quarta-feira, 11 de março de 2009

...IDENTIDADE...

Alguém me diz que, eu preciso sorrir.

Mesmo que seja este meu sorriso calado de canto envergonhado, eu tento.

A vida anda em linhas tortas, e eu ando desgovernada.

O tempo anda rápido e as minhas pernas estão cansadas demais deste ritmo louco.

A intensidade me acompanha, nos abraços da saudade eu continuo caminhando.

A lentidão da manhã deita nos meus braços, em traços eu desenho minha humildade.

Se eu não fosse humana, seria um animal que vaga entre as luzes perdidas da cidade,

Procurando abrigo nas horas escuras desta metrópole covarde.

Então, alguém vê a escuridão, por onde eu atravesso instantes cheia de descontentamento?

Não é preciso, é esta a necessidade na qual, vivo atropelando a minha sinceridade.

Um vulgo, um sensível vulgo, a densidade das paixões caem sobre terra.

Eu amo um atraso atrás do outro, eu vivo um antecedente social.

Não existe uma precária situação moral, existe um vinculo social atrapalhado.

Eu fecho meus olhos e o que vejo, novamente um delírio sob um sol de 40 graus.

As minhas mãos estão frias, e hoje o aconchego da minha alma, não basta!

Eu crio situações em que, eu possa estar confortável com o mundo que eu construo,

A partir das coisas que eu tenho visto nos meus sonhos.

Ali, contos de fadas e realidades misturam-se em um perfeito balé de sentimentos.

A tristeza me acompanha, não me sinto tão mal, sinto –me apenas responsável pela dor que,

Atravessa meu sorriso e morre no meu coração.

Eu não aprendi a dizer as coisas que estão no meu ego, meu ego anda infantil demais,

Chorando, trabalhando, constituindo a minha fala egoíca – sensorial.

Ah quem diga que, eu possa morrer tentando descobrir a vida.

A vida morre todos os dias, e eu renasço em um estardalhaço da minha existência.

E, existir, é difícil, complexo e mui prazeroso.

Viver diante do bem e do mal, trás de volta a minha paz, leveza e paixão pelo desconhecido.

Estou conectada a algo que não sei descrever, não monto planos, eles me consomem.

Sou possuída pelo agora, e agora eu vivo intensamente este viver dentro do mundo substancial.

O imaginário cria a minha identidade que, perco todas as vezes que tento manter uma certeza.

Eu desmonto a vida, preencho meus vazios e logo, volto a ser o que eu não imaginei que seria.

Eu, no outro eu, sendo teu no meu eu !

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