terça-feira, 17 de agosto de 2010

::Movimento vermelho::

Não cabe em mim.

Nem mesmo ajustando bem forte, ainda assim, não vai!

Um empurrão e lá estou eu novamente andando na corda, o abismo!

Me perco entre sonhos e realidades paralelas, entre os mundos aonde reconheço meus medos e vaidades.

Nesta cidade sem muros, aonde a perseverança não morre e o cheiro de morte não existe.

Aonde a minha fala é sinfonia e os lenços são pintados de vermelho sangue.

Por tanto, me perco aonde existem cinzas.

O pó entra em meu nariz, aspiro o que já fui um dia, transpirando o odor do cansaço.

Visto meu casado de pele, pele marcada feito boi.

Aqui não dói, é tudo uma questão de tempo, movimento antropofágico!