Eu vou carregando minhas magoas
Você compra as minhas saudades, sacode os meus sentimentos
Nasce um fenômeno, e as folhas estão todas jogadas no escuro.
Eu vejo alguém falir do outro lado da rua, e a dança da maldade trocar de passos,
O amargo misturando –se com o doce e cativante destino.
Eu vou despir os seus verbos, vou falar quantas verdades deixaram de influenciar nas minhas vivências.
O meu corpo está suspenso, e eu começo a refletir sobre aquelas nuvens negras no horizonte,
As folhas apodreceram, estou começando a sentir o cheiro da loucura balançando do outro lado da esquina, um jogo de sensualidade, uma quebra naquela velha promessa de ficar no tempo da perdição agora se rompe.
Agora começa o confronto!
Do que estávamos falando, eu vi as paisagens fúteis desmancharem a borda do vestido da menina tristeza.
Sem lugar para correr, agora eu vou abraçar a melancolia, sem conformismo, eu recuo, destruo, crio a partir da dor sentida na alma,
O mundo está comprando suas ultimas lagrimas e eu vejo o superficial desabrochar o sensível sem competência de quem está ao redor.
Como é divino não adivinhar o que querem que eu faça quando eu estou resolvendo as impurezas da imaginação, eu vou queimar um por um sendo sutil, porque eu posso congelar, se eu não suportar o peso da consciência que tanto negaram.
Eu não preciso de ajuda, agora a palavra complacência anda esquecida, estou esquivando das idéias infantis que um dia quiseram resumir a minha existência ao fracasso.
Um belo dia amanheceu, e por hoje o que eu tenho a fazer é atravessar aquele antigo rio e não pretendo andar sobre as águas eu quero mergulhar nesta imensidão sem limites.
As vezes eu vivo chorando pelos cantos, vendo uma onda querer invadir o meu instante.
Eu corro para debaixo da cama, ali a negatividade fica com medo de me tocar, um espaço entre uma arvore e outra, valores que eu não posso mais julgar, já que o falso sol um dia me cegou.
Quem vai ficar agora, já que, lamina do ceifador está afiada, e o corte vai ser na vertical.
Os postes levam energia para minha mente, e por mais que eu tente não andar dormindo, uma vida simples conversa com minha complexidade e quantos choques mais vou ter que levar para entender de vez que não posso mais regredir?
É isso, sem menores desprezos eu vou caminhar por lugares escuros, com o pensamento de voltar sempre para minha casa, ali aonde ninguém precisa me entender, eu apenas sento e tomo meu café com serenidade.
Eu sei, o mundo já foi um pouco mais cruel, mas a inovação tem sido tão dolorosa que nada parece estar no lugar, e existe sempre uma possibilidade de cairmos naquele buraco que mais parece um asilo particular.
Quando eu tento remover as falas do meu consciente, eu vejo as pessoas esperando o meu coração no meio da mesa, para ser servido gelado, eles tem dentes afiados e uma fome incontrolável de ver minhas imagens serem queimadas pelo desejo da falsa subjetividade.
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