o que realmente acontecia que eu não estava percebendo que poderia mudar?
Falo do que reina dentro, lá no fundo da minha alma!
Quanto acatamento de regras, reportar ao fundo da minha existência uma salvação para os meus dias de morte.
Eu ando perdida, carregando esperança debaixo dos braços cansados, fadiga múltipla de quem, obviamente trata-se de uma viajante.
Um ventre que não assopra os ventos do oriente, eu parecida mais com uma idosa cheia de evidencias de uma juventude pouco ingênua.
Dezenas de pensamentos rodeiam os meus ancestrais sucessores da minha carência.
Não vou falar que não farejo maldade de longe, meu faro é de loba, não tem mistério,
Quando aprendi a abrir-me para os jornais dos mortos, reparei o quanto estava mística.
Ao mesmo tempo que nas recordações eu me perdia, eu recriava um mundo cheio de ossos,
Valiosos, um trânsito pesado de sentidos violados.
Eu nunca temi a morte, mas, corria da vida quando ela tentava me abraçar.
Hoje, apesar da pouca distancia de mim mesmo, aprendi a revogar os meus direitos,
A bater as perninhas quando a minha fonte do desconhecido se esgota.
Abro-me ao novo!
Em poucos minutos vou deixando este mundo...
Em um piscar de olhos, resolvo não mais pronunciar a vaidade que está contida em minha alma.
Quantas luzes, vagalumes loucos, fibras energéticas desfilando na minha frente,
Pudera eu, cheia de descompostura as vezes irrito-me até mesmo com a cor do céu.
Pobre de mim!
Não vou falar mal dos indícios porque, eu não tenho vida irreversível.
Certamente seria um absurdo eu concordar que estou o tempo todo perdida, pois,
Justamente quando estou perdida, entro em um caminho pelo qual já conhecia.
Que diabos eu quero também, vivo sempre rodeando os anfitriões do destino,
Eles as vezes fazem pouco caso e não dão um só sinal de vida quando quero.
Não podem eles imaginar até que ponto eu estou aflita esperando respostas.
É um golpe baixo, eventualidades espalhadas pelos cantos obscuros da minha consciência.
Dali, brotam simbologias, inevitavelmente eu vivo o sonho do nunca – mais.
Vou eu dizer para o mundo que não sou isso mesmo, majestade!
Tratando-se de um assunto um tanto que medíocre, falar de mim, já é absurdo.
Aprendi a ser delicada, boas noites de falta de sono, lá fora eu resgatei a minha permanência suave nesta noz.
Primeiro eu resolvo voar, agora quero fincar-me de vez neste mundo, ah vivi!
Lembrei – me de outonos quentes, de invernos pavorosos, de primaveras sutis, e cai no maior verão cheio de tempestades.
Os devaneios que tanto amo, acolhem – me do falso paraíso.
Estou só, por este caminho, meu coração, dominado pela sensação do novo.
O amor por aqui não grita e nem geme, ele sussurra baixinho, satisfeito.
Se eu resolver morrer de novo, não abstenho- me de sentir a eminência me tocar.
Estou refrescando a mente, a maré está alta.
Está por vir a grande lua cheia!!!!