Entre os opostos, caminha a alma atrofiada para que a mente avance...
Na melancolia das horas, cessa todo interesse pelo já sentido, inversão.
A eleição de uma nova garantia de mar, alvoroço, poesia avulsa.
Sobe uma lua tímida que recusa a personalidade mais involuntária de si.
Um fragmento de si, em um mundo formulado por devaneios.
Euforia e depressão!
Desdobrando as fronhas do intestino cheio de cólera e dor.
O objeto amado e perdido, a mente que regressa de um sonho não realizado.
Uma partícula de introversão caminha dentro das veias sigilizadas pelo vento noroeste.
Quem concedeu permissão para ser tão triste?
Eu lhe digo que a decisão vem de um lugar que não é particularizado.
A história não é unilateral, narra sua jornada motivada pela falta de certeza sobre a vida.
Enquanto isso, em algum cômodo da casa, a lógica racional destrói a realidade.
Comendo suas metades, fragmentos de ferocidade, pressente o passo a seguir.
O mundo externo não é a única realidade.
Sinto que anteciparam os sussurros apoéticos da mocidade que fora perdida naquela noite.
Tudo que sinto transborda, dando lugar a um vendaval, inconsciente.
Minhas funções primárias começam a devorar meus sentidos humanos.
Um animal corre ligeiramente para a clareira.
Anunciando mais uma lua cheia...