sexta-feira, 4 de julho de 2008

...ÉPOCA NEGRAS...

Hoje perco-me em meu desconhecido desfile de movimentos individuais,
Não recarrego os extremos, deixo a natureza carregar-me pelos desfiladeiros da saudade.
Abre-se o céu, agora o tempo está rompido e as pessoas ficam inertes e sem foco de existência...
Ando, caminho, gesticulo com o silêncio e suas micagens exotéricas, eróticas e mistificadas pelas épocas negras, carregadas por suas claridades informais, conjugais ... falidas!
Minha duplicidade apareceu, na hora em que, contestei a verdade sendo única,
Derramei os meus significados usando verbos inacabáveis, intensificando o longo caminho que por mim deverá ser percorrido.
Aqui dentro, não preciso de pernas, de asas ou de algo semelhante, sou alma!
Um suspiro demente nas freqüências temporais fantasmagóricas e transcendentes como vapor do espírito.
Em um estalo, me perco, me acho, me instalo em um mundo cheio de simbolismo, ramificações intermináveis, não incansáveis.
Se chego por aqui, tão pouco quero ter justificativa por aqui estar.
Os vidros das janelas do presente, embaçados com minha respiração do ausente – permanente, pressente o que vem do fundo realmente no mundo impertinente.
São fábulas, milhares delas, uma dentro da outra, em um cruzamento sexual delicioso.
As entradas e saídas estão do lado de fora, aqui dentro é tudo um nada, em construção!
E quer saber, nada tem fim, e o fim não considera a minha neutralidade finita, casual e tão cheia de fé.
Sabe quem vos fala?
Não sei! Eu, você, eles, quem dera, se o grande Abdera pudesse escorregar nos meus pensamentos, frutos nasceriam apodrecidos para uma nova colheita cósmica – terrena e em um tempo astral...

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