Ventania selvagem que invade meu espírito
Tirando as algemas das minhas conclusões particulares
Agora sem medo de dizer e ofender o que tem me feito morrer durante anos
Sem freios, desgovernada, locomotiva mal amada
Doação sentimental nunca rejeitada, que agora pede passagem
Não quer massagem para o que lhe dói e o que lhe és real
Arco de possibilidades que tocam o finito cheio de mágoas profundas
Imundos redemoinhos sobre as falhas sensoriais que se encontram no eu estrangulado
Cantar as canções que estavam submersas a tempos e ninguém podia escutar
O tempo que devora a vaidade dos homens de bom coração
Mas que controla o severo do artístico que visto de longe
É um mundo insano cheio de tristeza, um toque de glória para quem vai sofrer
Andando sobre as águas injustas que os povos deixaram escorrer entre os vãos dos dedos da existência humana
Mente estática, e usando a tática do instinto para mover –se adiante
Avante, agravante, as trevas não me consomem mais
Eu vivo entre o mal e o bem, sem que ninguém me manipule
Sabendo que minhas revogações sempre serão ignoradas
Mesmo assim eu continuo usando minha velha e antiquada sabedoria
De quem já viveu entre a escuridão e a dança matinal coagida entre lápides selvagens
Mármore escuro que agora abre –se para que os raios de sol
Ascendam as chamas da velha alma que ficou presa por anos
Tempo, porque está tentando me testar?
Não sabe que os segundos que eu passe me trouxeram o ódio quando eu estou sob regência do amor supremo?
Sabes, e ignoro – te, pois, tu me faz querer questões para me aprisionar entre os espinhos que nascem para me machucar
Não permitirei sua entrada em meu mundo, não desta vez
Violentada pelos sentidos que não podem ser percebidos por ninguém
Os segredos foram revelados!
Nua, e livre das dores, ainda me pego chorando entre os vãos temporais
Que me consomem com seus aromas enigmáticos e intensos
O mal pede licença para tomar meu corpo e eu o encurralo entre minhas linhas e que os pensamentos façam florescer o entendimento de tudo que será resolvido com sabedoria.
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