Ora, ora, que este mundo tão cheio de significados para nós, apresenta o seu lado mais sangrento e desordeiro para nossos olhos, que tanto querem apreciar a beleza intima que dorme ao lado do interno mistério divino aleatório nunca permanente. E que luta meu caro, para manter os corações aquecidos destes milhares de fragmentos frios e mortos do externo sem brilho. Existe um chamado, que vem na contra-mão do terreno, que invade os olhos sensíveis e habita o escuro sentido de quem vive a procura de mistérios, do mesmo, pouco sabemos, mas entendemos que, a nossa esfera cósmica não pode ser movida e tão pouco notada por aqueles que não concedem a passagem do espírito para o canal do nada.
De alguma forma, estamos sempre a lançar nossos maiores segredos, a beira do mundo, e essa beira da margem suja e tão rasa, de alguma forma busca sentidos pelos quais, já quebramos espadas a muitos anos (luz) atrás...
Cansativo, quase que torna nossa alma imortal, porque, toda vez que entramos em contato com a escoria alheia, enfrentamos os mesmos duelos irônicos causados por nós mesmos. Essa dança da escuridão com a luz, que tanto nos traga para o berço do mistério, admito ser tão majestosa que, perco os sentidos deitando – me de ponta – cabeça no colo dos meus entes queridos, para buscar no útero da vivência um fenômeno para cultivar a esperança que tanto prezo e busco sabedoria para lidar com a mesma.
Realizar a vida de uma forma saudável, faz com que muitas vezes, entreguemos os nossos sonhos para o baixo estado sonolento natural.Ali, acontecem milhares de projeções, nossas almas transcendem até o ponto mais ardente e voltam congeladas para o imanente mundo das escolhas. O possível ato de existir convivendo com seus mistérios verticais e horizontais, faz de nós, grandes pacientes da dor do inexplicável universo das realizações cabalísticas!
Existir, persistir, persuadir com as entranhas do arco que enverga a vida, causando assim a sensação da perturbante causa do efeito sentido pelo ventre do existencial, ser – vivido, que vive a prática do “rito” antigo da conseqüência sincronizada do passado presente sem futuro na sensível atmosfera do desconhecido útero não revelado. Anjos ou demônios, não importa, a fantasia do enxergar a diante, nos mobiliza a reconhecer que não temos verdades alheias, e que, tudo que nos rodeia, nos consome, por isso somos trevas a todo tempo, disso surge o efeito de nunca sermos notados pelo que estamos sendo, e sim pelo que querem que sejamos naquele ato – marcado. A estrada é longa, e não temos um limite que estabeleça um elo entre nossa alma velada pelo universo e o tempo que rasga a nossa finitude em duas fases: o nascimento e a morte do falso nascer.
Não andamos mais cobertos, uma vez que, já temos a consciência de tantas máscaras que temos de usar e tirar toda hora, e que nunca mais esqueçamos de deixá-las atrás da porta, porque ali trancafiamos o que o instante quer nos conceber, uma ruptura.
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