Um dia me disseram que eu jamais poderia amar alguém.
Erraram, e feio nisso que vomitaram em mim.
Eu amo alguém que diz que vivo uma vida bela por mais que eu não veja brilho nela às vezes.
Este sentimento que tenho é grandioso, o amor que sinto é largo, mas não se perde.
Eu vi brotar uma flor triste em um canto escuro do meu jardim secreto.
E a partir disso, observei a vida com sensibilidade e vi um mundo cheio de plantas carnívoras comendo pessoas por todos os lados.
Estive todo o tempo sendo movida por esta razão egocêntrica de achar que meu jardim era só meu, enquanto isso, eu andava no mundo que é minha floresta particular.
Eu vi pessoas ficarem desapontadas com minha esperteza e aprendi a chorar por causa disso.
Mas, não estranhei quando aprendi a sorrir quando elas não podiam me entender.
A verdade mais suave que eu aprendi foi que, eu não quero entender tudo nesta vida, pois, somente assim a vida me consumirá com sinceridade.
Por isso, eu estou sempre chorando e sorrindo feito uma desvairada quando eu me finjo de morta com saudades da hipocrisia que me divertiu por tanto tempo.
Sou carente em excesso às vezes, e quando quero suprir minhas necessidades acolho alguém carente para não morrer com a minha falta de sobriedade.
Eu ouço vozes que me enlouquecem nas noites vazias, mas não me sinto só com elas, então aprendi a dizer para elas que eu estou sempre por aqui quando elas precisarem falar sobre o que eu tenho medo de ouvir.
Estou sempre pronta, vestida de preto, com os olhos apontados para o céu, e não temo em seguir os sinais que estão sempre brincando com minha sanidade por debaixo dos tapetes.
Já sangrei demais, mas estou sempre entrando na embarcação que tem como destino o desconhecido.
Sonho tanto, e nenhuma cama é capaz de suportar o peso das minhas ilusões, por isso, estou sempre procurando um lugar para descansar a minha imaginação.
Então eu me deito nas linhas das páginas brancas e tento dormir um sono repentino que me trás um conforto involuntário e inquieto.
Neste sono eu descanso e volto mansa para acordar para um novo instante da vida substancial.
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