quarta-feira, 8 de abril de 2009

...A FURIA DO MAR...

As cortinas que dão acesso as trevas estão abertas...

Eu tenho levantado da cama com febre de 40 graus,

Troco os passos com os acasos,

Me transvisto de humana, eu estou ferida!

Estou em vinte lugares ao mesmo tempo, eu tenho ficado longe da claridade.

Suspendo minha imaginação para o lado escuro,

E o escuro tem sido meu amigo.

A chuva que não cessa, a água santa que não mais me purifica.

As pessoas estão distantes e a morte não é certa.

Eu estou atrás, eu caminho em direção a minha própria sombra.

Minhas calorosas trevas, para onde eu sempre corro quando,

Sinto que, o perigo quer dormir comigo só mais uma noite.

Minhas palavras são curtas e minha vontade de ter coragem está alargando-se.

A cama está preparada, e a solidão me aguarda.

Estou a espreita de um novo caminho, de um novo chamado.

Os meus amigos dizem que tudo ficará bem,

E eu os vejo distantes, traçando corridas tortuosas!

Eu tenho respeitado meu tempo e o tempo tem sido curto, ácido e nostálgico.

Algumas coisas passeiam com um ritmo preguiçoso, e minha consciência parece querer falir.

A minha liberdade quem roubou?

Aonde foi que eu deixei de falar quando, minha boca estava trancafiando silabas distorcidas?

E eu choro, a noite toda, e eu me levanto com os olhos da primavera passada.

Não mais tenho a felicidade, tudo parece sempre conturbado.

Barbantes enroscam-se em minhas entranhas, hoje eu estou de cara com o diabo.

Dormi comigo tem sido insuportável, a falsa replica da sinceridade tem me perturbado.

Tenho sido eu , em mim, fora de controle.

Eu perdi o sentido, recuperando a melancolia, não mais no porto seguro,

Estou vagando entre os mares furiosos da inconsciência.

E eu sinto que irei novamente me perder....

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