Eu estou preparada, mais uma vez eu estou por aqui.
Debatendo palavras, rebatendo risadas, ainda que não seja mais possível sorrir.
Porque um momento meu, é um instante nosso de combate.
Olhando ao redor eu vejo as linhas tortas,
Aquela ultima alternativa, destroços de capturas perdidas.
E dói dizer e ouvir a verdade, mas estou preparada.
Destruindo algumas coisas passadas, tentando constituir novas aberturas,
Alguma coisa me diz que voltei a realidade.
Não me diga que não pode entender os meus verbos,
Minha partida deixou um coração partido, e agora sinto que voltei para abrir fogo contra quem disser que eu não posso querer ser um pouco mais real.
Eu vi um tiro de pássaros no ar, e escapar de um mundo só meu,
Fez com que eu percebesse uma espécie de raça odiada.
Não tem a ver com política, ou que meus pais não tenham me educado,
Estou falando do ponto de partida individual.
As vezes é possível supor o improvável e sair ilesa do que se pensa estar errado.
Porque, uma chance para uma vida toda é rara,
E se tenho a oportunidade de dizer, não perderei a chance de falar,
Que tudo que fiz de errado, só fez com que meus caminhos fossem abertos.
Minhas promessas saíram do coração, uma espécie de tipo raro de conseqüência,
Um monte cheio de lágrimas, uma rainha deitada em cima de uma cama de pregos,
E agora, ainda não é do ódio, porque eu formulo uma nova mensagem,
Daquelas que se fala quando se está perto da morte,
Uma farsa que não me cabe respeito neste peito.
As vezes é difícil levar uma vida mansa, e ser feroz me faz chorar.
Porque, eu não posso libertar todos meus demônios de uma vez só,
Então eu vou tentando manter esta fé de pé, para quem quiser e vier.
Todo mundo é pressionado a ser tão verdadeiro, e o preço da vitória é maior do que todo um processo bonito que brota em nós.
Não temos tempo para reparar o quanto crescemos em meio a tanta frustração.
No final das contas, estamos perdidos, buscando uma solução para a solidão.
Somos adolescentes mancos, feitos de tontos pela nossa falsa liberdade,
Saudade da mocidade que me fez feliz nesta cidade.
Não, não é possível construir um castelo com todas aquelas coisas perfeitas,
Esta loucura eu tinha quando tinha meus 12 anos, e percebi uma coisa cair em cima da outra,
E as tempestades se aproximarem muito rápido e minhas pernas não eram capaz de correr para não perder todo aquele espetáculo.
Acabei por estourar meu peito rapidamente, percebendo meus sentimentos, pensamentos, charmosas aparências que desisti de assistir queimar.
Não é preciso gostar de tudo e de todos, mas eu tento sempre compreender o mais autentico, e por menos que pareça, quem está no escuro sempre me acalmou destas trevas todas.
Quando eu falo demais, minha cabeça dói , porque eu estou abrindo as algemas e arranhando os discos que um dia deixei mofar em um quarto vazio cheio de conseqüências.
Oportunidades eu tenho de mais, mas eu expressar ainda sai apenas pelas palavras.
A verdade é que não sei o que acontece, eu apenas percebo que algo vem, e jogo para fora.
Acontece, e eu sinto que muitas coisas estão perdidas, e eu não tenho medo de me atirar neste labirinto obscuro.
As facas estão apontadas para o meu coração, mas eu não desisto de dizer tudo que ainda me atormenta.
A vítima está morta e agora ninguém pode ouvir minha voz quando eu preciso contestar algo que me acusa.
O grito é alto, e eu posso passar a noite inteira em clara pensando em todos os botões que arranquei, e todas aquelas asquerosas promessas, eu sei que posso retirar de dentro do espelho.
Não tenho um herói, heroína, as coisas comigo sempre foram tão individuais que aprendi a cuidar de mim mesmo sem ter medo das vozes que comandam minha existência.
Aprendi a ter cuidado ao olhar as coisas e pessoas, porque eu sinto, ainda é muito novo, eu reparo naquela curva fechada, e já penso que existem pessoas me olhando de cima dos prédios.
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