Eu sei o quanto dói, o quanto machuca, o quanto arde...
Eu vejo e não entendo mais nada, porém, não deixo de sentir.
Sentir os espaços que me incomodam, as feridas que ainda são latentes,
Os estranhos conceitos meus das profundidades ainda não exploradas.
A beira do abismo não mais me pressiona, eu ando sem rumo, sem leito, sem sono.
Cavalgando entre a insônia e as perguntas que não querem calar.
Os aflitos que me afligem, que deslocam minha mente para bem longe,
Perto das nuvens negras e sofridas, pálidas e confusas.
Eu ando confusa entre noite e dia, entre céu e terra, entre mim e os outros.
Tentado arriscar as ultimas fichas, lamentações internas que querem me enterrar.
Eu não abuso da sorte, porém, não deixo de arriscar que algumas vezes eu possa estar certa de que, na verdade eu só encosto aonde os meus sentidos congelam por horas.
Que saudade de mim, da Aurora que brota do meu intimo!
Ando reparando nas construções alheias, e são tão belas, coloridas, porém, não vejo graça.
São os mesmos círculos, os quadrados relacionados com a mesmice da existência inerte.
Não me confundo, em tudo vejo mágica.
Em um amor que brota do silêncio a uma estadia temporária no mundo dos sonhos.
Sonhar hoje em dia pesa, um preço que é pouco, mas que é difícil de ser pago.
Se outrora não me descontento com balbucios externos, me confundo com meu infantil estado de sonolência incorreto.
É dia, na noite da semana seguinte, a vida me controla, e eu ando fora dos trilhos, eu ando sem vontade de não estar andando.
Eu queria voar, só isso!
Para bem longe, ou para tão perto de mim, que fosse impossível eu calcular o quanto estou alta.
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