Amar-te é como sentir a luz atravessando a janela num instante em que tudo parece suspenso, e ao mesmo tempo, saber que essa luz se perderá na mesma suavidade do tempo.
Sinto saudade de ti em cada canto silencioso, nos gestos que se escondem, nas horas que escorrem e percebo que amar é um murmúrio que nunca se cala, um amor eterno que habita mesmo o vazio.
Teu nome surge nas pequenas coisas no tilintar de uma xícara, no vento entre as árvores, eu permaneço aqui, entre pensar e sentir, descobrindo que te amar é ser inteira e em movimento, como se a própria memória quisesse guardar-te em cada instante que respira.
Amar uma capricorniana profunda é navegar em águas serenas e abruptas ao mesmo tempo, respeitar a fortaleza silenciosa que a define e me encantar pelo seu tempo vagaroso, que transforma cada gesto em eternidade e faz minhas horas se tornarem inesquecíveis.
E ainda assim, amar-te é um segredo inarrável, uma música que só o coração reconhece, um fio de luz que se estende pelo infinito e não se quebra.
