quarta-feira, 30 de julho de 2025

NARCISO E O VAZIO

 A vida é preciosa... 

Seus milhares de valores, sentimentos, vivências da experiência do logo – ali. 

Estamos entre dimensões quadriculadas, cheias de formas e cores, ângulos complexos, constituídos por dores e amores. 

A morte do espírito é longa e passageira, devaneios entre o céu e a terra, os quadrantes dos astros e suas estrelas.

Tudo é incerto, a certeza devora a franqueza, a fraqueza da sensibilidade sofrida pelos que caminham diante do espetáculo da natureza.

Não há quem não sinta os acasos, do útero brota o mistério, desconhecido ventre do amigo-íntimo, tempo em seus esferas, cronológica, aiontica e kairótica, tempestuoso.

Apresento os aparecidos, os fenômenos do rio do esquecimento.

 A jornada longínqua dos que beiram a loucura e os destemidos pelo nascimento da esfera unidade.

Tudo que sentimos, parece razoavelmente simbólico, intrínseco, relatando os desejos noturnos.

Retratos do sol, a lua que se esconde no infinito, majestosa maldade contemporânea. 

O que é inútil é aproveitável pelo passatempo do desprovido, narcisismo cheio de destroços de traumas e desleixos existenciais.

Baco, desvairado, contrariado, vive em nosso pensamento, rastejando naquele sujo labirinto que é conduzido pelo fio de Ariadne.

A vida é sensível, como o fio que nos conduz com voracidade por uma vida, aberta, que as vezes fecha portas para que a infelicidade não maltrate nossos corações.

Infortunado seja aquele que com excesso de vaidade, diga que conhece toda a verdade!

Esse cai, e de um altura inimaginável. 

Narciso, torna-se, vazio!