terça-feira, 2 de junho de 2009

.:DUELO:.

Em um piscar de olhos, vejo minha felicidade ser estrangulada...

Palavras fortes, silêncio dobrado, a paz que reina em mim, nasce do meu lado mais isolado.
Eu tentei nadar até a margem mais próxima, por hoje não tenho forças para conseguir este trajeto acabar.
Falo das coisas belas, sinto-me uma brisa leve do amanhecer em um dia de inverno rigoroso.
A ponta da boca das lágrimas que comem lentamente cada pedaço do meu rosto, traçam em mim um dia negro.
Se eu canto para encantar a minha tarde, hoje porém, não haverá música e nem falatório.
O auditório dos fantasmas está vazio, eles se perderam na solidão do outro mundo.
Não posso partir esta noite deixando as janelas abertas para a angústia.
Não devo suportar esta tristeza que me ronda, que me assombra.
As minhas marcas, meus traços em minha face, deixam bem claro que as vezes eu tenho que expressar o quanto estou amarga as vezes, sorrir ainda não é uma boa saída para mim.
Ninguém nunca precisou me dizer que a vida não era fácil, eu senti ela em minhas veias todos os dias.
No começo era terrível tinha um gosto azedo, mas com o tempo eu fui expurgando os restos que sobraram do meu ancestral que não foi resolvido.
O tempo passou, e por muitos anos permaneci dentro de uma geleira enorme, aonde não haviam sentimentos bons, aonde eu construí minha própria penitência.
Ali vivi substanciais causas com efeitos absurdamente dolorosos.
Mas, a Aurora voltou, ela sempre vem trazendo em suas asas um vão de esperança.
Sempre me apego a minha fé mais obscura, a minha abstinência de medo das coisas que ainda não senti.
Eu estou caminhando para onde o sol dorme e a lua me trás a inspiração para desabafar os meus sentimentos.
É só a noite que as coisas acontecem, ali o mundo onírico se apresenta como meu mentor.
Eu sinto um grande inferno passar por minha carne, e eu tenho a sensação de viver as coisas repetidamente, repentinamente, desvairadamente...

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