Eu sinto, eu posso sentir...
Ela aborta suas necessidades, ela está atravessando o rio da dor.
Os ventos são fortes e ela não desiste de dançar.
Os pratos estão todos sujos, as compreensões estão desgastadas.
Reorganizando tudo, ela irá explodir!
Ela está andando fora dos trilhos, eu posso reparar nos seus riscos mais profundos.
Agora eu não posso lhe dar a mão, o tempo está curto e eu estou separada do mundo.
É fácil, tão fácil, eu vejo a dor, eu vejo a tristeza rondar o medo dela.
A felicidade está apertada, e os olhos dela vivem úmidos.
Eu quero desatar os nós, eu quero destruir os vínculos que temos com a saudade.
Ela suja sua mente, ela abusa do mal que quer o seu próprio corpo destruir.
Ela não quer que o tempo acabe...ela não quer o tempo!
Para onde estamos indo desta vez?
Eu tenho que usar o “nós”, pois, sinto que estou andando rápido demais,
A ponto de ver as janelas abrirem e fecharem muito lentamente.
As conseqüências, para onde estamos indo, para o barco que vive sozinho no fundo do oceano triste.
Que lugar é esse que eu cismo em tentar descrever?
Sorria, seus lábios não podem mais anunciar o seu rancor.
Lá fora todos estão vivos, e aqui o frio é matador.
Os ossos congelados, o rosto arruinado pelas expressões de inércia.
Mantenha –se viva!
Acorde, as nuvens ainda estão lá foras para lavar a sua angústia...
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