quarta-feira, 27 de maio de 2009

.:NOVO INSTANTE:.

Um dia me disseram que eu jamais poderia amar alguém.

Erraram, e feio nisso que vomitaram em mim.

Eu amo alguém que diz que vivo uma vida bela por mais que eu não veja brilho nela às vezes.

Este sentimento que tenho é grandioso, o amor que sinto é largo, mas não se perde.

Eu vi brotar uma flor triste em um canto escuro do meu jardim secreto.

E a partir disso, observei a vida com sensibilidade e vi um mundo cheio de plantas carnívoras comendo pessoas por todos os lados.

Estive todo o tempo sendo movida por esta razão egocêntrica de achar que meu jardim era só meu, enquanto isso, eu andava no mundo que é minha floresta particular.

Eu vi pessoas ficarem desapontadas com minha esperteza e aprendi a chorar por causa disso.

Mas, não estranhei quando aprendi a sorrir quando elas não podiam me entender.

A verdade mais suave que eu aprendi foi que, eu não quero entender tudo nesta vida, pois, somente assim a vida me consumirá com sinceridade.

Por isso, eu estou sempre chorando e sorrindo feito uma desvairada quando eu me finjo de morta com saudades da hipocrisia que me divertiu por tanto tempo.

Sou carente em excesso às vezes, e quando quero suprir minhas necessidades acolho alguém carente para não morrer com a minha falta de sobriedade.

Eu ouço vozes que me enlouquecem nas noites vazias, mas não me sinto só com elas, então aprendi a dizer para elas que eu estou sempre por aqui quando elas precisarem falar sobre o que eu tenho medo de ouvir.

Estou sempre pronta, vestida de preto, com os olhos apontados para o céu, e não temo em seguir os sinais que estão sempre brincando com minha sanidade por debaixo dos tapetes.

Já sangrei demais, mas estou sempre entrando na embarcação que tem como destino o desconhecido.

Sonho tanto, e nenhuma cama é capaz de suportar o peso das minhas ilusões, por isso, estou sempre procurando um lugar para descansar a minha imaginação.

Então eu me deito nas linhas das páginas brancas e tento dormir um sono repentino que me trás um conforto involuntário e inquieto.

Neste sono eu descanso e volto mansa para acordar para um novo instante da vida substancial.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário: