofisticado ser amado, que transluz a grandeza divina através do silêncio que capta as emoções e faz jorrar a fonte interna da solidão na paz da sobriedade.
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