Veja bem, eu estou montando novamente uma maneira de não ser atingida sem poder ter a oportunidade de me defender. Eu busco um momento para capturar a minha fúria . vou vomitar o que não está terminado, estou preparada para usar todo meu silêncio. Estou de volta a realidade, já que eu mantive um monte de segundos inertes, montando minhas melhores fantasias, agora sinto que estou pesada por demais, e eu quero uma chance de despejar minha mágoa neste papel.
A vida tem escapado com facilidade de minhas mãos, e eu não estou preparada para ter algo normal, fora dos parâmetros que um dia eu quis para mim, então eu suspendo toda queda que tem me puxado para baixo, com uma velocidade incrível, fazendo assim, com que eu adoeça nos braços do presente.
Sou de amizade de poucos, e os excessos me querem debaixo de 7 palmos, eu dou o ultimo suspiro e eles alegram – se. Estou explorando uma consciência pela qual, eu não vivo de promessas baixas, e a dor tem sido uma fuga em tanto, quando eu pulo os muros da inconsciência.
Eu sei, eu ainda conservo minha vida em um vidro com uma proteção potente, e eu não quero um nome diferente por isso. Eu odeio ter que formular mais de uma vez, o meu sucesso, já que os aplausos vem de meus piores contingentes. Aqui dentro eu posso contar até 3 e tudo fica bem, eu mudo a paisagem e escolho quantos tempos eu posso passar sem ser percebida. Eu durmo de olhos abertos, e com os ouvidos atentos, acordo na hora da morte alheia, mas isso nunca tem acontecido.
Julgar um espírito como o meu, requer muito trabalho, nada rasteiro, já que estamos falando em algo que realmente se faz quando se é bem sujo, uma megalomaníaca tendência que se obtêm através de tanta mesquinhez demoníaca.
As armas estão apontadas para minha fronte, e eu não tenho medo do impacto das palavras que vão brotando diante de meus olhos, e eu experimento correr com uma navalha, eu apunha-lo minhas vitimas uma por uma, com a própria Mao que elas esticam para me servir com seus ápices de ignorância pura.
Não quero uma fixação em cadeias enterradas em solos tão pouco férteis, eu venho de um lugar aonde a liberdade se conquista, e eu tenho visto muitas correntes me cercando, e eu não nego que isso as vezes me faz sentir vontade de espancar este maldito presente, com uma boa dose da minha maldade, e não o faço.
O que acontece, eu saio de mim, e assumo algo que não consigo controlar, ali tenho força em dobro, e minhas palavras não tem freios, e tudo o que eu não quero me aconteça , vira fato, fenômeno escancarado, e eu volto sempre mais machucada do que eu pressinto.
Um puxão para a direita, eu estou de volta, agora com um gosto amargo em minha alma, e os pés sujos com as lamas de falta de veracidade nas palavras que me foram lançadas para meus ouvidos histéricos e tão cheios de devaneios.
Alguém vem querer me ferir, e eu peço para que não seja tão intenso, porque eu mostro minha intensidade quando fecho meus olhos e deixo que o meu outro lado, quebre tudo ao redor sem a maior piedade.
Graça, uma risada que pode destruir quadras e quadras, e eu me penduro nos braços dos que vivem arrojando suas vidas por ruas cheias de movimentos bruscos que terminam em um beco insano de um quarto em um infarto desprezível e angustiante.
Segundos, e eu vejo o relógio criar os meus piores versos, mesmo assim não reparto a minha tempestade com ninguém, eu não tenho mais as cápsulas para me aliviar, então eu não peço para que ninguém possuía paciência para aturar minhas desavenças.
Todos sabem que eu faço o que eu quero e isso faz muito tempo, se ainda tentam testar a minha fé, conseguem arrancar de mim uma fera carregada de desprezo e rancor pelos que rodeiam a minha sobrevivência.
Uma gota de suor perdida, eu sinto que estou abafando alguma coisa, e eu engulo a seco toda minha reclamação, desatinando as conseqüências, criando amor, aonde eu vejo que existe uma maldita lacuna.
Então eu posso rir com tudo isso aqui, porque eu não entrei para um grande espetáculo de imagens perdidas, e os sons que dominam minha mente, fazem uma tortura com minhas lembranças. Não pense por um instante que eu não posso ser indolente, ou que sofri demais, talvez eu tenha explodido tantas vezes, que o que restou já não me satisfaça mais.
As situações vão aparecendo, recriando algo que já estava morte, e eu ressuscito o que está tentando falar comigo através das minhas conexões com o que é revelado com tanta fragilidade.
Depois de um tempo eu descobri que até mesmo o amor foi banalizado e as ordens subjetivas são tão comuns, e tão horripilantes. Eu sinto que tudo está prestes a desmoronar. Eu sinto vontade de ficar dias trancafiada em um lugar sem portas, para tentar entender porque tantas coisas ainda podem me ferir com tanta voracidade.
Não sei para onde ir, ou em que tempo entrar, para ver as coisas acalmarem dentro de mim...
As vezes eu ouço mil berros de esperança, depois os mesmos fazem com que eu engula as minhas lastimas transformando – me em um monstro terrível, é como se fosse sempre o ultimo dia, mas outro dia chega, e o tormento não acabe.
As figuras estão dispersas, e as vezes é tão difícil sentir que existe uma heroína dentro de mim, quando eu percebo que por tantas vezes eu corri de coisas tão pequenas.
Eu fico assustada comigo mesma, converso por horas com meus sentimentos, e eles trazem algumas receitas de como eu posso controlar esta locomotiva presa ao sensível mundo imaginário.
Posso ser perversa comigo mesma, e eu prefiro não querer acreditar em algumas coisas, por enquanto é o que resta, e o eu não me contento com o resto, a minha voz fala enquanto alguém tenta invadir a minha historia, e eu vejo, sou eu mesma novamente, travando um conflito e isso não me deixa gritar para poder acordar...
Eu faço as curvas no pensamento e em outro instante, estou calma e envolvida com minha felicidade, mas eu sinto falta de sentir que eu posso cuidar de mim mesma com os meus dois lados unificados em mim....
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