Um dia a luz desce as escadas e encontra a escuridão sentada no horizonte...
É difícil falar, mas falar de verdade, com sinceridade sem se preocupar com o outro, os outros.
Ontem diante de uma roda de pessoas, amigas e desconhecidas, descobri que posso falar sem medo de julgamentos e arrogância de meu diálogo.
O segredo é deixar fluir?
Nossa mas em mim tantas coisas fluem ao mesmo tempo, e para que eu possa me concentrar é necessário que eu respire profundamente e acesse uma parte mim cheia de experiências.
Algumas experiências eu ainda tenho que separar da realidade que ali aparece, uma situação delicadíssima, minha velha preocupação de não magoar o outro com as minhas tendências.
Tendências?
Um turbilhão de construções, imaginárias passando para o substancial...
Nesta passagem, eu me entrego, sei que não sou boa quanto a finalizar processos, as ramificações são enormes, eu não sei fechar esta teia enorme que se abre diante de minha psique.
É engraçado quando falamos da vida em seus aspectos mais concretos, quando posso perceber o além do nada, por fim, resulta sempre em um monte de símbolos gigantes que cercam minha mente de significações individuais.
A expressão muda da minha surdez, atrapalha as vezes a minha leveza, recorro sempre a margem da minha realidade.
Funciona.
Eu tenho acesso ao bruto e o lapidado, e hoje em dia não escolho mais nada, eu só me deixo ser possuída pelo instante em que sou tocada pelo agora.
A vida é rara, tratá-la de forma banal ainda não aprendi, cometi erros, enganos, acasos, incidentes, acidentes, sou filha da vitima do passado que não teve desfecho.
Cuspo a introdução da base felicitaria que beneficia a minha jornada para o infinito...
Trago com força a organização do meu mundo substancial.
Estou terrificando, alinhando-me a meus antigos cultos ancestrais primitivos, estou sendo a fera que doma o impalpável.
Estou sendo o foco fosco da natureza em sua origem que por mim estava esquecida...
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