Eu amo as velhas palavras, as roupagens do engano a infelicidade me ilumina.
Não me engano de não ser enganada, escolhi ser a preferida do não saber.
Tive um nascimento incompleto, permanentemente vivo procriando apenas palavras, sentimentos e sentidos.
Observo a obscuridade das vozes, vejo a notável falta de confiança que alojada em mim, praga maldita!
Discuto com meu consciente todo tempo, estou quase entorpecida pela ausência de um bom silêncio.
Não sou conhecida, vivo andando pelos escombros do passado, ali, escondida está a chave da existência vivida.
Vejo de longe uma ameaça expectante, uma primavera áspera e pegando fogo.
Qualquer referência explicita que façam sobre qualquer coisa real, desligo a essência do ali e fico escondida.
Falta entusiasmo nesta mulher!
Estas coisas dentro dela, em mim, em nós, não nos livra daquelas falas antropofágicas sem línguas, paladar e bom gosto.
Sou a existência do não objetivo.
Tudo passa pelas minhas veias, consumindo...consumindo....
Sou verme sem terra!!
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