Um enorme Índio montado em um cavalo negro...
Um moço belo estirado na cama, com o lençol azul manchado de vermelho, sangue puro.
Destruição, maldição, exibição de um ciclo maléfico.
Olhos flamejantes, corpo de Índio forte, com os dez dedos insinuando violência.
Vejo um tridente pendurado na parede, marcando um território conjurado pelo medo.
Eu vejo o suor escorrer do rosto dele, ele parece satisfeito, mas um pouco nervoso.
Este quarto cheia a podridão, a vícios, uma moral corrompida.
Linhas compridas desenham um tetragramaton no teto anunciando uma purificação.
Um jovem deitado em cima de um passado doentio, um bode ofegante em sua cabeceira.
O índio transforma-se em um jovem atraente e despeja melancolia pela ponta do dedo indicador, caindo diretamente na boca do jovem adormecido.
O moço belo, tem uma espada deitada no peito, cheia de remorso, que cheira o perfume de sua mãe.
Seu pai chora no andar debaixo, esperando que o “bode” saia para que ele possa entrar para matar o jovem atormentador de alma ingênua e de um amor doloroso.
O moço chora, em seguida cospe toda melancolia do índio para os vãos da cama, e vomita todo seu sangue amaldiçoado para fora do corpo.
Ele está libertando-se do outro, ele está purificando seus sentimentos, ele está ouvindo a sim mesmo...
Eu vejo o indio ir embora jogando seu coração na fogueira que está montada na sacada do moço belo!!!
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