É um longo trajeto...as curvas do corpo perdido
Branco...pálido e marcado
Veste de vermelho os próprios lábios
Os olhos vestem um tecido desconhecido
Vem o claro e mistura –se com a escuridão
O pescoço dança em conflito com as costas
Os ouvidos esperam um toque de palavras ou suspiros
Pernas laçadas pelo desejo
O céu pinta o aroma da compaixão
Desliza a ponta dos dedos sobre o chão quente
Úmido pelo suor ...pelas lágrimas do corpo foram derramadas
Cobre-se de outro corpo
O frio não chega até sua espinha
Um toque de um lábio ao outro
Traz o fôlego perdido anteriormente
Suprido pela necessidade de ser degustado
Agora lúcida, usou sua nudez para sua própria loucura
O que ela queria, ele teve, mais além do que o permitido
Um olhar atento apreensivo, dominador, vigiam seus cílios
A tocar parte de sua face com nostalgia
É muito frágil e fácil de sentir que seu corpo está arrepiado
Se mantém longe do perigo neste momento
É abraçado com cautela e protegido com sentimentos não mais reprimidos
As mãos tocam levemente seus cabelos...suavemente sem desespero
Levanta-se frente ao espelho
A lua reluz metade do seu corpo ainda nu
A alma veste a outra parte com arrepios para despistar o tempo
Que agora já não é mais tão percebido
Lava teu rosto com a água pura...o banho que retira a saudade
Não teve medo da insanidade agora sente-se fiel a si mesma
E conquista a liberdade!
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