É mais um começo, a tempestade aproxima-se de horizonte
E sinto minha respiração ofegante, eu estou caindo em nuvens negras,
Vendo o céu transformar-se nos meus olhos atrevidos, sem destino.
A dor minha amante intima, que adormece nos braços da minha solidão,
Corre louca com as pernas do presente, e invade a minha alma!
Meu coração está pintado de preto, e eu sinto meu sangue coagular.
O meu instinto furioso, toma minha bondade, agora eu sou metade minha,
A outra desmancha-se na brisa suave da noite que invade o meu quarto.
Vida, com seus romances cheios de insanidade e torturas,
Um sexo sem doçura, apenas age de modo que, o prazer faça adoecer!
O toque do sensível com as garras de uma fera selvagem sem freios,
Correndo em direção ao meu peito, o perigo fascina o meu espírito.
Estou rastejando, e estar a 7 palmos sempre, faz de mim uma dominadora de sentidos.
Estou definhando, envolvida pelas camadas de nevoeiros sagrados.
O resto, aglutina-se com o que ainda não foi consumido.
Todos dias parece que estou indo embora, mas voltando sempre para longe de tudo.
Esta quentura insuportável, faz com que eu sinta meu corpo levitar.
Olho no espelho em uma galeria cheia de imagens gritando pela minha liberdade.
Vou ter que voltar para a floresta, aonde as folhas deixam meus rastros vazios.
O secreto se revela, e eu tenho vontade de devorar tudo que está ao meu redor.
Sinto o gosto da certeza revirada, e isso trás o mistério para perto de mim,
Isso faz com que eu tenha força para esmagar os meus ossos com a pressão do meu pensar.
São as trevas se manifestando, e hoje eu me sinto tão bem!
As casas estão destruídas e as ruas encharcadas com minhas lamentações,
A beira do abismo fica cada vez mais distante,
O fim não chega, a tarde não adormece, e eu apenas continuo sendo fluida,
Desmanchando o romance terreno, presa pela atração astral...
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