Essa será uma tempestade forte...
Tudo o que era meu, vi carregado por aquelas águas negras.
Não falo de um acordo com o meu próprio intelecto, eu ando por lugares aonde eu deixo o meu rastro de forma triste.
Não digo que não sou feliz, mas a minha felicidade ainda é muito obscura.
Os atos da minha falta de razão refletem no meu dia –a – dia, acabei por viver uma constante vivência de falta de tempo para eu mesmo.
O que acontece comigo desta vez?
Sinto – me tão pequena e magoada, feito criança chorona esperando a mãe para nutrir o mundo fantasmagórico.
Se já não me bastasse, agora tenho que fazer meus esforços matinais, acordar tem sido um pesadelo.
A luz da manhã, não mais é poesia, são aquelas crônicas que eu lia quando adolescente.
Por deus!
O despertar, a intuição, aquela paixão que sinto quando tenho coragem de dizer a vida que estou pronta para ser vivida por ela.
Solitária, vivo uma drama sem foco, meu pensamento substancial ainda é expansivo, eu me perco nas linhas por excesso de equívocos, por considerações tão intimas que, sou capaz de fazer sexo sem usar a genitália para transportar o prazer cósmico para o meu corpo.
Recolher tudo de novo, já que os ventos não podem resumir os ritmos cardíacos que tem, acolhido minhas horas de sofrimento, eu vivo um sonho horrível noturno.
Vamos lá, eu sempre preciso morrer todos os dias, é um luto quase cruel, mas confesso, delicio-me com minhas próprias fantasias.
Do passado mais distante, eu traço minha contestação sobre a individualidade que anda com suas milhares de pernas pelo mundo, procurando um abrigo raso, com medo do ego ser tão profundo.
Que consciência de ego traído este meu!
De fato, estou um pouco mais que apaixonada desta vez, eu sinto!
Pressinto que neste sólido “estar”, ando sendo alvo do inconsciente mais latente, que de tão ardente, queima-me como brasa, arranca-me este coração e transporta-me para o sub-mundo-vivido.
Já senti muitas coisas pelas quais, fiquei longe do instante verdadeiro, aquele instante pelo qual, eu não trocaria a eternidade, sim, aqueles instantes em que, sou feliz, e esqueço o porque disso.
Esta descontinuidade deformada da minha existência, me torna criativa, as vezes destrutiva, por outras, sou eu mesmo vivendo o outro com intensidade.
Que papo é esse, meu altruísmo ainda tenta me deixar muda!
Por outro lado, entregam –me um esquema ingênuo, neurótico e infantil que guardo na minha mente a sete chaves.
Tempo ainda é tempo, e eu quando o vivo , ainda sou muito teórica. Livrai-me disto! Lave-me imaginação!
Eu não quero que tudo dure para sempre, eu apenas quero que tudo dure um tempo, suficiente para que eu , consiga imortalizar o que senti durante a passagem dele.
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