quinta-feira, 5 de março de 2009

...EXIGENCIA...

Então, eu ouvia todo aquele barulho que brotava dentro de mim...

 

Meus lábios mexiam –se mas nada diziam!

Em nome de que eu estava muda?

Parecia que meus olhos estavam prestes a explodir de vez, a imensidão da minha dor, era mais do física e sentimental, era divina!

Pouco importava para mim, prestei atenção nos ângulos de minha existência que queriam me prender neste lugar estranho chamado , desconhecido.

Não fui grossa, em nenhum momento eu me abstive de dizer nada, por isso a luz apagou-se lentamente.

Que maldito diálogo era aquele?

Eu falava mais de que meus ouvidos mereciam de presente. Eu estava ali apenas atuando como julgadora.

Lagrimas finas, com camadas de solidão áspera, quase vulgar.

E esta necessidade terrível de praticar o sistema evolutivo mental, causou-me náusea.

O que era aquilo que brotava de mim?

Lamas escorriam pelos meus olhos, meus pés inchados de tanta persistência, eu não queria descansar, queria o fim de tudo.

Não era esse o real prazer das coisas, eu ainda fico tremula quando penso que o peso da minha consciência  causa atraso na minha imanência.

Minhas veias pareciam vermes gigantes, prontos para cuspir ódio.

Era inegavelmente um sonho dentro de uma vida sonhada.

Um inferno, eu vivi um inferno em menos de uma vida toda.

Que sofrimento voraz este que me consome?

É mais do que amor, é como querer morrer amando eternamente, não faço sentido algum neste momento.

Vou perpetuando algumas conseqüências, o dia de abrir a mente e deixar a lua me banhar de escuridão.

Ora ora, não sei mais ser tão mórbida, brinco com a realidade como se ela fosse irreal.

Mas olha, que grandiosa diferença faz pensar em mim neste segundo....

Pensar, olhar, reclamar, chorar e ser mimada por mim mesma.

E tudo por causa de, sei lá o que acontece quando eu penso sozinha no meu quarto.

As horas ali parecem intermináveis, mas eu existo, bom, até onde eu sei, existo e preciso ser absolvida pela minha própria moral.

Ser sensível não era possível para mim ser neste instante.

Eu me teria usada por anos... as minhas bordas estavam arregaçadas pela angústia.

Fui infernal e livre, não me preocupando com o quanto eu teria de me contorcer para entrar neste mundo.

E cá estou eu!

Pequena....

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