terça-feira, 4 de agosto de 2009

:: ORIGEM PRIMITIVA ::

Um dia a luz desce as escadas e encontra a escuridão sentada no horizonte...

É difícil falar, mas falar de verdade, com sinceridade sem se preocupar com o outro, os outros.

Ontem diante de uma roda de pessoas, amigas e desconhecidas, descobri que posso falar sem medo de julgamentos e arrogância de meu diálogo.

O segredo é deixar fluir?

Nossa mas em mim tantas coisas fluem ao mesmo tempo, e para que eu possa me concentrar é necessário que eu respire profundamente e acesse uma parte mim cheia de experiências.

Algumas experiências eu ainda tenho que separar da realidade que ali aparece, uma situação delicadíssima, minha velha preocupação de não magoar o outro com as minhas tendências.

Tendências?

Um turbilhão de construções, imaginárias passando para o substancial...

Nesta passagem, eu me entrego, sei que não sou boa quanto a finalizar processos, as ramificações são enormes, eu não sei fechar esta teia enorme que se abre diante de minha psique.

É engraçado quando falamos da vida em seus aspectos mais concretos, quando posso perceber o além do nada, por fim, resulta sempre em um monte de símbolos gigantes que cercam minha mente de significações individuais.

A expressão muda da minha surdez, atrapalha as vezes a minha leveza, recorro sempre a margem da minha realidade.

Funciona.

Eu tenho acesso ao bruto e o lapidado, e hoje em dia não escolho mais nada, eu só me deixo ser possuída pelo instante em que sou tocada pelo agora.

A vida é rara, tratá-la de forma banal ainda não aprendi, cometi erros, enganos, acasos, incidentes, acidentes, sou filha da vitima do passado que não teve desfecho.

Cuspo a introdução da base felicitaria que beneficia a minha jornada para o infinito...

Trago com força a organização do meu mundo substancial.

Estou terrificando, alinhando-me a meus antigos cultos ancestrais primitivos, estou sendo a fera que doma o impalpável.

Estou sendo o foco fosco da natureza em sua origem que por mim estava esquecida...

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