Quando você coloca suas ultimas cartas na mesa,
E não sabe como retirar as diferenças do seu coração,
O mundo atravessa os olhos como raios loucos,
Que tragam suas lágrimas do intimo e as lança para seu rosto.
Eu esta noite não posso insistir para que o tempo passe,
Ele entra e sai de dentro da minha mente.
Estou sendo consumida pelo nada, o real conversa com o meu itinerário astral.
E sim, eu posso enlouquecer e ver deus nos olhos do demônio furioso,
Mas isso não faz com que, eu deixe as torres afundarem em meus pensamentos.
Tem sido tão difícil estar nítida para o mundo, e o mundo tropeça nas minhas beiradas.
Vejo lanças por todos os lado, sinto o sangue sujo jorrar de meu peito,
Abrindo assim passagem para a limpeza transcendente.
Sim, eu escrevi muitas coisas, e gastei todas as minhas palavras,
E isso não tem sido mais o suficiente, pois eu estou sem verbos para construir,
O que eu ando conhecendo dentro de mim.
Estou no sub – solo, destilando as minhas tristeza,
Destruindo as montanhas de pedras, e eu sinto que isso pode me enfraquecer.
Mas eu lhe digo, isso é tão pouco real, que não sei se existo aqui.
Isso tudo não justifica a minha performance, e eu não sei como sair do imaginário.
Não, eu realmente não preciso pensar que posso vir –a –ser inconstante,
Minhas mudanças não são perceptíveis para quem não busca o mistério.
Estou voltando para casa, com os olhos cheios de lágrimas,
E um pulmão cheio de suspiros aprisionados, o meu sangue já transbordou.
Preciso de um abraço que triture os meus ossos, e que me traga a dor real de volta...
A miragem está próxima, e os meus sonhos deslizam como meninos fanáticos por pesadelos.
Estou sendo familiar quando quero estar no final das coisas que não tem um começo certo.
As mesas estão viradas, e o meu universo está bagunçado, todo aos avessos,
E o mal anda tão faminto, e o meu bem, tem feito de mim uma sombra catastrófica.
Os telhados não suportam mais minhas lágrimas, e o fogo está sendo aceso esta noite.
As arvores perseguem os meus passos, e as ruas são como amantes do peso da minha alma.
Os caminhos enrolam-se, criando assim os meus devaneios eróticos, com suas formas majestosas.
Estou em mim, fora de tudo, dentro de todos, e fora do meu próprio alcance,
Apaixonada pelo instante, sentido o que é meu, passar por dentro dos meus órgãos.
Caminhando sobre nuvens negras com seus trovoes anunciadores de tragédias individuais.
Mesmo com tantas perseguições, sinto como se eu estivesse anestesiada,
Esperando a ultima flecha sinaleira indicar o fenômeno da vida!
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