quarta-feira, 11 de junho de 2008

...CALDEIRÃO DOS DEUSES...

Vendo a lua cair em minha direção,
Com os sentidos marcados pela ação do tempo.
O dia do hoje, a vontade da morte anuncia mais um salto ao desconhecido.
A presença do dia que não consegue mais levantar no horizonte.
As portas que fecham –se por dentro, as fechaduras do inconsciente enferrujadas.
Converso com a linha dos acontecimentos e ela vibra, me hipnotiza, me fere!
A abordagem perfeita do que não é compreensível, o elo do nada com o agora,
A sensação de que as sombras escondem os olhos insanos do projeto clássico,
Do ausente exterior que, busca em cada dia uma nova visão do que vê dentro de si.
Milhares de ramificações, o simples com a falsa claridade, as trevas, com suas enormes garras,
Arrancando máscara por máscara, dolorido processo que não pode ser deixado de lado.
Algumas vezes os braços não alcançam o infinito, por isso tentamos voar para longe,
Migrar nosso entendimento, seguindo os rastros de existência misteriosa de outrem…
O compromisso com o nunca, a corrida para o absurdo, a loucura de viver na sanidade buscando a conciliação com falsas verdades.
Tempero mágico, VIDA dentro do caldeirão dos deuses enfurecidos com suas naturezas terrificantes,
O choque de chegar a terra, a leveza do cosmo que, domina o terreno com sua força cautelosa.
O brilho da foice que ceifa a podridão, lentamente , tão devagar, que corta o termo em milhares de pedaços, o universo unifica a vivência e o tempo articula a separação dos sentidos...

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