sexta-feira, 13 de março de 2009

...SUB MUNDO...

Sinto o gosto do amanhecer secar os meus lábios...

 

Eu ouço o som vindo do meu peito,

Meu coração está em chamas.

Não mais sou triste, não mais triste, por delirar.

O que então sinto que, tanto pressinto triunfar em mim uma criativa vontade de sonhar?

Eu me afogo na atualidade.

Mas volto a ter ar,  no clássico romantismo do eu, calado.

Sinto –me um embrião, louca, com meus devaneios rastejando em meus cabelos.

O desprezo do meu ventre, faz minha mente rodopiar.

Delicados movimentos suaves, agitam as árvores que brotam dos meus pensamentos.

Alguns deles muito insanos, outros carregados com a leveza da minha infância.

Não sinto cheiro de medo, eu ando ausente em acomodar-me com antigos hábitos noturnos.

Aqueles que, alimentam meu passado e fecham as cortinas do meu consciente.

Que chovam os pálidos olhos modernos.

Tudo em mim, nasce do impacto.

Vale dizer que, não prossigo com batalhas cansadas.

Já bebi todo suor que vivia escondido nas minhas feridas juvenis.

Agora as figuras estão caindo no penhasco.

Observo-me atenta, obscuramente não tenho mais vigiado a minha insegurança.

Esbarro no sarcasmo!

Não posso subtrair as sentenças pelas quais, fui julgada e punida pelos fenômenos do mundo.

Eu sempre vejo as portas sendo abertas pelo destino.

Não como previsão, mas como sentido do sensível tocando-me o útero molestado pela vaidade.

Vida humana, vida sub-mundana, vida dentro do sol, o colapso estéril.

Ando histérica e cheia de gente.

Caminho entre os arbustos negros aterrorizados com suas histórias míticas.

A energia é de queimar qualquer karma,

E a experiência é feroz como um bruto desfecho com a alma.

Não mais viverei eu sob a verdade,

Ela agora viverá sobre mim.

Vou restitui-me!

Agarro o acaso pelas pernas, resistindo o doce gosto do prazer momentâneo...

Empenho-me nas palavras par dizer que, hoje eu não vou ser covarde!

Agora o domínio custa caro, e o enigma da vida brota no tédio do cansaço.

Nem mais consigo eu, dormir... exponho-me ao léu.

Nos mundos, sub-mundos, aterrada com sucatas de experiências desafinadas.

Fiquei muda!

Mudei!

 

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