segunda-feira, 29 de junho de 2009

::Para quem?::

Ventania selvagem que invade meu espírito

Tirando as algemas das minhas conclusões particulares

Agora sem medo de dizer e ofender o que tem me feito morrer durante anos

Sem freios, desgovernada, locomotiva mal amada

Doação sentimental nunca rejeitada, que agora pede passagem

Não quer massagem para o que lhe dói e o que lhe és real

Arco de possibilidades que tocam o finito cheio de mágoas profundas

Imundos redemoinhos sobre as falhas sensoriais que se encontram no eu estrangulado

Cantar as canções que estavam submersas a tempos e ninguém podia escutar

O tempo que devora a vaidade dos homens de bom coração

Mas que controla o severo do artístico que visto de longe

É um mundo insano cheio de tristeza, um toque de glória para quem vai sofrer

Andando sobre as águas injustas que os povos deixaram escorrer entre os vãos dos dedos da existência humana

Mente estática, e usando a tática do instinto para mover –se adiante

Avante, agravante, as trevas não me consomem mais

Eu vivo entre o mal e o bem, sem que ninguém me manipule

Sabendo que minhas revogações sempre serão ignoradas

Mesmo assim eu continuo usando minha velha e antiquada sabedoria

De quem já viveu entre a escuridão e a dança matinal coagida entre lápides selvagens

Mármore escuro que agora abre –se para que os raios de sol

Ascendam as chamas da velha alma que ficou presa por anos

Tempo, porque está tentando me testar?

Não sabe que os segundos que eu passe me trouxeram o ódio quando eu estou sob regência do amor supremo?

Sabes, e ignoro – te, pois, tu me faz querer questões para me aprisionar entre os espinhos que nascem para me machucar

Não permitirei sua entrada em meu mundo, não desta vez

Violentada pelos sentidos que não podem ser percebidos por ninguém

Os segredos foram revelados!

Nua, e livre das dores, ainda me pego chorando entre os vãos temporais

Que me consomem com seus aromas enigmáticos e intensos

O mal pede licença para tomar meu corpo e eu o encurralo entre minhas linhas e que os pensamentos façam florescer o entendimento de tudo que será resolvido com sabedoria.

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