quarta-feira, 25 de junho de 2008

...FOLHAS MORTAS...

Amanha será um novo dia,
Com suas alegrias e tristezas.
Falo com uma linguagem secreta sobre minha vivência
Fixo o momento da minha chegada ao mundo dos sonhos
Impecavelmente uso a roupa da alma para falar de dor e do amor.
Quebro a melancolia, observando a minha gentil presença a notar que,
Os instantes são marcantes, por isso por mim passam de forma sensível.
Vou varrendo lentamente todas as folhas mortas no quintal, na tentativa de ver um novo limpo surgir diante de meus olhos.
Tempestade, velha amiga, com seus truques perversos,
Vem bater com força na minha janela, usando de seu vento gelado para me deixar desconfortável no berço do mistério.
É quarta – feira, cheia de saudades,
Hoje estou exagerada, envolvida pelo tempo que, atrai as minhas lembranças de quem eu fui.
Vejo os pássaros ensaiarem antigas canções para embalar corações aflitos, cheios de remorsos.
Deixo as minhas tragédias debaixo do travesseiro, aquecidas, enfurecidas, amanhecidas...
Faço a travessia pelo rio, o rio do esquecimento matinal.
Não ouso desiludir a minha existência com cartas antigas, que agridem todo um baralho cheio de reis e rainhas com seus arcanos deslumbrantes e cheios de segredos sobre o universo substancial.
Sim, o dia chega, claro, bem tranqüilo, se faz então o astro gigantesco a ofuscar a minha manhã.
Desloco minha ira, para os cantos do meu quarto, já não estou mais sozinha, a casa não encontra-se mais vazia.
Acompanho a sonolência das horas, uma por uma.
Contudo, não deixo de vestir a poesia em meus pensamentos, por mais loucos que sejam.
Sou longa, não infinita, sou breve e atrevida quando sinto que, estou sendo sentida.
Não revelo, apago as luzes para as intrigas, ora que de vez enquanto me ajudam a encostar na beira da reflexão do impulso que, nasce dentro e é puxado para fora em alta velocidade.
Estou em atos, atalhos, que misturam –se para juntos abrirem meus novos caminhos.
Um sinal, uma prega na saia do destino!
Ah se um dia eu puder descrever tudo que me é sentido, ficaria tão feliz e tão intima com minhas fantasias, que morreria...

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